Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O que têm em comum estas mulheres?

Sem Título1.jpg

Sissi, Imperatriz da Austria

Casou com o Imperador da Áustria, por amor.

Era acarinhada pelo povo.

Teve problemas com a sogra.

Acabou por viver infeliz e isolada.

Morreu aos 60 anos.

 

 

Sem Título.jpg

Grace Kelly, Princesa do Mónaco

Casou com o Príncipe do Mónaco, por amor.

Era acarinhada pelo povo.

Teve uma vida infeliz, abdicando de tudo o que tinha conquistado.

Morreu aos 52 anos.

 

 

transferir.jpg

Diana, Princesa de Gales

Casou com o Príncipe Carlos, por amor.

Era acarinhada pelo povo.

Teve uma vida infeliz.

Dizia-se que a sua relação com a rainha não era das melhores.

Morreu aos 36 anos.

 

Exemplos verídicos de mulheres com personalidade forte, que se anularam em prol do amor, do casamento e das obrigações reais, e que viram o seu esperado conto de fadas tornar-se o seu pior pesadelo.

Reler "Os Maias", e encontrar semelhanças com a sociedade actual

Os Maias - Livro - WOOK

 

Tenho andado a reler "Os Maias", mas é como se estivesse a ler a primeira vez. Já não me lembrava de nada.

E é curioso ver como, apesar de tantos anos passados, a sociedade actual não é assim tão diferente daquela que é retratada no romance de Eça de Queirós.

Ainda assim, para quem critica as gerações de agora, as do século XIX não eram muito melhores e, nesse aspecto, conseguimos descobrir diferenças, para melhor.

 

Um dos aspectos que me saltou logo à vista (não sei se foi só na edição que li), é o uso constante de estrangeirismos, como "bric-à-brac", "dog-cart", "fumoir", "soirées", "robe de chambre", "shake-hands", "abat-jour", "chic", "grog", "highlife", "chut", "break" e tantos outros.

Confesso que tive que ir procurar o significado de algumas dessas palavras usadas, porque não fazia a mínima ideia do que eram. 

E ainda dizem que, hoje em dia, com a adopção de tantos estrangeirismos, já quase não sabemos falar português!

 

Na segunda metade do século XIX, época em que se passa a história, nem a nobreza, nem a burguesia, tinham muito interesse em fazer algo que fosse pelo país. Falavam, descontentes, do que havia de ser mudado, de revoluções, mas a única revolução que se atreviam a fazer era gastar dinheiro em futilidades, para depois ostentá-las, para reforçar o seu estatuto, quer fosse a remodelar uma divisão da casa, ou a comprar uma vestimenta nova. A maioria, deixava-se levar pela corrupção, pela mesquinhez. Davam pouco valor à cultura.

 

A juventude representava a esperança, a mudança, o futuro.

Mas o meio envolvente foi mais forte que todos os planos, projectos, intenções.

Carlos da Maia formou-se em medicina. Montou um consultório e um laboratório. Queria escrever artigos para revistas, e um livro sobre medicina. Consultou meia dúzia de pessoas, até se deixar levar pela ociosidade.

João da Ega formou-se em direito, mas nem sei se chegou alguma vez a exercer.

O passatempo preferido destas pessoas era andar atrás de mulheres, comer e beber, passear, divertir-se em noitadas, jogos de cartas, enfim... Houvesse dinheiro, e tudo o resto se esquecia. Era uma vida caracterizada pela boémia.

Nesse aspecto, sinto a juventude de hoje mais lutadora, mais empenhada nas suas causas, mais ansiosa de vencer na vida. Ou talvez seja porque a maioria já não tem tudo dado de bandeja, e tem que conquistar o seu dinheiro, o seu prestígio, o seu nome.

 

E as mulheres?

Já nessa altura elas traíam os maridos!

Muitas delas tinham amantes, normalmente, mais jovens, das mesmas classes sociais, e muitas vezes amigos dos maridos.

Provavelmente, naquele tempo, as traições deviam-se ao facto de precisarem de aventura nas suas vidas, dado o papel reduzido que tinham enquanto mulheres e esposas, cuidadoras do lar, dos filhos e dos maridos, e por falta de amor aos maridos, arranjados em casamentos por conveniência ou impostos, com homens com idade para serem seus pais.

Mas, se antes tudo era feito de forma clandestina, para que não viesse a público, e manchassem a sua honra, hoje é feito às claras, sem quaisquer consequências e, por isso, mais falado.

 

Falar d'"Os Maias" é falar do romance entre Carlos da Maia e a sua irmã Maria Eduarda.

Um romance condenado, que afastou para sempre estes dois amantes. 

Curiosamente, foi um romance que não me convenceu. Achei mais bonita a relação de Carlos com a filha de Maria, do que com a própria.

Acredito que Maria Eduarda amasse, realmente, Carlos. Já ele, pareceu-me mais um capricho do momento, uma paixão que, com o tempo, tenderia a acabar, e levá-lo-ia a traí-la, com outras.

E se Maria parece ter refeito a sua vida, resignando-se ao possível, dadas as circunstâncias, fica a dúvida se Carlos voltará um homem diferente, disposto a, finalmente, dar algum sentido e utilidade à sua vida, ou se permanecerá perdido numa vida boémia, juntamente com o seu amigo João da Ega, e os seus pares.

Dos concorrentes do "Casados à Primeira Vista" todos temos um pouco

Resultado de imagem para matches casados à primeira vista 2019

 

Encontrei várias semelhanças com as mulheres

Da Liliana:

Tenho a ponderação que ela aparenta demonstrar, a preocupação com o bem estar dos filhos em primeiro lugar.

De diferente, o facto de não me estar sempre a vitimizar, e de ser mais comedida nas demonstrações de sentimentos, sobretudo quando ainda não existem.

 

Da Ana Raquel:

Ainda que em estado muito mais moderado mas - não gosto de surpresas, de me sentir obrigada a, e algumas vezes acabo por fazer algumas coisas contrariada. Também não sou muito adepta de experimentar coisas novas.

Mas ainda não me deu para ser tão desagradável e explodir daquela maneira.

 

Da Anabela:

A determinação, o lutar por aquilo que quero (às vezes), o facto de valorizar muito o carácter das pessoas, mais do que o seu aspecto físico.

 

Da Maria de Lurdes:

Dobrar e arrumar grande parte da roupa, sem a passar. Só passo o esseencial, e já é muito. Uma mulher já tem tanto para fazer, e tão pouco tempo, sobretudo para si mesma.

Também, tal como ela, não gosto de pessoas demasiado inseguras a quem temos que provar, a cada instante, que têm valor, porque elas próprias não o reconhecem a si mesmas.

Mas não sou tão "pra frentex" como ela, nem tão histérica!

 

Da Inês:

O saber levar as coisas com tranquilidade, sem grandes dramatismos.

De diferente, o facto de não me focar exclusivamente na carreira profissional.

 

Da Marta:

A veia meio jornalística.

Por oposição à minha personalidade, não sou assim tão "menina bonita, rica, enjoadinha, princesinha de Cascais"!

 

 

Já no que respeita ao sexo masculino, é mais o oposto - características nas quais não me revejo

Pedro e Luís:

Não me identifico com o lado desportivo, aventureiro e demasiado easy going, mais imaturo. Representam aquilo que, cada vez mais, seria um entrave numa relação.

 

António:

Não gosto de homens possessivos, inseguros, machistas que, à custa disso, azucrinam a vida às mulheres que com eles se relacionam, e acabam por as afastar com esse comportamento.

 

Hugo:

Não me identifico com alguém que gosta de touradas. Que tem um estilo de vida que passa muito por grandes almoçaradas/ jantaradas, com uns bons enchidos, pão e vinho alentejano à mistura 

 

Lucas:

O facto de ser ateia.

 

Paulo:

Para já, a excepção - identifico-me no que respeita à paciência.

 

 

 

E por ai, revêem-se em algum concorrente?

 

 

 

Imagem: movenoticias

 

Queremos mesmo pessoas iguais a nós ao nosso lado?

Imagem relacionada

 

 

Ouvimos, muitas vezes, no que respeita ao amor, a afirmação de que os opostos se atraem. Mas será mesmo assim?

São as diferenças entre as duas pessoas, que fazem com que se encaixem uma na outra, e a relação resulte?

Até que ponto serão, as diferenças, algo de positivo para a relação? Até que ponto elas condicionam o sucesso ou o fracasso da mesma? Até que ponto deixam de ser aceitáveis?

 

 

Por outro lado, será que procuramos, do outro lado, alguém exactamente igual a nós? Que pense da mesma forma, que aja da mesma forma, que tenha os mesmos gostos, ideais, feitio? Que seja uma "cópia" de nós?

Até que ponto isso não tornará a relação monótona, aborrecida, sem nada de novo a acrescentar? Até que ponto conseguimos conviver com alguém com as mesmas qualidades mas, também, com os mesmos defeitos?

Até que ponto as semelhanças funcionam melhor que as diferenças, numa relação?

 

 

Dizia a Graça, concorrente do Casados à Primeira Vista, em resposta à pergunta sobre se queria ao seu lado uma pessoa como ela mesma, que isto de que os opostos se atraem é coisa do século XX, e não do século XXI.

Mas, será que queremos mesmo pessoas iguais a nós, ao nosso lado?

 

 

Correndo o risco de mais um "lugar comum", penso que o segredo está num meio termo, entre as diferenças e as semelhanças.

Se, no início, até podemos ficar encantados com as diferenças, com o tempo, podemos perceber que elas nos afastam mais do que juntam. No entanto, há diferenças que nos fazem falta, para nos equilibrar. Por exemplo, se um é demasiado sério, o outro equilibra com a sua alegria; se um é mais gastador, o outro equilibra ao poupar mais; se um é mais infantil, o outro equilibra com a sua postura mais adulta; se um é pessimista por natureza, o outro equilibra com o seu optimismo, e por aí fora.

Por outro lado, se até nos identificamos de imediato com as semelhanças e tudo corre bem pode acontecer, com o tempo, deixar de existir novidade, ser tudo sempre igual, sem surpresas, sem o inesperado. E e, para o bem, pode ser fácil resultar. Já para o mal, afundam mais depressa.

 

 

E por aí, o que vos une mais?

Para qual dos lados da balança se inclinam mais? Preferem ter alguém igual a vocês, ou diferente, ao vosso lado?