Desilusão
Todos dizem que a melhor forma de não nos desiludirmos, é não esperarmos muito das pessoas.
Não criar muitas expectativas.
Mas há momentos em que já não se trata disso.
Em que a desilusão já não resulta de qualquer expectativa que pudessemos ter, mas de surpresa, por nos estar a ser mostrado um lado que desconhecíamos. Que diz muito sobre a pessoa que o mostra. E que não gostamos.
Não tem de vir, necessariamente, de conflitos, de discussões, de palavras ditas no calor do momento, de atitudes parvas. Pode vir quando não estamos a contar.
Numa simples conversa.
Mas, por vezes, causa mais dano.
Porque não se limita a ferir. Não cicatriza, e deixa marca.
Simplesmente, mata.
Uma parte daquilo que sentimos morre com essa desilusão.
E não volta a ressuscitar...