Escape Room x Saw
Gostei dos filmes da saga Saw e, quando vi que o Escape Room ia dar na televisão, pus logo a gravar.
Vimo-lo no domingo.
A ideia era boa, mas à medida que vamos vendo o filme e, sobretudo, no final, perde qualquer credibilidade, arruinando-o.
Um grupo de pessoas é convidado, de uma forma curiosa e inédita, a participar no jogo, cujo prémio monetário acaba por ser um excelente incentivo.
Seja porque a sua vida é um falhanço total, por curiosidade, por paixão por este tipo de jogos, pelo dinheiro ou, simplesmente, porque alguém aconselhou a, por um dia, fazer algo arriscado, todos eles estão ali, sem saber ao certo o que os espera.
Percebemos, à partida, que algumas pessoas convidadas para o jogo têm uma inteligência acima da média. Outras, algumas fobias.
Todas estão ali para ganhar e, esperavam elas, para se divertir.
Mas, quando menos esperam, percebem que já estão a jogar e entram numa corrida contra o tempo, e contra todos os obstáculos e adversidades, para passar à fase seguinte.
E se, nas primeiras provas, os jogadores ainda acreditam que é tudo uma ilusão e que nada de mal lhes acontecerá, mais adiante, vão compreender que estão mesmo ali a lutar pela vida, e que aquele é um jogo macabro organizado por alguém que conhece tudo sobre eles e a sua vida, nomeadamente, o facto de todos eles serem sobreviventes únicos de diversos acidentes.
Cada prova, cada desafio, cada obstáculo, é um enigma para os fazer pensar e trabalhar em equipa, tal como nos filmes SAW.
Para além de, neste filme, os jogadores terem ido pelo seu próprio pé, de livre vontade, ao contrário do que acontecia em SAW, a pequena (grande) diferença, é que em SAW, pelo menos nos filmes iniciais, o objectivo era fazer com que aquelas pessoas tivessem noção dos erros que tinham cometido, e tivessem uma hipótese de se redimir sendo que, se tal se verificasse, poderiam sobreviver.
Em ESCAPE ROOM, pelo contrário, o jogo está feito para ninguém sobreviver, não havendo nenhum objectivo em concreto, a não ser o divertimento de quem a ele assiste.
Mas...
E se os jogadores se virarem contra o jogo, e contra as regras do mesmo, e fizerem as duas próprias regras?
Seria interessante, não seria?
Só que, mais uma vez, conseguiram estragar esta nova premissa que prometia uma reviravolta, com um final que mais valia nunca ter acontecido.