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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Esplanadas, máscaras e vírus - expliquem-me como se eu fosse muito burra!

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Não sendo uma grande frequentadora de cafés, restaurantes ou esplanadas, compreendo perfeitamente que, beber um café, comer qualquer coisa, ou ter 5 minutos de conversa, com os amigos, família ou colegas, se faz melhor quando sentadinhos a uma mesa.

E com o tempo bom a ajudar, ainda melhor. Quem é que não gosta de estar sentado numa esplanada a apanhar solinho? Ou à sombra do chapéu, nos dias de maior calor?

É perfeitamente normal. Ou seria. Em tempos normais.

O que não é o caso.

 

Desde segunda-feira que é permitido voltar a fazer uso das esplanadas e, como as coisas, depois de nos terem estado vetadas, nos sabem sempre melhor, para além do facto de o interior dos espaços ainda não poder ser ocupado, houve uma inevitável corrida às mesmas, por parte de muitos portugueses.

Nada contra mas...

 

Expliquem-me, como se eu fosse muito burra, com direito a desenho se for preciso, como funcionam as regras de segurança numa esplanada.

Não falo de pessoas que estão sozinhas porque, partindo do princípio que as mesas cumprem a devida distância de segurança, não haverá grande risco.

Não falo de membros do mesmo agregado familiar, que esses também estão juntos noutros espaços e, suponho, sem restrições.

 

Falo de amigos, conhecidos, colegas de trabalho ou familiares que não vivem juntos, mas que se juntam à mesa, numa qualquer esplanada.

Enquanto não são servidos, e correndo o risco de transmitir o vírus, os mesmos devem permanecer com a máscara posta.

A partir do momento em que são servidos, como é óbvio, não podem comer ou beber de máscara, por isso, estão autorizados a retirá-la.

Então, e nessa altura, em que estão a menos de um metro de distância, sem máscara, a comer e, com toda a certeza, a conversar, provavelmente até mais tempo, do que aquele que passaram à espera, já não há risco de transmitir o vírus?

Depois, quando acabam, voltam a ter que pôr máscara porque o vírus já gozou a sua pausa, e volta ao ataque. E as pessoas que, até aí, estavam imunes, voltam a correr risco de contágio. É isto?

 

Ou seja, o vírus deixa as pessoas comer em paz, mas pode atacar antes e depois das refeições?

Faz sentido?

A sério que não percebo...

 

Os homens também podem ter cancro da mama?

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Soube esta semana que Marco Paulo estava novamente a lutar contra um novo cancro, mas fiquei-me por aí. Não é artista que siga ou pelo qual me interesse muito.

Ontem, estava a minha filha a ler a notícia de que Marco Paulo tinha cancro da mama e a minha pergunta foi a que, talvez, muitas pessoas e o próprio artista terá feito "Os homens também têm cancro da mama?".

 

A verdade é que, desde que me lembro de ouvir falar de cancro da mama, seja em notícias, iniciativas ou mesmo campanhas de consciencialização ou apoio, tudo me pareceu sempre direccionado para a mulher, como se fosse um problema exclusivo destas.

No entanto, se pensarmos bem, os homens também têm mamas, diferentes da mulheres, é certo, mas existem.

E, embora a percentagem de cancro da mama em homens seja inferior a 1%, Marco Paulo é a prova de que, ainda assim, há risco e é preciso estarem atentos aos mínimos sinais.

 

Seria bom, também começar a haver mais informação sobre o assunto, e sobre a real possibilidade de os homens também virem a sofrer de cancro da mama.

 

Numa escola (muito) perto de nós

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Fiquei estupefacta com a notícia.

Embora seja cada vez mais o "prato do dia" nas escolas, o choque é ainda maior quando acontece numa escola tão perto de nós. Na escola onde a minha filha passou os últimos 5 anos. 

Sem incidentes desta dimensão.

 

Fiquei hoje a saber que a directora da antiga escola da minha filha foi agredida, violentamente, por um aluno de 15 anos, e teve que ser socorrida e levada para o hospital.

 

E a pergunta que fica no ar é:

Com que vontade, gosto, prazer, satisfação, alegria, vai um professor para uma escola, ensinar os seus alunos, depois de situações como esta?

Eu diria que cada vez menos...

 

Por enquanto, ainda vamos vendo quem tenha a coragem, para ignorar uma situação isolada, ainda que grave, em prol daquilo que tem gosto em fazer, pelos restantes que nada tiveram a ver com a situação.

Mas, a continuar assim, até quando?

Até quando irão haver professores nas nossas escolas, se nada mudar?

 

 

 

Nerve - Alto Risco

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Há sempre duas faces da mesma moeda, como dizia eu ao meu marido, ao vermos este filme, que ele quis ver com a minha filha, para mostrar o quão perigosos podem ser certos jogos e desafios na net: pode resultar no bom sentido, que é alertar para os perigos e evitar que os adolescentes cometam erros, ou fazê-los ficar ainda com mais vontade de experimentar, ainda que não o demonstrem. É um risco. 

 

Mas este é, sem dúvida, um filme que eu recomendo! E até fiquei admirada de não ser um filme sobre o qual se lêem muitos comentários e opiniões, ao contrário de outros filmes e séries que passam na TV.

Nerve foi até apontado como o filme que serviu de fonte de inspiração aos criadores do jogo da Baleia Azul, embora com contornos diferentes.

 

"Vee está prestes a abandonar o conforto do lar, em Nova Iorque, e seguir para a universidade, na Califórnia. A sua vida é igual à de tantas jovens, rotineira, sem percalços, tudo dentro da sua zona de controlo. Até que a sua melhor amiga, Sidney, a desafia a entrar em Nerve, um jogo online com uma comunidade mundial dividida entre jogadores e observadores. Os observadores lançam desafios, mais ou menos perigosos, enquanto os jogadores têm que aceitar as provas, para serem recompensados monetariamente ou perderem todo o dinheiro ganho até então." 
 
 
Desengane-se quem pensa que só os adolescentes problemáticos, deprimidos ou com baixa autoestima e confiança se metem nestes jogos. Qualquer um pode entrar, qualquer um pode experimentar, qualquer um pode cair. É como fumar o primeiro cigarro, o primeiro shot, ou as primeiras drogas. O pensamento é "por experimentar uma vez, não me vai acontecer nada. Não vou ficar viciado(a). Pode ser verdade, ou pode ser o início da descida ao fundo do poço, de onde poderão vir a sair, ou não.
 
 
 
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Foi isso que Vee fez: não há-de vir grande mal ao mundo, por participar num único desafio. E o seu primeiro desafio é beijar um estranho na boca, num restaurante, durante cinco segundos. O seu alvo, Ian, acaba por revelar-se também um jogador. Os dois acabam por formar uma dupla e os desafios que lhes são lançados, em conjunto, começam a subir o grau de dificuldade.
 
 
 
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Vee ainda hesita em seguir para o próximo desafio mas, com a persuasão de Ian, a popularidade que começa a atingir, e o próprio sentimento de se superar aliado à adrenalina, para não falar do dinheiro que começa a cair na conta, sempre que supera um desafio, levam-na a seguir em frente.
 
Quando as coisas começam a atingir proporções inesperadas, e Vee percebe que ainda alguém se pode magoar a sério, tenta denunciar à polícia. Mas, ao contrário do que seria de esperar, a polícia nada faz, e Vee acaba por sofrer as consequências. 
 
O jogo torna-se de alto risco e Vee vai descobrir, da pior forma, que há uma terceira e terrível categoria oculta em Nerve, para além dos jogadores e dos observadores - os prisioneiros.
 
 
 
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Para deixar de ser prisioneira, Vee terá de vencer o último desafio, contra Ian, que também anseia por deixar de ser prisioneiro. Não podem abandonar o jogo, porque serão as respectivas famílias a pagar por isso. Têm de ir até ao fim e, o fim, pode mesmo ser o fim para um deles, ou para ambos.
Uma brincadeira que começou com um beijo a um estranho, pode terminar em morte. Sem quaisquer responsáveis para punir.
 
Só vendo o filme poderão perceber aquilo que estes adolescentes fazem, a pressão a que estão sujeitos, as consequências que poderão sofrer com o jogo, que pode destruir a vida de qualquer um, e dos que o rodeiam.
 
 

 

 
 
 

Animais perigosos ou animais potencialmente perigosos?

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Muito se tem falado, nos últimos tempos, sobre a existência ou não de animais perigosos. A questão prende-se, mais especificamente, com cães perigosos, mas eu prefiro abranger toda a categoria "animais".

 

Ainda no outro dia falava sobre isso com o meu marido, que me dizia que não existem animais perigosos, e que são as pessoas que os tornam agressivos.

Não concordo totalmente com ele. Existem animais que nasceram para ser livres, e viver nos seus próprios habitats. Que são, pelas suas mães/ pais, preparados para sobreviver nesse habitat, a desenvolver o seu instinto, a caçar as suas presas. Aqui não existe "mão humana". Apenas a própria natureza dos animais. Sendo que a maior parte, quando ataca humanos, é por estes estarem no seu território, por uma questão de instinto, sobrevivência, defesa do seu território, protecção. Ou então, quando os humanos tentam mudar a sua natureza, tentando domesticá-los, trazendos para fora do seu habitat, prendendo-os. Até podem conseguir. E um desses animais a que apelidamos de "selvagens" até pode ser bastante meigo para os humanos, e conviver bem entre eles. Mas o risco está presente. Pode não se manifestar, mas está presente.

 

Assim, no que respeita aos animais em geral, a pergunta que coloco é:

Existem animais perigosos, ou animais de raça/ espécie potencialmente perigosa?

É que um animal de raça/ espécie potencialmente perigosa, quando bem educado e treinado, ou devido à sua própria personalidade, pode ser um animal perfeitamente sociável e meigo.

Por outro lado, um animal aparentemente inofensivo, pode virar, de um momento para o outro, uma fera e atacar, sem sabermos bem porquê.

Mas também o próprio ser humano é assim. Quantas vezes não temos conhecimento de actos bárbaros praticados por pessoas de quem nunca suspeitaríamos, e que considerávamos "boas pessoas". Sim, por vezes o bandido é aquele homem de família exemplar, e não o ladrão da esquina, de quem todos suspeitaríamos. 

 

O que acontece, na maioria das vezes, é que o potencial está lá, seja em que animal/ raça/ espécie for, existindo raças/ espécies com maior potencial que outras, e pode permanecer sempre adormecido, sem se dar por ele, ou ser despoletado pelo próprio instinto, por acicatamento, por factores externos à sua personalidade, pelos que o educam e rodeiam, ou por quem lhes tenta fazer mal.

Será, talvez, aí que a "mão humana" entra: na forma como lida, educa e incita ou mantém adormecido esse potencial. E isso dependerá, muitas vezes, do carácter e personalidade do próprio dono, da forma como ele próprio age, da forma como cumpre ou não as regras de segurança para com os demais.

E o que é certo é que não faltam exemplos de animais potencialmente perigosos, que foram capazes de atitudes que muitos humanos nunca teriam, e que já salvaram muitas vidas humanas. E ainda dizem que os perigosos são eles...