Foz do Lizandro: a parte que quase ninguém vê
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Ontem fomos dar um passeio que começou por este belo campo de papoilas.
Depois, chegámos aqui e convidei o meu marido a subir até ao topo da montanha de areia, para ver o que havia do outro lado.
Acreditem que cheguei a uma altura em que me arrependi dessa ideia. Caminhar na areia, com tanta roupa vestida e uma mala pesada, olhar ao redor e só ver sol e areia, olhar para a frente e parecer que nunca mais lá chegaríamos, não é algo que incentive. Só me apetecia sentar ali mesmo, e recuperar energias para voltar para trás.
Parecia que estava a fazer uma travessia em pleno deserto!
Íriamos nós encontrar o tão almejado oásis?
Não desistimos até lá chegar, e foi este o cenário com que nos deparámos:
Eis-nos aqui, na Foz do Arelho:
E, para terminar o passeio em grande, nada como subir esta escadaria!
Gosto da Foz do Lizandro para passear, não para ir à praia. O mar é perigoso, com muitas correntes, e é uma praia demasiado ventosa para o meu gosto.
Mas adoro ir até lá, principalmente fora do período de verão, em que há muita gente e mais confusão, e não se pode usufruir da paisagem, tranquilidade e beleza deste local a que muitos chamam o paraíso!
Já lá vai o tempo em que o rio era mais limpo, é verdade. Diz a minha mãe que, quando era nova, se podia atravessá-lo de um lado ao outro, e que a sua água era límpida. Hoje, a água está suja, imprópria para banhos (apesar de todos os anos muitas famílias ignorarem os avisos). Há alguns anos atrás, uma menina morreu nesse mesmo rio, enterrada no lodo. Hoje, já ninguém se lembra, fala disso ou sabe o que aconteceu.
Ainda assim, gosto de apreciar as gaivotas pousadas à beira rio, de ver a força da corrente nos dias de vento, de ver o rio correr para o mar, quando não é o mar a entrar rio adentro e, em outros dias, a sua total calmaria!
Gosto de me sentar na esplanada de um dos acolhedores bares, a beber um sumo ou um batido, e observar a natureza no seu melhor. Ou de caminhar pelo passadiço, até à ponta mais sossegada da praia, ouvir o silêncio, olhar o céu e as nuvens, sentir o rebentar das ondas, respirar paz...
Toda esta área sofreu uma requalificação, que a tornou ainda mais apetecível aos visitantes. Um parque de estacionamento, com capacidade para cerca de 400 veículos, e construção de um passadiço sobrelevado no areal, paralelo à frente de rio/ mar com bancos, papeleiras, contentores para deposição de resíduos e iluminação, que faz a ligação aos apoios de praia e o areal, são algumas das melhorias que contribuiram para elevar a qualidade desta zona balnear.
E nada melhor, para terminar em grande, que partilhar com toda esta beleza um bonito pôr do sol!