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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O vírus também tira férias no Natal!

Antonio_Costa_Covid_Natal.jpg

 

É só o que me apraz dizer sobre as medidas adoptadas para esta quadra festiva.

Vejo tanta gente, e o próprio governo, com uma extrema preocupação com o Natal dos portugueses e das famílias, como se muitas dessas pessoas valorizassem, realmente, o verdadeiro sentido do Natal.

Parece que tem que haver Natal, dê por onde der, ou o mundo acaba. E, então, é ver apertar as medidas antes, para afrouxar nessa época, e voltar depois a apertar.

É quase como quem faz dieta o ano todo, para se estragar no Natal. E, a seguir, corre atrás do prejuízo, com um regime ainda mais intenso para perder os quilos extra, e acabar com o sentimento de culpa.

 

Aliás, o governo dá a ideia de que o vírus tem dias, horas, ou épocas específicas para atacar.

Ora vejamos. Dois feriados em Dezembro, em que o governo fecha as escolas à segunda-feira, e dá tolerância de ponto à função pública, para que possam aproveitar dois fins de semana prolongados. Que, pessoalmente, até deram jeito. Mas não deixaram de interferir com apresentações de trabalhos escolares e testes já marcados.

No entanto, antecipar as férias de Natal dos estudantes, numa semana em que, supostamente, já nem sequer há testes, isso não. Claro que não! 

 

Entretanto, se até aqui as reuniões familiares eram o principal foco de contágio, e deviam ser evitadas, agora no Natal já não há problema. Tudo pelo Natal!

Ainda que com algumas recomendações. Que, obviamente, não serão cumpridas.

Porque, se é para haver Natal, se tudo se fez para salvar o Natal, então há mais é que aproveitá-lo.

E Natal, para aqueles que gostam de o celebrar, é sinónimo de beijos, abraços e afectos. É sinónimo de horas à mesa, a degustar as iguarias e à conversa. É sinónimo de crianças a brincar, e ansiosas pelos presentes.

É sinónimo de aconchego, à lareira.

Nem sei porque é que permitem que os restaurantes abram à noite, sendo o Natal, por norma, uma celebração caseira.

Ah, mas na passagem de ano, esqueçam. Vai ter todas as restrições. Que, afinal, não parecem assim tantas quanto apregoavam.

 

Depois, em Janeiro, logo se vê.

Logo se vê se os portugueses se portaram bem. Se foram responsáveis. Se souberam aproveitar a "liberdade condicional" que lhes foi concedida, ou se voltam para a "prisão", de castigo, por mau comportamento.

Com sorte, pode ser que o vírus também tenha tirado férias de Natal, e dê uma folga ao pessoal, voltando em 2021 ao ataque!

 

Imagem: alvorada

 

Medidas de prevenção com que me deparei aqui em Mafra

A imagem pode conter: flor, texto que diz "NOVO CORONAVÍRUS (COVID-19) MEDIDAS MUNICIPAIS DE PREVENÇÃO A prevenção é uma missão de TODOS Proteja-se, conte connosco"

 

Sexta-feira foi o meu primeiro contacto com esta nova realidade das medidas de prevenção contra o Covid-19 aqui em Mafra.

Tive que ir à farmácia, e avisaram-me logo que tinha que esperar do lado de fora, até que alguém saísse. Só ficam na farmácia 5 pessoas ao mesmo tempo.

Já na pastelaria onde fui, apenas estavam a usar luvas.

 

No sábado, fui às compras à hora de almoço. Todos me diziam que ia na pior hora mas, afinal, até fui em boa hora. Estavam poucas pessoas no Intermarché. 

Não havia ninguém com protecção, nem qualquer restrição de entrada.

A mesma coisa no Continente.

Daquilo que ia comprar, tinham tudo. No entanto, reparei nas prateleiras vazias do papel higiénico. Carne e peixe, como não precisava, não vi se havia ou não.

Uma das funcionárias disse que, de manhã cedo, as pessoas faziam fila à porta, algo que o meu pai já tinha visto durante a semana.

 

Já no Lidl, estava o segurança à porta, a barrar as entradas. Só pude entrar depois de sair um cliente.

Notei que os funcionários andavam de luvas, e tinham frascos de gel junto às caixas.

 

Os meus pais foram almoçar a um restaurante que, apesar de aberto, tinha poucas pessoas. E já tinham o espaçamento entre mesas implementado.

Outro restaurante, aqui perto de nós, fez um comunicado no facebook, a pedir aos clientes habituais que optem por comprar as refeições e levar para casa, em vez de comerem lá.

 

As feiras, em espaço aberto, foram canceladas. Os ginásios estão encerrados, tal como outros espaços de lazer. As actividades desportivas e culturais foram suspensas.

 

Eu, vou trabalhar, mas o escritório estará encerrado a clientes. Só atendemos telefone. E fazemos o serviço que possa ser realizado, sem saídas para o exterior, até porque suponho que a maior parte dos serviços públicos estejam também a meio gás ou mesmo encerrados.

 

É possível que, daqui a uns tempos, tudo fique ainda mais restritivo.

Vamos esperar para ver, sempre com calma e pensamento positivo.

 

 

 

Desaparecida - um filme que todos deviam ver

gonemissin.jpg

 

 

A minha filha quis ver um filme ontem à noite.

Escolheu este.

Parecia-nos que seria um daqueles filmes habituais de adolescentes desaparecidas, em que estamos sempre à espera do pior: sequestro, violações, mortes...

 

Mas é muito mais do que isso. 

Desaparecida apresenta-nos duas mães, com atitudes totalmente opostas: a permissiva demais, e a repressiva de mais.

Cada uma tens as suas razões para agir dessa forma, sem que isso signifique que uma pouco se importa com o que a filha faz, e que a outra se preocupa sem necessidade.

A primeira dá total liberdade, sem qualquer limite ou travão. A segunda quer manter, o quanto puder, a filha numa bolha, livre de qualquer perigo.

De que forma é que o comportamento destas duas mães, em relação às respectivas filhas, as faz tomar as decisões que resultaram no seu desaparecimento?

 

 

 

Por outro lado, temos duas amigas. 

Uma que está habituada a fazer tudo o que lhe apetece, sem regras ou imposições, sem castigos, sem stress.

Que aparenta gostar da forma como a mãe lida com ela mas, no fundo, talvez a incomode tanta indiferença.

E outra que é responsável e tenta fazer as coisas certas, mas gostava que a mãe confiasse mais nela, e não a "sufocasse" tanto, como se ela fosse ainda uma criança.

Ambas têm 18 anos. 

 

Outra questão que o filme aborda é a amizade na adolescência, e a forma como essa amizade pode ajudar ou colocar em perigo. Até que ponto, em nome da amizade, devemos abrir excepções, quebrar as regras? Até que ponto devemos ficar junto aos nossos amigos, ou abandoná-los à sua sorte, quando não veem o perigo em que se estão a colocar?

Até que ponto os amigos nos podem influenciar negativamente?

 

 

 

E, no meio de tudo isto, onde andam os pais?

Ao que parecem, seja pelo trabalho que exercem, ou por mero descomprometimento, deixaram a educação e criação das filhas (e filhos) a cargo das mães, recaindo assim, sobre elas, a responsabilidade sobre o que lhes venha a acontecer.

Durante todo o filme, nunca apareceram.

 

 

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Mas, afinal, como é que tudo começa?

Kaitlin e Matty vão passar as férias da Páscoa num resort, juntamente com as respectivas mães e o irmão de Kaitlin.

Enquanto Lisa tenta que Rene descontraia e deixa a filha aproveitar as férias, Rene tenta controlar ao máximo a filha, com quem conversa, o que bebe, o que veste. As férias começam assim, com uma discussão entre rene e Kaitlin, que fica de castigo no quarto, sem permissão para sair.

No dia seguinte, tanto Kaitlin como Matty são dadas como desaparecidas, sem que ninguém saiba o que lhes aconteceu,ou para onde terão ido.

Depois de algumas buscas, as mães são informadas de que apenas uma adolescente foi encontrada. Qual delas terá sido? E o que aconteceu com a outra?

Terá sofrido às mãos daquele homem que tem aspecto de pervertido? Ou terá sido atacada pelo namorado, que entretanto tenta fugir do hotel?

 

 

A determinado momento, no filme, as mães trocam acusações entre si. Terá sido culpa de Lisa, por dar demasiada liberdade à filha que, por sua vez, leva a amiga para maus caminhos? Terá sido culpa de Rene, que por querer proteger tanto a filha, acabou por a empurrar para o perigo? Será culpa de Matty, que acha que está sempre tudo bem e nada lhes pode acontecer? Ou de Kaitlin, que sabia bem no que se estava a meter, e que a sua mãe não iria gostar e, ainda assim, não disse que não?

A haver alguma culpa, penso que terá que ser dividida por todos.

 

Mas haverá mesmo culpados? A verdade é que, como vimos, independentemente da liberdade e responsabilidade, ou falta dela, o que aconteceu poderia ter acontecido a qualquer um.

E no fundo, só se espera que todos saiam desta terrível experiência sãos e salvos, e unidos, como quando ali chegaram, seja nos momentos de dor e aflição, ou nos mais felizes.

 

 

Sinopse:

"Durante as férias, as amigas Kaitlin e Matty desaparecem num resort em San Diego. Determinada a descobrir o que aconteceu com a filha, a mãe de Kaitlin inicia sua própria investigação, ultrapassando todas as barreiras."

 

 

Vejam aqui o trailer

A finalidade dos blogs com vários autores

 

 

Para que serve um blog com vários autores?

 

Na minha opinião, um blog composto por vários autores será um blog conjunto, onde vários autores se juntam para escrever sobre um mesmo tema (comum a todos) para o qual foi criado o blog, ou sobre diversos temas, se não houver uma temática específica.

Terá sempre que ter um fundador, como é óbvio! A pessoa que o imaginou, que o criou, que o personalizou, e que convidou os restantes autores, ou aceitou a sua participação no referido blog colectivo.

Essa pessoa é, por norma, o administrador.

Todos os autores/ participantes poderão ou não ser administradores, mas terão plena liberdade para escrever os seus posts no referido blog, aparecendo sempre o seu nome nas publicações.

Quando os bloggers aceitam o convite, ou pedem para participar de um blog colectivo, partem do princípio que poderão escrever os seus textos sem restrições.

 

 

 

É uma tendência cada vez mais frequente, e uma forma de diversificar ou ampliar o conteúdo de um blog, de manter um blog sempre actualizado (se todos escreverem, claro) e, de certa forma, de dar mais visibilidade ao mesmo.

Mas também há quem o faça pelo simples prazer de escrever e partilhar experiências, opiniões e pontos de vista entre amigos.

Podem-se estabelecer os dias em que cada um poderá escrever, organizar por rubricas, ou deixar que as coisas surjam naturalmente, e consoante a disponibilidade e inspiração de cada autor.

 

 

 

 

No caso do Clube de Gatos do Sapo, o primeiro blog colectivo que criei o mesmo surgiu para reunir, num mesmo blog, os autores de blogs da plataforma do Sapo que, tal como eu, eram donos de gatos e partilhavam a mesma paixão por estes animais, tendo ficado cada um dos felinos como membro do Clube.

Todos os participantes têm total liberdade para escrever sobre o que quiserem, relacionado com a temática do mundo felino, que foi a que deu origem ao blog. Estão todos como administradores, para que possam ter os mesmos privilégios que eu.

Ainda assim, por vezes, pedem opinião sobre alguma coisa, ou ajuda em questões mais relacionadas com a gestão, mesmo que pudessem esses mesmos autores fazê-lo.

 

 

 

Penso que é essa liberdade e autonomia que levam os autores a enveredarem por estes projetos, a gostarem de participar e querer ficar.

Mas será que isso se manterá assim, a partir do momento em que um administrador começa a impôr determinadas condicionantes a essa liberdade? Será que, ao limitar ou dificultar a publicação de um texto, o administrador não estará a afastar esses autores que fazem parte do blog colectivo?

E para que servirá, nesse caso, um blog com vários autores, se só lhes for permitido fazer aquilo que gostam e para que se propuseram, ou foram convidados a fazer, sujeitos a várias imposições e regras desnecessárias, ou sem sentido?

 

 

 

 

Finalmente!

 

Finalmente a minha filha regressou à escola!

Ainda sarapintada, é verdade, e com algumas restrições - não pode fazer desporto, nem correr, nem andar muito a pé.

Ainda com consultas regulares de vigilância.

Aterrando de paraquedas em território um pouco estranho, sem muita preparação e num momento em que todos, incluindo ela, serão postos à prova.

Mas já é bom! É uma óptima notícia! E estou muito feliz!

No entanto, não consigo deixar de sentir aquela nostalgia, típica de começo de ano lectivo, em que os nossos filhos regressam à escola, depois das longas férias que passaram connosco. Com a diferença de que, neste caso, não estivemos de férias nem tão pouco nos divertimos.

É incrível como a vida segue e o tempo não pára. Depois de mais de um mês em que tudo se alterou, voltamos à rotina sem direito a pausas para assimilar e recuperar de tudo o que aconteceu! Sem folgas para fraquejar, para comemorar, para baixar os braços...para nada!

Costumo dizer que eu sou como algo que permanece de pé durante toda a tempestade e, só então depois de ela passar, quando já nada o fazia prever, caio!

Neste caso, nem para isso tive tempo! É que agora que o sismo, e respectivas réplicas, já não ameaçam destruir mais nada, há que lutar para manter o que ficou intacto, e recuperar o que foi perdido.