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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Desacelerar

(é preciso)

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Desacelerar...

Cada vez mais, é preciso.

Mas como?!

 

É caso para dizer:

"Deixa para logo o que não precisas de fazer agora. Ou para amanhã. E, assim, hoje, terás mais tempo."

 

Mas, o que é certo é que isso é, apenas, um adiar.

Logo, ou amanhã, terei por, e para, fazer, aquilo que agora, ou hoje, não fiz. A somar ao que teria que fazer amanhã.

Portanto é um desacelerar momentâneo, para acelerar ainda mais a seguir.

 

A verdade é que estamos na era em que as pessoas cada vez têm menos tempo.

Em que as pessoas andam mais a correr.

Com mais tarefas a fazer, e com prazos para cumprir.

Com mais responsabilidades e obrigações.

Com mais compromissos.

 

Em que as pessoas mais acumulam o trabalho doméstico com a vida laboral.

Algumas, com filhos.

É a era do stress, em que estamos, constantemente, a pisar a fundo no acelerador, para chegar a tudo e a todos, e a todo o lado, sem atrasos, adiamentos ou falhas.

Estamos na era em que tudo nos é exigido, e em que tudo nos exigimos.

 

Simultaneamente, estamos na era em que mais precisamos de tempo.

Em que mais precisamos escolher as nossas prioridades.

Relativizar.

Delegar.

E usar o travão.

Desacelerar.

Pensar em nós, e pôrmo-nos, e à nossa saúde, em primeiro lugar.

Antes que seja tarde demais.

 

Porque as consequências, a curto e a longo prazo, de quem vive constantemente no limite, sem moderar a "velocidade" apesar das circunstâncias, e dos avisos que vai recebendo, podem ser terríveis.

E irreversíveis.

É legítimo ocultar um erro médico?

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Para salvar a reputação de um membro da equipa médica, quando esse erro, ainda que, de certa forma, desculpável, dadas as condições em que a vítima se encontrava e a grande probabilidade de aquele pormenor escapar aos olhos da maioria, resultou na morte da vítima?

 

Como se sente um médico que tentou tudo para salvar um paciente e fez uma manobra perfeita e complicada de emergência que lhe salvou a vida temporariamente, para depois saber que essa mesma pessoa faleceu porque, embora aquele procedimento tenham sido essencial, houve outro que falhou, por sua culpa? 

 

Como se sentem os familiares da vítima mortal, ao tomar conhecimento de que a mesma faleceu, sem sequer imaginar que, talvez, pudesse ter resistido se não fosse um erro médico? Não terão eles o direito de saber? Ainda que isso não devolva a vida de quem partiu?

 

E quem pode julgar se o médico que cometeu o erro tem desculpa ou não? Terão os responsáveis pelo hospital o direito de esconder/ omitir os erros, para savar a pele e a reputação? Ou o dever de denunciar e apurar responsabilidades, quando existam, para manter a credibilidade e confiança?

E os burros somos nós?!

Ou somos, ou querem-nos fazer!

Pelo menos palha dão-nos com fartura!

Desde setembro do ano passado que a empresa, que tratou do leilão dos salvados do nosso carro acidentado e considerado em fim de vida, tem toda a documentação na sua posse.

Desde setembro que os salvados foram adquiridos, e que ando a ouvir a mesma conversa da parte destes senhores: "ah e tal, vamos entrar em contacto com a empresa compradora e depois dizemos-lhe alguma coisa".

Claro que os dias passam e ninguém diz nada, e lá temos nós que ligar novamente.

Em outubro, disseram-nos que a empresa compradora ia pedir o cancelamento em novembro, porque como a nossa matrícula era só de fevereiro, estavam a tratar primeiro de outros, cujas matrículas eram anteriores. O novembro passou-se, e nada. Em dezembro, disseram que ia ser feito em janeiro, uma vez que a matrícula era de fevereiro, e ainda ia a tempo.

"Então e se não for feito até lá? Não se preocupem, mandem-nos a guia de pagamento que nós enviamos para a empresa compradora pagar."

Este mês, recebemos por email o certificado de abate, datado de 31 de dezembro. Fui ao Serviço de Finanças. A matrícula ainda não está cancelada. Disseram-me para confirmar no IMT se o pedido de cancelamento foi, realmente, feito. O certificado não prova nada, nem anula o pagamento do imposto único de circulação.

Entretanto, liguei para a dita empresa que serviu de intermediária, para saber se tínhamos que tratar alguma coisa e como é que se iria fazer caso a matrícula não esteja cancelada em Fevereiro. A conversa começou a azedar.

"Ah, e tal, a senhora está a falar de situações hipotéticas. Ah, e tal, mas está algum pagamento em dívida neste momento? Ah, e tal, quando chegar à altura ligue para cá. Ah, e tal, se a empresa compradora se considerar culpada, talvez pague"!

Desculpe? Se se considerar culpada? Então de quem é a culpa? Nossa é que não é! Eles é que são responsáveis por tratar da documentação, eles é que a tinham há quase 6 meses e andaram a adiar de mês para mês. E, como é óbvio, não é no último dia que eu vou saber como se resolve o problema.

Disseram-me para ligar em meados de Fevereiro, caso a matrícula ainda não esteja cancelada, para pedirem à empresa compradora o comprovativo do pedido ao IMT e enviarem para nós.

E o que é que eu faço com esse documento? Vou ao Serviço de Finanças, apresento-o e já não nos cobram o imposto? Nada disso! Temos que fazer uma exposição a explicar a situação, para ver se não nos cobram. Ou então pagamos, apresentamos essa exposição, e pedimos o reembolso.

A minha experiência nestes assuntos diz-me que é sempre melhor pagar, e pedir o reembolso, porque se não pagarmos vai somando juros, e não sabemos se o nosso pedido vai ser deferido. Embora esse reembolso ou anulação de pagamentos não tenham data prevista para acontecer. 

A conclusão, depois de muita conversa, é só uma: nós não temos culpa porque enviámos a documentação pedida atempadamente, a mediadora não tem culpa porque tratou de tudo atempadamente, e a empresa compradora não tem culpa porque, supostamente, deu entrada do pedido no IMT antes da data da matrícula, ou seja, dentro do tempo. A culpa será do IMT, que demora muito tempo a cancelar as matrículas.

Posto isto, quem é o único responsável pelo pagamento do imposto único de circulação? O proprietário - nós!

E o resto é palha que nos atiram, e que nós temos que comer sem reclamar, enquanto vemos os verdadeiros burros continuarem a criar burocracias sem fim, a primar pela morosidade quando tudo deveria ser simplificado ao máximo, a ilibarem-se uns aos outros, e a descartarem-se de quaisquer responsabilidades! 

 

 

 

Quase um mês depois...

 

Já passou quase um mês desde que tivemos o acidente e, até agora, nada foi resolvido.

Deixei eu a papelada com que lido no dia-a-dia no trabalho, para ter que tratar de papelada do sinistro nas minhas férias.

Regressei ao trabalho, duas semanas depois, e continuo a fazer o mesmo.

As companhias de seguros, essas andam a dormir, não querem saber, não se mexem.

Não se compreende que tenhamos participado o sinistro logo no dia do acidente - 15 de Julho - que a nossa companhia nos tenha dado mais tarde o número do processo com base nesa participação (uma vez que a parte responsável não o tinha feito), e que duas semanas depois nos enviem uma carta a solicitar que façamos a participação do sinistro!

Não se compreende que a companhia do responsável demore quase um mês para apurar responsabilidades, quando até o nome de testemunhas indicámos. 

Não se compreende que, para serviços e fins diferentes, peçam documentos originais, quando original só há um e, se vai para um lado, não pode ir para outro.

Há muita coisa que não se compreende, ou eu não compreendo. Mas tenho que fazer: emails, cartas, inquéritos, telefonemas. E temos primeiro que arcar com todo o prejuízo, para depois, quando a companhia do culpado entender, nos ressarcir em parte. Porque, no meio de tudo isto, saímos sempre prejudicados.

Dizem que o assunto é com as companhias, uma a tentar esquivar-se e a outra a tentar responsabilizá-la. Não me parece. É um assunto entre nós e a companhia da outra parte. A nossa companhia, tenho a sensação de que é uma mera espectadora.

E assim estamos nós - com despesas médicas por liquidar, com valor comercial do carro por pagar, com matrícula por cancelar, com gastos que nunca vamos recuperar, à espera que se apurem responsabilidades!

 

Kidzania - onde as crianças são adultos!

 

Chegada ao "aeroporto" e "embarque" para uma aventura na cidade onde as crianças são as protagonistas transformando-se, por algumas horas, nos adultos que gostariam de ser! 

Nós, os pais, somos meros espectadores. Eles são os habitantes da Kidzania, nós os alienígenas! 

Mas se pensam que a vida é só diversão, estão enganados. Tal como no mundo dos crescidos, aqui também têm responsabilidades.

É-lhes dado um cheque à entrada, que vão levantar no banco. E é com esse dinheiro que vão iniciar a sua vida adulta como gente grande.

Podem gastá-lo no que quiserem mas, quando não tiverem dinheiro, têm que trabalhar para ganhá-lo.

Postos de trabalho não faltam, nas mais variadas profissões. E podem, também, estudar na universidade, ir às compras, tirar a carta de condução, ir à discoteca, etc.

Foi uma excelente ideia terem criado esta cidade miniatura onde as crianças podem, além de brincar e se divertir, também aprender. E ver como funciona o "mundo" dos pais.

O mérito é, também, devido a todas aquelas pessoas que lá trabalham, que ensinam as crianças, que tornam a experiência possível. Não deve ser fácil lidar horas a fio, dia após dia, com centenas de crianças que por lá "habitam".

Por isso mesmo (ou quem sabe seja apenas feitio), há quem não tenha muita paciência para o fazer e seja antipático para os miúdos. E, por um lado, não é mau. Na vida real, também temos que lidar com todo o tipo de pessoas. Mas, por outro, as crianças estão ali para se divertir, não para se sentir mal.

O que vale é que a maioria tem imenso jeito, paciência e boa disposição, e também se diverte com os mais pequenos! E as crianças (e os pais também) desembarcam no final da viagem com vontade de repetir a experiência!