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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Desamores, de Manuel Soares Traquina

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Amizades que se vão perdendo com o passar dos anos

 

Casamentos por conveniência, negócios e estatuto

 

"Arranjinhos" entre pais que teimam em escolher o melhor partido para as filhas

 

Paixões arrebatadoras por alguém que já é comprometido

 

Amores não correspondidos

 

Ciúmes exagerados ou total indiferença entre casais

 

 

Soa-vos familiar? 

Tudo isto está presente nesta obra de Manuel Soares Traquina. 

Desamores traz aos seus leitores 6 pequenas histórias, umas com finais mais felizes, outras nem tanto.

 

O ser humano é complexo, e consegue transpôr essa complexidade para as suas relações, sejam elas de que espécie forem.

 

 

Pelo que tenho vindo a observar nos últimos tempos, tenho tendência a desconfiar de amizades repentinas em que, de um momento para o outro, duas pessoas se tornam melhores amigas, para dali a dois dias nem se falarem. No entanto, até mesmo em amizades mais consolidadas isto pode vir a acontecer. Por muito que essas pessoas queiram manter os laços criados na infância ou na adolescência, a vida e muitas das decisões que vão sendo tomadas já na fase adulta, acabam por deitar por terra essa intenção. E o afastamento é inevitável. Por vezes, o contacto é mesmo cortado de vez, restando a resignação e a saudade de bons tempos que passaram, e já não voltam.

 

 

Também os casamentos por conveniência, e os "arranjinhos" perduram ao longo de gerações, seja por questões financeiras, títulos, negócios em conjunto, estatuto ou, simplesmente para afastar uma terceira pessoa, que não consideram digna dos filhos. Para que serve tudo isto?

Para manter as aparências que, salvo raras excepções, não passam disso, de aparências. De uma fachada para esconder o verdadeiro carácter, a verdadeira natureza dos intervenientes, e todo um mundo que apesar do dinheiro, consegue ser mais pobre que aquele onde vivem os que não o têm.

De que serve um bonito e influente casal na fotografia se, na intimidade, não passam de estranhos? De que serve alguém endinheirado, se lhe falta carácter?

O preço a pagar por estes erros é muito alto. E, depois, será tarde demais para arrependimentos.

 

 

E as aventuras? O que dizer das aventuras?

Por vezes os casais passam por fases complicadas, que podem levar a que um dos membros, ou ambos, se deixem levar pelas circunstâncias. No entanto, outros haverá que não precisam de "desculpas", e que fazem dessas aventuras o seu modo de vida. Mas seria bom avisarem o parceiro de aventura, até para que não haja surpresas e desilusões, que tudo o que viverem não passará disso mesmo - uma aventura com os dias contados.   

 

 

O ciúme é outro inimigo das relações. E existem mesmo pessoas que ultrapassam os limites, transformando o ciúme em obsessão, sentimento de posse. Mesmo não sendo um casal feliz, não admitem sequer a hipótese do divórcio. E resolvem tratar do assunto da pior forma "se não és meu/ minha, não serás de mais ninguém".

Valerá a pena? O que ganham com isso? Terão prazer na infelicidade dos outros, e na sua própria?

 

 

No extremo oposto, temos as relações em que a rotina se instalou de tal forma, que o casal passa a ser uma dupla de estranhos a viver juntos. Por vezes, nem eles próprios percebem no que se transformou essa relação. Os gestos de amor e carinho tendem a desaparecer, e a sua ausência torna-se algo tão habitual que nem se estranha. A chama há muito se apagou, mas eles continuam a viver como sempre porque, aparentemente, nem deram pela falta desse calor.  

 

 

Haverá, no meio de todos estes sentimentos e relações complicadas que se criam e alimentam, alguém que, de facto, consiga perceber que vale a pena sair da sua zona de conforto, e lutar pela felicidade, pela amizade, pelo amor?

 

Ou viveremos nós numa época de "Desamores"? Descubram-no, neste livro de Manuel Soares Traquina, e tirem as vossas próprias conclusões!

 

 

Sinopse

"A minha Luísa tinha casado.

Não esperou por mim.

Tinha casado com outro. Era de outro. Senti-me abandonado, viúvo, morto.

O que senti foi que a sua mão ficou de repente inerte e o seu olhar parado, fixado em mim, um olhar muito ansioso. Chamei-a, não reagiu. Tentei levantar-me para chamar a enfermeira, mas nesse momento tive a sensação de que flutuava; o chão sumira-se e toda a realidade se esfumava.

Então, vi-me de mão dada com a minha Luísa a flutuar, sem destino, por entre as nuvens.

O tipo, de quem se divorciara recentemente, era uma besta. Infernizara-lhe a vida e chegou a bater-lhe, conforme confessara à Patrícia. Deixara-o, mas ele continuava a pedir-lhe que regressasse. E a parva a confessar que ainda gostava dele. Um dia ainda a via no jornal, vítima de um caso trágico de violência doméstica."

 

 

 

O Diário da Nossa Paixão

 

"Sou um homem vulgar,com pensamentos vulgares, e vivi uma vida vulgar. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome em breve será esquecido, mas amei outra pessoa com toda a minha alma e coração e isso, para mim, é que contou."

 

Ainda existem amores como este?

Quero acreditar que sim!

 

O primeiro livro, de tantos que já li que, verdadeiramente, me emocionou!

Destaco os sentimentos que cada carta carrega, e que transmite a quem lê de uma forma única.

A dedicação, a generosidade e a simplicidade, em contraste com as imposições sociais, a riqueza e o poder.

A velhice, e tudo o que a ela está associado.

A doença de Alzheimer, a frustração de que a tem e sofre com ela, e a da família, que se sente impotente.

A importância da amizade, daquilo que podemos fazer para tornar a vida do próximo um pouco melhor, dos pequenos gestos.

E, acima de tudo, o amor verdadeiro, único, incondicional e intemporal, que sobreviveu a tudo!

Será que os milagres acontecem? Como dizia Noah "a ciência só pode explicar até determinado ponto, depois disso, fica por conta de Deus".

O filme é bonito, também emociona, mas não há comparação possível com o livro que, para mim, foi uma das melhores histórias de amor que já li. 

   

 

Ligeiramente casados

 

Embalada pela leitura dos três primeiros livros da série Bridgerton, da Julia Quinn, e enquanto não estão disponíveis os próximos, andei a procurar romances de época para ler.

Um dos que me cativou foi este Ligeiramente Casados, de Mary Balogh. E, por coincidência, quando fui com a minha filha às compras no fim de semana, deparo-me com o livro à venda.

Por insistência da minha filha, embora ela estivesse mais inclinada para o Menina Rica, Menina Pobre (como se ela já tivesse vontade de ler livros de 400 páginas, ainda por cima com conteúdo nem sempre próprio para crianças), e com muita vontade minha, lá gastei os últimos trocos que tinha e levei-o para casa!

 

Sinopse
Como todos os Bedwyn, Aidan tem a reputação de ser arrogante. Mas este nobre orgulhoso tem também um coração leal e apaixonado - e é a sua lealdade que o leva a Ringwood Manor, onde pretende honrar o último pedido de um colega de armas. Aidan prometeu confortar e proteger a irmã do soldado falecido, mas nunca pensou deparar com uma mulher como Eve Morris. Ela é teimosa e ferozmente independente e não quer a sua proteção. O que, inesperadamente, desperta nele sentimentos há muito reprimidos. A sua oportunidade de os pôr em prática surge quando um parente cruel ameaça expulsar Eve de sua própria casa. Aidan faz-lhe então uma proposta irrecusável: o casamento, que é a única hipótese de salvar o lar da família. A jovem concorda com o plano. E agora, enquanto toda a alta sociedade londrina observa a nova Lady Aidan Bedwyn, o inesperado acontece: com um toque mais ousado, um abraço mais escaldante, uma troca de olhares mais intensa, o "casamento de conveniência" de Aidan e Eve está prestes a transformar-se em algo ligeiramente diferente…

Ler - um prazer para a vida

 

"A vida não poderia estar a correr melhor a Evan Casher: com apenas 24 anos, é já um realizador de documentários famoso e é feliz com a namorada, Carrie. Após um telefonema urgente da mãe, faz uma viagem inesperada a Houston. Aí encontra a mãe brutalmente assassinada e escapa por pouco a uma tentativa de homicídio. Raptado do local do crime por um mercenário enigmático movido por razões desconhecidas, Evan vê-se confrontado com a dura realidade: toda a sua vida não passa de uma mentira meticulosamente construída."

 

 

Ler é, para mim, um dos maiores prazeres que a vida me pode dar!

Filha de um homem que desde pequena me despertou o gosto pela leitura, que me tantas vezes me levou com ele à Biblioteca Municipal, incentivando-me a escolher livros que me interessassem, não foi difícil criar este hábito tão saudável e construtivo.

O meu pai já leu muito, ainda hoje lê, e muito embora tenha apenas a 4ª classe, posso afirmar com toda a certeza que ele é um homem culto!

Um homem que já escreveu, ele próprio, um livro. Não se preocupou se as vendas não foram famosas ou se não teve sucesso, era o livro dele, sobre o que ele quis escrever. 

E assim se poderá dizer que, me influenciou igualmente para a escrita! Talvez seja uma capacidade inata, ou talvez hereditária!

No fundo penso que, no meu caso, a leitura e a escrita se complementam - foi através dos livros que fui cultivando este meu estilo próprio de escrever e de me expressar!

Houve uma época da minha vida em que "devorava" livros - nessa altura tinha tempo de sobra para me dedicar a esse prazer, e fazia-o diariamente.

Quer fossem livros a mim oferecidos, requisitados na Biblioteca, ou emprestados, havia sempre um para me acompanhar.

Na sua maioria, eram romances ou policiais, ou sobre temas e situações problemáticas da vida.

Os romances faziam-me sonhar, viajar, criar as minhas próprias histórias!

Já os policiais, davam-me adrenalina, suspense, mistério e deixavam-me presa até ao final!

Curiosamente, nunca gostei de livros de poesia. Mas também não podemos agradar a todos, e gostos não se discutem!

Hoje em dia, apanham-me mais facilmente a ler livros de histórias infantis à minha filha. Com o pouco tempo livre que disponho, quando não estou a trabalhar, a cuidar da casa ou da minha filha, ou a namorar, posso dizer que leio em média um livro por ano!

E que saudades que eu tenho de ler, cada vez mais sinto essa necessidade. Preciso de me voltar a sentir presa a uma história interessante, de me cultivar, de me inspirar...

Ontem, enquanto andava às compras, parei em frente às prateleiras repletas de livros - ora pegava num, ora pegava noutro...e pensei "Porque não comprar um? Também mereço!"...Difícil foi decidir qual deles seria o feliz contemplado! Apetecia-me levá-los todos - desde o "Casada à Força" ao "Caderno da Maya", de Nicholas Sparks a Danielle Steel, do "Pânico" ao "Adrenalina", eram todos tão interessantes, tão cativantes...

Mas elegi para sucessor do "Desespero", do Vladimir Nabokov, o "Pânico", do Jeff Abbott!