Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Chesapeake Shores

(uma das melhores séries que já vi)

AAAABYNOJRkCDI4gDlu1SJmxOZyAgB9-hsp3wyOHtUzog4oP5y

 

De "ressaca", após seis temporadas de Virgin River, procurei uma nova série, dentro do mesmo estilo, para me entreter até ao lançamento da sétima temporada.

A escolha recaiu em Chesapeake Shores.

E posso dizer que saíu pior a emenda, que o soneto!

 

Chesapeake Shores superou, sem qualquer dúvida, Virgin River.

O problema, é que esta série, ao contrário de Virgin River, termina mesmo na sexta temporada, sem retorno.

E agora? Onde vou descobrir outra série que me prenda desta forma?

 

Enquanto Virgin River faz da toda a comunidade uma grande família, Chesapeake Shores centra-se mesmo numa família: os O'Brien.

E cada uma das personagens é cativante, de forma diferente.

 

Tal como Virgin River, Chesapeake Shores é uma cidade fictícia, ainda que exista, na realidade, a Baía de Chesapeake.

Em ambas as séries, as paisagens são deslumbrantes. Muitas das cenas de Chesapeake Shores, tal como as de Virgin River,  foram filmadas na Ilha de Vancouver, no Canadá, em locais como Parksville e Qualicum Beach.

Outra ligação entre estas duas séries é a presença de alguns dos mesmos actores, ainda que em papéis mais secundários ou não tão relevantes. É o caso de Libby Osler, Teryl Rothery e Christina Jastrzembska.

E ambas nos deixam "viciadas", a ponto de devorar episódios e temporadas num curto espaço de tempo.

Até o riso de algumas personagens se entranhou em mim.

 

 

 

p9gwUJZ48cmwBOBQ2oHRvqKdZDOUGWHkm0Ctvqx0.jpeg

 

No entanto, são séries diferentes, com temáticas diferentes.

Chesapeake Shores centra-se no drama da família O'Brien, uma família que, de certa forma, se começou a desmoronar com a partida de Megan, a mãe, deixando os cinco filhos, alguns ainda pequenos, aos cuidados de Mick, um pai muitas vezes ausente, e da avó Nell, a matriarca que é o porto seguro de todos.

A série começa, após uma pequena introdução, na actualidade, muitos anos (15) após essa partida.

Agora, por motivos diferentes, todos os filhos parecem regressar às origens, tal como a mãe deles, e terão de aprender a perdoar, a superar o passado, e voltar a ser uma família unida, nos bons e nos maus momentos.

 

As primeiras temporadas exploram o romance entre Abby e Trace, também ele interrompido, quando Abby partiu para Nova Iorque sem se despedir. Agora, com ambos de volta a Chesapeake Shores, o inevitável acontece.

Abby é a primogénita, muito parecida com o pai, quer a nível de personalidade, quer em termos profissionais.

Divorciada e com duas filhas, volta a viver em Chesapeake Shores, mas nem tudo serão rosas. 

É, dos cinco filhos, a personagem que gosto menos.

 

Bree é a filha escritora. Adora escrever, tanto como adora ler.

Com um bloqueio criativo, acaba por se mudar para Chesapeake Shores em busca de inspiração.

Vai ficar com uma livraria que ia encerrar portas, e escrever um livro baseado na sua família, que não irá agradar a todos os membros, gerando alguns conflitos mas, também, curando antigas feridas.

Não tem muita sorte ao amor, mas é uma mulher cheia de estilo. Aliás, o seu guarda-roupa foi destaque em toda a série.

É, juntamente com Jess e Connor, uma das minhas preferidas.

 

Jess é a filha mais nova, a que mais sofreu com a partida da mãe, e a menos disposta a perdoá-la.

É, sem dúvida, a minha personagem favorita!

É daquelas mulheres que sente tudo à flor da pele, em que tudo lhe sai pela boca antes, sequer, de pensar no que vai dizer. Erra muitas vezes, mas lança-se de cabeça. É uma pessoa natural, sem máscaras, genuína. Uma espécie de furacão ou "espalhas brasas". E linda!

As irmãs e a avó são o seu pilar.

É a personagem que mais irá evoluir ao longo da série.

 

Já Connor, é o incompreendido, e desvalorizado.

Muitas vezes, ao tentar provar o seu valor, e o seu mérito, toma atitudes precipitadas e impulsivas.

No fundo, ele só quer ser aceite pelo pai, com quem tem uma relação conturbada.

Também será das personagens com maior evolução.

 

Depois, temos Kevin, que é fuzileiro (outra semelhança com Virgin River), mas acaba por vir para casa, após um grave acidente, que o faz repensar toda a sua vida.

É o filho certinho e ajuizado.

 

A avó Nell representa a sabedoria, a paz, a união, o elo de ligção entre todos. O amor, o conforto, o carinho, os cuidados, os mimos.

Apesar de, a determinada altura, quase todos terem as suas próprias casas, é na casa da avó que se juntam, que fazem as suas refeições, que passam o tempo.

 

A série é recheada de boa música, ou não fosse Trace Riley um famoso cantor de música country, sendo Freefall uma das mais bonitas, e mais tocadas na série.

Mas toda a banda sonora é espectacular.

 

Ao longo das várias temporadas, muitas personagens novas vão chegar, mas há uma que não posso deixar de mencionar, pela sua personalidade, e por tudo o que esconde dentro de si: Evan Kincaid.

Um multimilionário adulto solitário, e com alguns traumas, que se esconde numa máscara de criança imatura, impulsiva, fútil e exibicionista quando, na verdade, tudo o que quer é alguém que goste de si, que o compreenda, e uma família que nunca teve. Mais uma vez a provar que nem sempre o dinheiro compra a felicidade, ou substitui tudo na vida.

 

Poderia passar aqui horas a falar da série.

Mas, em vez disso, vejam-na!

 

 

 

A rosa

(1 Foto, 1 Texto #69)

1000011241.jpg 

 

Li, por aí:

"Nunca são as diferenças entre as pessoas que nos surpreendem.

São as coisas que, contra todas as expectativas, temos em comum."

 

Eu acrescentaria que não só entre as pessoas.

À partida, não vemos qualquer semelhança entre uma pessoa e, por exemplo, esta rosa.

 

No entanto, ambas terão a sua beleza.

Ambas têm cartacterísticas próprias.

Ambas lutam contra a ideia formada que os outros têm delas.

 

Podem ser "espinhosas".

Magoar, ainda que não intencionalmente.

Mas são, igualmente, sensíveis. 

 

Numa dia podem estar viçosas, vivaças.

No outro, mais murchas.

Nunca, perfeitas.

 

Podem ser poderosas e, ao mesmo tempo, frágeis.

Podem guardar, em si, muitos segredos.

E, ainda assim, abrirem-se totalmente, se o ambiente à sua volta o proporcionar.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

O que têm em comum estas mulheres?

Sem Título1.jpg

Sissi, Imperatriz da Austria

Casou com o Imperador da Áustria, por amor.

Era acarinhada pelo povo.

Teve problemas com a sogra.

Acabou por viver infeliz e isolada.

Morreu aos 60 anos.

 

 

Sem Título.jpg

Grace Kelly, Princesa do Mónaco

Casou com o Príncipe do Mónaco, por amor.

Era acarinhada pelo povo.

Teve uma vida infeliz, abdicando de tudo o que tinha conquistado.

Morreu aos 52 anos.

 

 

transferir.jpg

Diana, Princesa de Gales

Casou com o Príncipe Carlos, por amor.

Era acarinhada pelo povo.

Teve uma vida infeliz.

Dizia-se que a sua relação com a rainha não era das melhores.

Morreu aos 36 anos.

 

Exemplos verídicos de mulheres com personalidade forte, que se anularam em prol do amor, do casamento e das obrigações reais, e que viram o seu esperado conto de fadas tornar-se o seu pior pesadelo.

Reler "Os Maias", e encontrar semelhanças com a sociedade actual

Os Maias - Livro - WOOK

 

Tenho andado a reler "Os Maias", mas é como se estivesse a ler a primeira vez. Já não me lembrava de nada.

E é curioso ver como, apesar de tantos anos passados, a sociedade actual não é assim tão diferente daquela que é retratada no romance de Eça de Queirós.

Ainda assim, para quem critica as gerações de agora, as do século XIX não eram muito melhores e, nesse aspecto, conseguimos descobrir diferenças, para melhor.

 

Um dos aspectos que me saltou logo à vista (não sei se foi só na edição que li), é o uso constante de estrangeirismos, como "bric-à-brac", "dog-cart", "fumoir", "soirées", "robe de chambre", "shake-hands", "abat-jour", "chic", "grog", "highlife", "chut", "break" e tantos outros.

Confesso que tive que ir procurar o significado de algumas dessas palavras usadas, porque não fazia a mínima ideia do que eram. 

E ainda dizem que, hoje em dia, com a adopção de tantos estrangeirismos, já quase não sabemos falar português!

 

Na segunda metade do século XIX, época em que se passa a história, nem a nobreza, nem a burguesia, tinham muito interesse em fazer algo que fosse pelo país. Falavam, descontentes, do que havia de ser mudado, de revoluções, mas a única revolução que se atreviam a fazer era gastar dinheiro em futilidades, para depois ostentá-las, para reforçar o seu estatuto, quer fosse a remodelar uma divisão da casa, ou a comprar uma vestimenta nova. A maioria, deixava-se levar pela corrupção, pela mesquinhez. Davam pouco valor à cultura.

 

A juventude representava a esperança, a mudança, o futuro.

Mas o meio envolvente foi mais forte que todos os planos, projectos, intenções.

Carlos da Maia formou-se em medicina. Montou um consultório e um laboratório. Queria escrever artigos para revistas, e um livro sobre medicina. Consultou meia dúzia de pessoas, até se deixar levar pela ociosidade.

João da Ega formou-se em direito, mas nem sei se chegou alguma vez a exercer.

O passatempo preferido destas pessoas era andar atrás de mulheres, comer e beber, passear, divertir-se em noitadas, jogos de cartas, enfim... Houvesse dinheiro, e tudo o resto se esquecia. Era uma vida caracterizada pela boémia.

Nesse aspecto, sinto a juventude de hoje mais lutadora, mais empenhada nas suas causas, mais ansiosa de vencer na vida. Ou talvez seja porque a maioria já não tem tudo dado de bandeja, e tem que conquistar o seu dinheiro, o seu prestígio, o seu nome.

 

E as mulheres?

Já nessa altura elas traíam os maridos!

Muitas delas tinham amantes, normalmente, mais jovens, das mesmas classes sociais, e muitas vezes amigos dos maridos.

Provavelmente, naquele tempo, as traições deviam-se ao facto de precisarem de aventura nas suas vidas, dado o papel reduzido que tinham enquanto mulheres e esposas, cuidadoras do lar, dos filhos e dos maridos, e por falta de amor aos maridos, arranjados em casamentos por conveniência ou impostos, com homens com idade para serem seus pais.

Mas, se antes tudo era feito de forma clandestina, para que não viesse a público, e manchassem a sua honra, hoje é feito às claras, sem quaisquer consequências e, por isso, mais falado.

 

Falar d'"Os Maias" é falar do romance entre Carlos da Maia e a sua irmã Maria Eduarda.

Um romance condenado, que afastou para sempre estes dois amantes. 

Curiosamente, foi um romance que não me convenceu. Achei mais bonita a relação de Carlos com a filha de Maria, do que com a própria.

Acredito que Maria Eduarda amasse, realmente, Carlos. Já ele, pareceu-me mais um capricho do momento, uma paixão que, com o tempo, tenderia a acabar, e levá-lo-ia a traí-la, com outras.

E se Maria parece ter refeito a sua vida, resignando-se ao possível, dadas as circunstâncias, fica a dúvida se Carlos voltará um homem diferente, disposto a, finalmente, dar algum sentido e utilidade à sua vida, ou se permanecerá perdido numa vida boémia, juntamente com o seu amigo João da Ega, e os seus pares.

Dos concorrentes do "Casados à Primeira Vista" todos temos um pouco

Resultado de imagem para matches casados à primeira vista 2019

 

Encontrei várias semelhanças com as mulheres

Da Liliana:

Tenho a ponderação que ela aparenta demonstrar, a preocupação com o bem estar dos filhos em primeiro lugar.

De diferente, o facto de não me estar sempre a vitimizar, e de ser mais comedida nas demonstrações de sentimentos, sobretudo quando ainda não existem.

 

Da Ana Raquel:

Ainda que em estado muito mais moderado mas - não gosto de surpresas, de me sentir obrigada a, e algumas vezes acabo por fazer algumas coisas contrariada. Também não sou muito adepta de experimentar coisas novas.

Mas ainda não me deu para ser tão desagradável e explodir daquela maneira.

 

Da Anabela:

A determinação, o lutar por aquilo que quero (às vezes), o facto de valorizar muito o carácter das pessoas, mais do que o seu aspecto físico.

 

Da Maria de Lurdes:

Dobrar e arrumar grande parte da roupa, sem a passar. Só passo o esseencial, e já é muito. Uma mulher já tem tanto para fazer, e tão pouco tempo, sobretudo para si mesma.

Também, tal como ela, não gosto de pessoas demasiado inseguras a quem temos que provar, a cada instante, que têm valor, porque elas próprias não o reconhecem a si mesmas.

Mas não sou tão "pra frentex" como ela, nem tão histérica!

 

Da Inês:

O saber levar as coisas com tranquilidade, sem grandes dramatismos.

De diferente, o facto de não me focar exclusivamente na carreira profissional.

 

Da Marta:

A veia meio jornalística.

Por oposição à minha personalidade, não sou assim tão "menina bonita, rica, enjoadinha, princesinha de Cascais"!

 

 

Já no que respeita ao sexo masculino, é mais o oposto - características nas quais não me revejo

Pedro e Luís:

Não me identifico com o lado desportivo, aventureiro e demasiado easy going, mais imaturo. Representam aquilo que, cada vez mais, seria um entrave numa relação.

 

António:

Não gosto de homens possessivos, inseguros, machistas que, à custa disso, azucrinam a vida às mulheres que com eles se relacionam, e acabam por as afastar com esse comportamento.

 

Hugo:

Não me identifico com alguém que gosta de touradas. Que tem um estilo de vida que passa muito por grandes almoçaradas/ jantaradas, com uns bons enchidos, pão e vinho alentejano à mistura 

 

Lucas:

O facto de ser ateia.

 

Paulo:

Para já, a excepção - identifico-me no que respeita à paciência.

 

 

 

E por ai, revêem-se em algum concorrente?

 

 

 

Imagem: movenoticias