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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Está Tudo Bem?"

(hábito, formalidade ou real interesse?)

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Quantas vezes nos fazem esta pergunta?

E, quantas outras, somos nós a fazê-la a alguém?

Está tão enraizada nas nossas interações diárias que, mais do que uma pergunta, parece mais um prolongamento do cumprimento ou saudação da praxe: "Olá, tudo bem contigo?" ou "Bom dia. Como estás?".

E, como tal, sem esperar, necessariamente, uma resposta de volta. Ou, eventualmente, o também habitual "Está tudo bem! E contigo?" que, por sua vez, será respondido de forma semelhante. Com o que se espera ouvir. 

 

Ou será que, realmente, fazemos a pergunta, mais do que por hábito ou formalidade, com verdadeiro interesse, e com intenção de ouvir uma resposta genuína?

Será que, quando isso acontece, nos disponibilizamos para ouvir? Ou arrependemo-nos, no instante seguinte, de ter feito a pergunta? Porque, lá está, esperávamos a resposta do costume, também ela dada por uma questão de educação, porque assim mandam as regras de etiqueta?

 

E quando nos fazem a pergunta, respondemos sinceramente, ou cortamos o "embaraço" mútuo por ali, com a resposta pré-fabricada na ponta da língua, que fica sempre bem em qualquer ocasião?

 

 

Há pessoas que não nasceram para lidar com os da sua espécie

Desenho de Galo mal-humorado pintado e colorido por Usuário não registrado  o dia 18 de Outobro do 2016

 

Nem tão pouco lidar com burocracias chatas, mas necessárias.

Hoje recebi um email. Vinha com assunto, mas sem conteúdo. Pode ter sido engano do remetente. Acontece a todos. Pode ser um problema do meu email (duvido, mas...). Também acontece.

Respondi à pessoa que, embora tivesse recebido o email, como não tinha conteúdo, não consegui perceber, pelo assunto, o que era pretendido.

Logo em seguida, a mesma pessoa, talvez dando conta do erro, envia um novo email, desta vez com o texto.

E, segundos depois, em resposta ao meu, escreve esta preciosidade:

 

"Boa tarde, 

O texto já enviado 2x é o seguinte...."

 

Pela resposta, parecia uma adulta irritada com crianças que a estão a fazer perder tempo, só porque não prestam atenção às coisas. 

Mas quem se irritou com esta resposta fui eu!

Tendo em conta que o primeiro email veio sem texto (daí ela ter enviado novamente), eu só recebi uma vez.

E se ela não o queria estar a enviar de novo, podia simplesmente dizer que, entretanto, já tinha enviado um email, e para eu confirmar se tinha recebido.

Mas não. Preferiu ser rude.

 

Confesso que, desde o ano passado, não vou à bola com esta pessoa. Acho-a, por vezes, injusta, demasiado crítica, e picuinhas. 

Mas, talvez pelo nível de exigência e perfeccionismo que exige aos outros, tivesse a consciência e o dever de, também ela, o ser para com eles.

No entanto, o que vejo é alguém que não nasceu para tratar de questões burocráticas, chatas (como sabemos e todos se queixam), que fazem dispender o tempo de quem assume esse cargo, mas necessárias.

E também me parece duvidoso que tenha nascido para lidar com os seus semelhantes. 

 

Que resposta se dá a isto?

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Recebi ontem à noite uma mensagem de um tio meu, com quem já não falo há cerca de um mês ou mais, com uns votos muito peculiares:

 

"desejo uma boa noite para ti e para toda a família...aproveita bem a vida e o que ela te dá, porque vais estar morta durante muitos anos..."

 

Não percebi se era para rir, se era para temer ou, simplesmente, ignorar. Optei pela terceira hipótese!

Sabem aquele momento...

Imagem relacionada

 

 

... em que colocamos uma questão, ou pedimos a alguém para explicar alguma coisa, e essa pessoa nos despeja com definições que não conseguimos entender, que não esclarecem a nossa dúvida, nem respondem à pergunta, retiradas de um qualquer livro, site, ou manual, porque nem elas sabem bem o que dizer?

 

Acontece-me tantas vezes!

 

Se eu não sei e estou a perguntar a quem, supostamente, sabe ou está a estudar o assunto, é para que me expliquem. Para ler, também eu lia. Para reproduzir o que vem num site, também eu pesquisava. Para ficar na mesma, nem sequer me dava ao trabalho de perguntar.

 

 

Algumas pessoas não percebem...

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...que quando perguntamos "Como está?", a uma pessoa que mal conhecemos, é apenas por uma questão de educação, e não com a intenção de abrir um portal para todo um desfiar de problemas e aflições, de pessoa a quem perguntámos!

 

É que se a resposta se fica pelo "estou bem", "vai-se andando" ou algo do género, sem entrar em pormenores, ainda se compreende.

Mas ver aí a oportunidade para falar com alguém dos males da vida, vai uma grande distância.

E se a pessoa for daquelas que fala, fala, fala, sem parar, é mais que certo que, do outro lado, estará alguém que só captará, basicamente, o início da conversa, e o final, sem ter prestado qualquer atenção a tudo o que foi dito pelo meio.

Portanto, não percam o vosso tempo, e não façam perder o tempo, a educação e a paciência, dos outros!