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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Festival Eurovisão da Canção: A História dos Fire Saga

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Estava curiosa para ver este filme, sobre o Festival da Canção, onde Salvador Sobral iria fazer uma participação especial.

Sabia que era uma comédia, que não é o meu estilo favorito. Quando vi que o filme tinha uma duração de 2 horas e meia, assustei-me.

Mas fui-me deixando-me levar. E não dei por passar o tempo. Quando dei por isso, já estava a acabar.

 

Como comédia, é muito fraco, forçado e poucas cenas tem, que me façam rir.

Também não é propriamente uma história sobre o festival da canção que, aqui, serve apenas de fundo para uma comédia romântica.

Às tantas, aparece-nos no ecrã, sem qualquer propósito, que não seja dar destaque aos participantes do Festival da Canção, Jamala, Conchita, Netta, Alexander Rybac e John Lundvik.

Também Salvador Sobral tem direito a uma participação neste filme, mas ao seu estilo, com simplicidade, e beleza.

Demi Lovato interpreta a candidata favorita a representar a Islândia no Festival da canção mas, confesso, só soube que era ela quando vi o elenco! 

Gostei de algumas das músicas, e imaginei-as como candidatas ao festival, ou mesmo como hits das rádios. Melhores que muitas que por aí andam, ou que por lá já passaram.

 

Sobre a história:

Lars é um miúdo que cresce com um único sonho na vida: representar a Islândia no Festival da Canção, e pisar o grande palco. E, se possível ganhar. 

Nesse sonho, acompanha-o a sua amiga Sigrit, uma menina que adora cantar e que, à medida que cresce, se vai apaixonar por Lars.

Juntamente com Lars, vão formar a banda Fire Saga, que é totalmente descredibilizada e ridicularizada pelos islandeses.

Sigrit tem talento, mas falta-lhe cantar com alma e paixão. Todos acham que o caminho dela seria mais feliz se se afastasse de Lars. Mas ela fá-lo por ele, e para que ele possa realizar o seu sonho.

Já Lars, está tão focado da Eurovisão, que não vê mais nada à frente. Ele compõe, ele confecciona as roupas, ele escolhe os arranjos e os temas, ele imagina cenários, enfim, ele trata de tudo, e Sigrit segue-o nessa aventura.

Até ao dia em que tudo muda.

Sigrit é uma artista, no verdadeiro sentido da palavra. Lars é uma criança com mau perder, e que não sabe lidar com as contrariedades. Isso vai afastá-los, e deitar tudo a perder, com a mãozinha dos vilões da história, claro.

Portanto, como comédia romântica, não está mau de todo, embora não seja nada por aí além, como outras que já vimos.

 

Sendo assim, bem espremido, o que se pode tirar do filme?

Algo tão simples e tão importante, que devemos aplicar em tudo na vida:

- em qualquer relação, deve-se rumar no mesmo sentido, trocar opiniões, chegar a um consenso ou entendimento, ouvir os dois lados, para que as coisas resultem

- por vezes, estamos tão obcecados com um determinado objectivo pessoal, que arrastamos todos connosco sem, por um momento, pararmos para olhar se essas pessoas não terão, também elas, os seus próprios objectivos e sonhos, se não estamos a ser egoístas, se não estamos, em nome de uma obcessão, a arruinar algo muito melhor que, e que nos pode fazer mais felizes 

- por vezes, aquilo que realmente importa, está nas coisas mais simples

- é bom vencer, mas não é tudo na vida, e aquilo que para uns é uma derrota pode ser, para outros, um conjunto de pequenas vitórias muito melhores de saborear

- a melhor música, é aquela que se canta com o coração, com alma, com sentimento

 

E acho que esta música, uma verdadeira candidata a um próximo festival da canção, que já está na minha lista das favoritas, resume tudo o que acabei de mencionar.

 

 

À Conversa com os PRISMA

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Os PRISMA são uma banda oriunda da Ilha de S. Miguel (Açores), cuja sonoridade é influenciada pelas diferentes origens geográficas (e diferentes escolas de música) dos elementos que compõem a banda, fazendo com que as interpretações tenham um "prisma" particular.
A fusão de estilos e a constante preocupação (e procura) de uma musicalidade singular são as principais fontes de inspiração coletiva.

Fiquem a conhecê-los melhor nesta entrevista:

 

 

 

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Para quem não vos conhece, quem são os Prisma?

São músicos, familiares, amigos, simpatizantes, equipa técnica, são todas as pessoas que acreditam em nós e que nos permitem expandir o que mais gostamos de fazer.

Este Prisma de sonhadores, só é possível por existir esta base, que reconhece e dá força ao nosso trabalho.

 

Quando é que a música começou a fazer parte da vossa vida?

A música começou a fazer parte da nossa vida desde a infância, todos nós crescemos com este gosto pela música, todos nós tivemos música presente nos nossos tempos livres, era parte das nossas atividades, desde coros, filarmónicas e outras atividades culturais, para além de influências familiares.

Ao longo do nosso percurso pertencemos a vários projetos musicais, que nos deram bagagem para sermos o que somos hoje.

 

Em que momento é que decidiram formar a banda?

Decidimos formar a banda em 2017, todos nós nos conhecíamos e até alguns de nós já haviam trabalhado juntos, no fundo juntamos músicos que tinham o mesmo propósito, não faria sentido de outra forma, sentimos que queríamos criar algo novo, interpretar os temas que não ouvíamos, fazê-lo com qualidade, e criar algo nosso, trabalhar em originais.

 

De que forma é que cada um dos elementos influencia a música criada pelos Prisma?

Influenciamos por permitirmos que cada um seja ele próprio, há espaço para todos colocarem as suas ideias, obviamente que imperam sempre os nossos gostos pessoais, que limados em conjunto constituindo o prisma que queremos.

Aproveitamos as qualidades de cada um desde a composição , à produção, cada um tem um papel no processo criativo.

 

Quais são as vossas maiores referências, a nível musical?

Quando se falam em influências as nossas opiniões divergem, somos muito diferentes o que torna este projeto aliciante. 

Podemos falar de Queen, The Doors, Stevie Wonder, Expensive Soul, HMB, The Black Mamba.

Adoramos o funk, RnB , rock.

 

Consideram que o facto de os Prisma serem uma banda oriunda dos Açores prejudica, de alguma forma, o vosso percurso na música ou, atualmente, é uma questão que não se coloca?

Nós consideramos que pode condicionar o nosso percurso na medida em que onde vivemos não temos tantas ferramentas de trabalho, é certo que temos muitas pessoas talentosas e qualificadas, mas para muitos a música é um hobby, o que dificulta a caminhada, pois precisamos dos outros para trabalhar.

O mercado não é extensivo, adorávamos chegar a rádios e comunicação nacionais, vivenciar outros palcos, estúdios.

As redes sociais são muito positivas na nossa construção pois permitem-nos chegar a mais pessoas, e desta forma conseguimos expandir o nosso trabalho, quer seja nos Açores ou em qualquer outro lugar o caminho faz-se a caminhar, nós somos o motor desta caminhada, pelo que o nosso percurso também depende dos passos que damos.

 

 

 

 

"Sentimento" é o vosso primeiro single, editado em dezembro de 2019. Sobre o que nos fala este tema?

Este “Sentimento “ é como o descrevemos “tão forte, tão cheio, imenso” , é uma história de vidas que andam lado a lado e que de certa forma tentam evitar-se, mas que o “sentimento” é mais forte “no fundo acreditei na vontade que mostrava, dos teus olhos, espelho d’alma”, é um saber que existe reciprocidade e ao mesmo tempo medo, é um pedido, que seja leve, que seja bom, “dá-me um sentimento, sem sofrimento, deixa-te levar, deixa o coração expressar”.

 

Que feedback têm recebido, por parte do público, relativamente ao single de estreia?

O feedback tem sido muito positivo, nunca tínhamos vivido a experiência de gravar como “Prisma”, foi um desafio para nós, ainda que tivéssemos expectativas, fomos surpreendidos com a boa vontade de tantas pessoas que quiseram colaborar connosco, e que tornaram este "Sentimento" de todos.

Fomos recebidos com casa cheia para o conhecerem. E desde então tem sido muito positivo, recebemos muito carinho por parte de quem nos ouve e isso é sem dúvida gratificante.

 

Através da música pretendem dar o vosso prisma sobre os mais diversos assuntos. O que podemos esperar dos próximos temas? 

Ao escrevermos temos sempre a preocupação de não repetirmos o conteúdo já abordado, até mesmo palavras, por isso escrever é sempre desafiante pois há tendência para seguir a linha do que já temos feito, contudo temos conseguido superar estes “obstáculos”, já escrevemos sobre saudade, liberdade, vencer, mudança.

E só poderão entender estas palavras ao ouvirem cada tema, cada um deles tem uma mensagem que só é entendida quando ouvida.

 

Que objectivos querem ver concretizados ainda este ano?

O nosso objetivo passa por sermos fiéis à nossa identidade, cumprindo apresentar sempre qualidade e diferença em palco.

O lançamento de um EP é o nosso foco para 2020.

 

De que forma é que o público vos pode ir acompanhando?

Podem acompanhar-mos através das nossas redes sociais, estamos presentes no Facebook (@prismamusicproject) e no Instagram (@prisma_musicofficial), aqui podem acompanhar tudo em primeira mão, quer estejam perto ou longe. Estamos sempre ligados.

 

 

Muito obrigada!

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também a imagem e o vídeo.

O Amor é estúpido?

 

O amor é estúpido?

Ou estúpidos são aqueles que não compreendem o verdadeiro significado do amor, e por isso o acham estúpido?

O amor é complicado?

Ou, pelo contrário, é algo muito simples, mas que nós insistimos em complicar?

O amor magoa?

Não me parece. Quem magoa são as pessoas que não sabem, ou não entendem, o que é amar.

 

Vem isto a propósito do filme que vi no passado fim-de-semana “O Amor é Estúpido”. Uma espécie de comédia romântica com várias cenas previsíveis, outras nem tanto, algumas dispensáveis e, elas sim, estúpidas!

 

Duas pessoas que sentem imediatamente uma afinidade e química que, ao longo da convivência, se transforma em algo mais profundo.

Ele, está consciente que a ama, mas evita a todo o custo demonstrá-lo, até porque ela tem namorado há vários anos. Assume esse sentimento perante os amigos, mas não quer deitar a perder a amizade que tem com ela, por isso esconde dela o que sente.

Ela, vai tomando consciência, mas parece não querer ver o que está mesmo à frente dos seus olhos. A mulher que “tenta sempre resolver as coisas”, insiste em manter apenas a amizade e continuar com um namorado que vê apenas algumas vezes por ano.

Por vezes, pior do que ter medo do que possa acontecer, ou de ter medo do que os outros nos possam fazer, é ter medo de nós próprios.

 

 

À Prova

 

 

A vida coloca-nos, muitas vezes, à prova!

São várias as batalhas, as dificuldades e os obstáculos que se apresentam nos nossos caminhos, e que testam, de forma espontânea ou propositada, as nossas relações connosco e com os outros.

É fácil estarmos satisfeitos com a nossa vida quando ela corre bem, gostarmos de nós quando nos sentimos bem connosco, sentirmo-nos confiantes quando estamos por cima...

É fácil estar ao lado de alguém quando tudo corre bem, oferecermos o nosso apoio quando sabemos que não é preciso, dar a nossa mão quando já existem várias, amar quando tudo é lindo...

E é muito bom quando saboreamos maioritariamente o lado positivo da nossa passagem e vivência!

Mas é nos momentos mais difíceis, nas grandes dificuldades, quando nos tentam derrubar ou começamos a perder as forças, que confirmamos todo o poder e valor do sentimento que até aí nos uniu, que até aí experimentámos.

Nestes momentos, percebemos quem continua lá ao nosso lado, quem não "abandonou o barco" perante a possibilidade de ele afundar...

Nem todos temos as mesmas capacidades ou formas de lidar com as dificuldades, mas sentir apoio e um ombro amigo ajudam muito a atravessar os tempos difíceis!

E se é verdade que eles nos têm surgido constantemente nos últimos meses, também é verdade que estamos juntos, e juntos estamos a vencer e ultrapassar cada um deles!