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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Sugestões para o fim-de-semana

 

Já conhecem a Cleo, da autora Sandra Pestana? Então não percam a oportunidade!
E O Gnomo Elias, da autora Cátia Araújo? Vão querer perder as suas aventuras?
Fiquem já a conhecer estas e outras sugestões para miúdos e graúdos, na rubrica Fora de Casa, do Fantastic!

 

Para a semana de 18 a 27 de Maio, para além das sessões de apresentação dos livros atrás mencionados, haverá ainda:

 

Um festival islâmico e um festival do arroz

Dança, com uma tarde dançante de tango argentino 

Música, com Seu Jorge e André Viamonte

Uma caminhada da família

Lego, com um evento dedicado aos fãs de construções de legos

A festa do cinema, com bilhetes a preços reduzidos, para ver os filmes que mais desejam

 

Cleo, de Sandra Pestana

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"Se existem seres capazes de mostrar o verdadeiro significado da palavra "amor", são os animais!

E que bonita pode ser uma relação entre um animal e um humano, quando ambos são capazes de partilhar esse amor entre si, e com aqueles que os rodeiam.

Quando entram na nossa vida, os animais transformam-na numa espécie de montanha russa, com todas as suas traquinices, brincadeiras, aventuras e personalidade muito própria.

Trazem consigo alegria, amor, amizade, lealdade, companheirismo. Trazem-nos momentos altos, quedas abruptas, subidas difíceis de escalar. Mas, também, estabilidade.

Muitas vezes, cria-se uma ligação tão forte que mais parecem nossas almas gémeas, embora tão diferentes. É assim que vejo a relação entre a Cleo e a Sandra.

Se é verdade que a Sandra nunca desistiu da Cleo, também é verdade que a Cleo lutou até não poder mais, para não desistir da Sandra, para não a desapontar nem defraudar as expectactivas que tinha em relação a esta guerreira. Porque uma era a força da outra, e daí se alimentavam, e ultrapassavam cada obstáculo que se atravessava nos seus caminhos.

É mais fácil vencer quando acreditam em nós, quando há sempre uma palavra amiga, um pequeno gesto que faz toda a diferença, um sorriso. É mais fácil acreditar quando depositam confiança em nós, quando estão lá nos momentos em que nos vamos abaixo, quando, mesmo debilitados, ainda tentam um último esforço só para nos ver bem.

Mas chega o momento em que eles nos ensinam que amar é, também, deixá-los seguir o seu caminho, o seu destino. É deixarmos de pensar em nós, e no quanto iremos sofrer, para pensar neles e no quanto sofrem agora, para pensar que eles estão cansados demais para ficar, e que chegou a hora de partir. Amar é, também, aceitarmos e cumprirmos o seu último desejo.

A missão da Cleo foi cumprida!

E a Sandra absorveu todos os ensinamentos que ela lhe transmitiu, restando agora recordar para sempre as memórias dos momentos que passaram juntas.

Feliz de quem teve, ou tem, a oportunidade de partilhar a sua vida com um animal! Feliz de quem consegue compreender o verdadeiro significado dessa relação, e dar-lhe o devido valor.

A Sandra fê-lo ao longo de 16 anos, fê-lo ao escrever este livro, e fá-lo todos os dias, ao partilhar com os outros a história da Cleo,ao ajudar outros animais, ao dar oportunidade a outros animais de fazerem parte da sua vida, e de criar uma nova relação, uma nova ligação. 

Também a Sandra está a cumprir a sua missão.

E a Cleo, onde quer que esteja, estará muito orgulhosa da sua mãe!"

 

 

Na entrevista à autora, Sandra Pestana, a mesma deu-nos a conhecer um pouco sobre a história da Cleo.

Mas aconselho-vos a ler o livro, porque só assim vão perceber a dimensão dos sentimentos e do amor que unia a Sandra e a Cleo.

Só através dele irão perceber como as duas estavam ligadas, como a Sandra tudo fez para prolongar ao máximo o tempo e, acima de tudo, a qualidade de vida da Cleo, e como a Cleo sempre lutou para fazer valer o seu "título" de guerreira. 

E como esta cadelinha lutou! Sempre que começavam a respirar de alívio, outro problema surgia. Em muito lhe valeu a determinação e intuição da Sandra, para que tivesse o melhor tratamento e recorressem à melhor opção, dentro do quadro negro que, a cada vez, lhe retirava um pouco da esperança.

A Cleo é a prova de que se devem ouvir sempre duas, três ou até mais opiniões, porque o que parece uma coisa, pode na verdade ser outra.

Mas, mais do falar de todas as provas duras por que passaram, quero salientar os momentos felizes e a alegria que a Cleo trouxe à vida da Sandra e do Víctor.

Em algumas partes, conseguimos mesmo imaginar as cenas, e rir com elas!

É isso que vale a pena reter, e recordar!

À Conversa com Sandra Pestana

 

 

A minha convidada de hoje é a autora de "CLEO", um livro que pretende ser uma homenagem à sua cadela Cleopatra, que perdeu há cerca de 5 anos.

Com introdução de Ruy de Carvalho, este livro tem também uma vertente solidária - ajudar associações de protecção de animais.

Deixo-vos aqui a entrevista a Sandra Pestana, que fala de forma emotiva sobre a sua relação com a Cleo, e a dificuldade em lidar com a perda de um animal de estimação! 

 

 

 

 

 

 

Para aqueles que ainda não a conhecem, quem é a Sandra Pestana?

Sou uma mulher como tantas outras, nascida em Angola e que veio para Portugal na altura da guerra. Entretanto, vivi no Brasil e em Coimbra e, após uma breve estadia em Barcelona, decidi fixar-me em Lisboa. Sou muito extrovertida, alegre, solidária, franca, honesta, teimosa e determinada, dificilmente aceito um “não” com facilidade e tenho um grande amor pelos animais, particularmente por cães.

 

 

A Sandra estudou Organização e Gestão de Empresas. Alguma vez pensou vir um dia a escrever um livro?

Nunca! Sempre trabalhei na área financeira e, apesar de ter um familiar escritor, nunca tal me passou pela cabeça.

 

 

 

 

“CLEO” foi lançado em Maio de 2015, estando já na 2ª edição. Esperava que este livro alcançasse tanto sucesso?

Na realidade, nunca pensei muito nisso. A decisão de escrever este livro nasceu de uma vontade enorme de homenagear a Cleo, porque foi uma companheira verdadeiramente maravilhosa e uma autêntica guerreira. Imortal para mim, decidi imortalizá-la para o mundo.

Este livro é o castelo que um dia prometi que ergueria em sua homenagem.

 

 

Esta obra é uma homenagem e tributo à memória da sua cadela, Cleo. Como é que a Cleo chegou até si, ou a Sandra a ela?

A Cleo chegou até mim pela mão do meu marido. Estávamos casados há menos de dois meses e ele, sabendo da minha paixão por cães, resolveu fazer-me uma surpresa e apareceu-me em casa com a Cleo. Era tão pequenina e tão frágil, tinha apenas dois meses e meio. Era um tufo dourado de pêlo com uns olhos enormes, muitos expressivos, que me olhavam fixamente.

 

 

Quanto tempo estiveram juntas?

Estivemos juntas durante dezasseis anos.

 

 

Se para muitos donos de animais de estimação, estes são tratados como membros da família, quase filhos, para outros, isso é algo difícil de compreender. Tendo em conta a sua experiência pessoal, o que diria a essas pessoas sobre as relações entre humanos e animais de estimação?

Dir-lhes-ia que um animal de estimação é um membro efectivo da família e que a vida com ele é, seguramente, muito melhor. A partir do momento em que a Cleo entrou em nossa casa, passou a ser nossa filha, neta dos nossos pais, sobrinha dos meus irmãos e prima dos meus sobrinhos.

Dir-lhes-ia também que esta é a mais bela e a mais pura relação que pode haver entre dois seres.

 

 

Ainda com base na sua relação com a Cleo, considera que os humanos têm muito a aprender com os animais de estimação?

Considero que realmente têm muito a aprender, nomeadamente, no acto de dar sem esperar nada, rigorosamente nada, em troca.

 

 

 

“CLEO” começou a ser escrito dias após ter perdido a sua companheira. Escrever este livro ajudou-a, de alguma forma, a superar a dor da perda?

Não! Achei que ajudaria, mas na realidade não ajudou.

Passaram-se quase cinco anos e meio e não há um só dia em que não pense nela, não verta uma lágrima por ela e quando me deito, que o meu primeiro pensamento não vá para ela.

 

 

Que feedback tem recebido por parte dos leitores? Existem muitos casos de leitores que se identificam com a história?

O feedback tem sido extraordinário e nunca pensei que o livro atingisse a dimensão que atingiu. As pessoas identificam-se com esta história de vida, absolutamente real e em que a Cleo é a narradora, e enviam-me mails, mensagens e deixam as suas opiniões na sua página (www.facebook.com/CLEO.SANDRAPESTANA).

Mesmo quem nunca passou por uma situação destas, de perda, consegue sentir-se tocada, envolver-se e perceber muito bem o livro.

Uma das coisas que mais me deixa feliz é quando me dizem que, enquanto liam o livro, parecer que estavam a viver a história. Isso é muito bom, é sinal que a mensagem foi passada.

 

 

A Sandra tem estado, neste momento, a fazer algumas apresentações do seu livro, com o objetivo de angariar fundos para associações de proteção aos animais, nomeadamente a associação Sobreviver e Projecto Conchinha. Como é que surgiu esta iniciativa?

A partir do momento em que percebi que o livro tinha “pernas para andar”, achei que não faria sentido que o destino dos direitos de autor fosse outro. Poderia simplesmente doar o valor às associações/ projectos, mas achei que seria importante fazer as apresentações e, dessa forma, aproveitar para conhecer melhor as pessoas que, tal como eu, nutrem este sentimento pelos animais.

 

 

De que forma é que o livro “CLEO” poderá ser adquirido pelo público?

Poderá ser adquirido em qualquer livraria e, caso não haja, ser encomendado. Quem quiser um autografado, pode sempre contactar-me através da minha página de FB (www.facebook.com/sandra.pestana.52) ou pela da Cleo e encomendá-lo.

 

 

 

 

Que mensagem gostaria de deixar a todos aqueles que já passaram por uma situação de perda do seu animal de estimação?

Não sei se sou a melhor pessoa para deixar essa mensagem.

Nunca sofri tanto com a perda de ninguém como pela da Cleo e, ainda hoje, sofro muito.

Às vezes parece-me que nunca farei o luto!

Era uma relação excepcional e que está para além da vida.

Não consigo deixar nenhuma mensagem. É uma dor horrível!

 

 

Muito obrigada, Sandra!