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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Ransom Canyon"

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Passada no Texas, esta é uma daquelas histórias que deve (assim o sucesso o permita) durar várias temporadas.

Pelo menos, uma segunda, fará falta, depois do final totalmente em aberto, ou não valeria a pena sequer ter começado a ver a primeira.

Conflitos familiares, perdas, guerras entre rancheiros e romances complicados são parte do menu.

 

Staten perdeu a mulher, e acabou de perder o filho.

É um homem casmurro, aparentemente insensível e fechado ao amor, de poucas palavras e demonstrações de afectos.

Mas é apaixonado por Quinn.

 

Quinn, por sua vez, sempre amou Staten, mas nunca foi (ou acreditava ela) correspondida.

Por isso, acaba por se envolver com o rival, e cunhado, de Staten, Davis, o que vai aumentar ainda mais os problemas entre ambos.

 

Mas o que mais me cativou nesta primeira temporada, foi o enredo entre Ellie e Yancy Grey.

A forma como Yancy se vai transformando (pelo menos, assim parece) num homem diferente, melhor.

A determinado momento, ele faz este comentário, referindo-se a si mesmo, e a Ellie:

"Os homens aprendem devagar. Às vezes, temos de cometer o mesmo erro vezes sem conta até que aparece uma mulher que nos faz querer ser melhores."

Mas será mesmo assim? Ou acabará, o passado, por levar a melhor?

 

 

"Um Ano Para Ser Feliz"

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Quase se pode dizer que este filme é um "três em um": tem romance, tem o luto pela morte de um ente querido e tem a típica lista de objectivos a cumprir!

Como "cereja no topo do bolo", ainda lhe acrescentaram os DVD's, gravados pela falecida mãe. Quando assistimos, parece apenas uma conversa normal entre mãe e filha, como se tivesse surgido, naturalmente, naquele instante, e não há muitos meses atrás.

 

Alex é a filha mais nova de Elisabeth.

A filha com quem ela tem uma relação especial que, por vezes, os irmãos não compreendem.

Nos últimos tempos, Alex andava um pouco à deriva na sua vida, e a mãe quis tentar resgatar, de alguma forma, a mulher que sabia que a filha poderia ser.

Os DVD's, entregues por etapas, após a morte da mãe, consoante Alex fosse cumprindo os itens da sua lista de objectivos, escrita na adolescência, mas totalmente actual, foi a forma que encontrou.

 

À medida que Alex vai visualizando os vídeos, e seguindo os conselhos da mãe, vai percebendo que, por vezes, é preciso olhar as coisas de uma outra perspectiva. Que todos cometem erros. Mas tudo (ou quase tudo) se pode resolver, melhorar, perdoar.

 

Houve apenas um objectivo, de todos os que tinha que cumprir até ao final do ano, que Alex acredita que falhou: encontrar o verdadeiro amor.

Mas será que falhou mesmo? Ou apenas não o consegue ver?

 

"A Lista do Sr. Malcolm"

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Um filme romântico de época, que põe à prova relações de amizade, e o amor entre os vários protagonistas.

Julia é uma mulher fútil e mimada, que fica furiosa com a rejeição do homem mais cobiçado da temporada - Sr. Malcolm - que, fica ela depois a saber, tem uma lista exigente sobre as características que procura na mulher que virá a escolher para esposa.

 

Já a sua amiga Seline é uma mulher sem grandes títulos ou posses financeiras, que vive no campo, mas muito culta e informada, para além da sua beleza natural, e muitos outros predicados que poderão preencher os requisitos impostos por Malcolm.

 

Assim, Júlia convida Seline para passar uma temporada na sua casa, e conquistar o Sr. Malcolm, para depois entregar, ela mesma, a sua lista de exigências para um homem. Esta seria a sua forma de se vingar da rejeição, fazendo-o provar do próprio veneno.

Só que Seline e Jeremy apaixonam-se de verdade.

 

Da mesma forma que Júlia começa a gostar de Henry.

Só que ela é tão egoísta e invejosa, e está tão ressabiada, que não só não assume o interesse, como também não permite que a sua melhor amiga seja feliz.

E quando percebe o disparate que fez, e o que está a pôr em risco, pode ser tarde demais para corrigir os erros.

 

É um filme mediano.

Vê-se bem mas não é arrebatador. 

"As Histórias Que Não Se Contam", de Susana Piedade

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Já tinha começado a ler um livro desta autora, e deixei-o a meio, porque não me cativou minimamente.

Por isso, foi com alguma hesitação que decidi tentar novamente, com outra obra.

Gostei mais deste livro. 

 

Três mulheres - Ana, Isabel e Marta - com três histórias de vida, cada uma com o seu drama pessoal, com os seus problemas, com a sua forma de lidar com a dor.

Três estranhas que circunstâncias da vida ou, dirão os mais crédulos, o destino quis juntar para que, unidas, fosse mais fácil refazerem as suas vidas.

Ana perdeu o namorado, devido a uma doença.

Isabel chora a morte de um filho.

E Marta, aquela que está sempre lá para dar uma palavra de conforto aos outros, vê-se ela própria num pesadelo do qual não quer, ou não tem coragem, para fugir - um namorado violento e controlador.

São histórias do dia-a-dia, comuns a tantas mulheres (e homens).

Histórias que não se contam, mas que cada um vive à sua maneira, muitas vezes de forma solitária, sem pedir ajuda a ninguém.

E seria tão menos difícil, se fossem partilhadas com as pessoas certas.

 

Sinopse:

"Ana pergunta-se como seria hoje o seu dia-a-dia se tivesse sabido detetar no namorado os indícios da doença que o levou inesperadamente. Isabel, seis meses depois da tragédia que lhe virou a vida do avesso, ainda se sente culpada por não ter chegado a horas ao infantário naquela tarde de chuva. Marta, que ousou abandonar, ainda adolescente, uma casa onde era maltratada, não tem agora a coragem de confessar que o amor em que apostou tudo está longe de ser um mar de rosas. São três mulheres jovens, com a vida inteira pela frente, mas para quem o presente se tornou um fardo difícil de carregar e o futuro um tempo sem qualquer esperança. Quem poderia entender a sua dor incomparável? Para quê, então, contarem as suas histórias?

Um acidente acabará por cruzar estas três desconhecidas num lugar onde muitas vidas se perdem, mas que para elas representará sobretudo o nascimento de uma amizade que lhes vai permitir lutarem contra o sofrimento e recuperarem aos poucos o ânimo e a vontade de viver. Porque quanto maior é o drama, maior tem de ser a partilha.
Com uma linguagem cuidada e uma estrutura francamente original, este belíssimo romance de estreia, finalista do Prémio LeYa em 2015, traz para a cena questões de grande atualidade que afetam muitas mulheres e não devem ser silenciadas, e lê-se de um fôlego, mantendo o suspense até à última página."

"Verity", de Colleen Hoover

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Gostei da ironia do título que é, também, ainda mais ironicamente, o nome de uma das personagens principais - aquela sobre a qual gira todo o enredo: a escritora Verity.

 

Verity começou a escrever uma colecção de livros que, devido a um trágico acidente que a deixou incapacitada, ficou por completar.

Com o objectivo de escrever as três obras que faltam, Jeremy sugere à editora o nome de Lowen, também ela escritora, com o mesmo estilo de escrita da sua mulher.

E se Lowen, inicialmente, quer recusar a proposta, logo acaba por aceitá-la, e mudar-se para casa de Verity, a fim de estudar as anotações desta, e ter uma ideia de como dar continuidade à colecção.

 

Uma das características de um escritor, qualidade ou defeito, é que pode escrever sobre tudo o que lhe vier à mente, seja verdadeiro ou ficção, sem nunca, quem lê, saber se o que está a ler é uma coisa, ou outra.

A questão é: conseguirá um outro escritor, enquanto leitor, discernir entre a verdade e a mentira?

Entre a realidade, e a ficção?

 

Lowen sabe que Verity sofreu um acidente, pouco depois da morte de uma das filhas, sendo que outra das filhas já tinha falecido há uns anos.

Agora, restam Jeremy e o filho, Crew, a lidar com a perda, o luto, e uma mulher/ mãe que depende dos outros para tudo. Que está presente de corpo, mas ausente de mente.

No escritório de Verity, Lowen encontra um manuscrito que nada parece ter a ver com as obras em que esta trabalhava.

Parece, antes, uma autobiografia.

E é assim, ao tentar conhecer melhor a mulher, e a mente da escritora, para melhor fazer o seu trabalho, que Lowen inicia a leitura desse manuscrito, que mudará a vida de todos naquela casa.

 

Concluída a leitura, o dilema entre o que fazer: entregá-lo a Jeremy, e destroçá-lo ainda mais, ou devolvê-lo ao sítio onde estava, como se não existisse, poupando-lhe um sofrimento desnecessário?

E onde entra o interesse pessoal de Lowen?

A verdade é que, se Jeremy passasse a odiar a mulher, ela teria uma hipótese com ele.

No entanto, para além dessa paixão que começou a sentir por Jeremy, Lowen acredita, genuinamente, que tanto ele como o filho correm perigo.

 

Nem tudo, naquela casa, é o que parece.

E nem todos, naquela casa, são o que aparentam ser.

A linha que separa a verdade da mentira, a realidade da ficção, quem é inocente, e quem é culpado, é demasiado ténue.

Na dúvida cabe, a cada um, incluindo nós, leitores, acreditarmos no que, e em quem, quisermos.

 

 

Ouvi dizer que esta obra de Colleen Hoover será a próxima chegar ao cinema.

Espero que sim!

 

 

Sinopse:

"Lowen Ashleigh é uma escritora que se debate com grandes dificuldades financeiras, até que aceita uma oferta de trabalho irrecusável: terminar os três últimos volumes da série de sucesso de Verity Crawford, uma autora de renome que ficou incapacitada depois de um terrível acidente.
Para poder entrar na cabeça de Verity e estudar as anotações e ideias reunidas ao longo de anos de trabalho, Lowen aceita o convite de Jeremy Crawford, marido da autora, e muda-se temporariamente para a casa deles. Mas o que ela não esperava encontrar no caótico escritório de Verity era a autobiografia inacabada da autora. Ao lê-la, percebe que esta não se destinava a ser partilhada com ninguém. São páginas e páginas de confissões arrepiantes, incluindo as memórias de Verity relativas ao dia da morte da filha.
Lowen decide ocultar de Jeremy a existência do manuscrito, sabendo que o seu conteúdo destroçaria aquele pai, já em tão grande sofrimento. Mas, à medida que os sentimentos de Lowen por Jeremy se intensificam, ela apercebe-se de que talvez seja melhor ele ler as palavras escritas por Verity. Afinal de contas, por mais dedicado que Jeremy seja à sua mulher doente, uma verdade tão horrenda faria com que fosse impossível ele continuar a amá-la."