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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Viver o momento

(1 Foto, 1 Texto #63)

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Porque será que as pessoas têm tanta necessidade de dar nomes às coisas?

Às situações?

Aos estados de espírito?

 

Porque não podem, simplesmente, sentir?

Desfrutar?

Viver?

 

Porque querem tanto compreender?

Esmiuçar?

Classificar em alguma categoria?

 

Como um qualquer objecto, que é suposto estar arrumado numa determinada gaveta.

Como se, desse forma, tivessem um maior controlo sobre os sentimentos.

Ou sobre as pessoas, a quem estes são dirigidos.

 

Não percebem que, enquanto tentam organizar

aquilo que nem sabem bem onde pertence

Estão a desperdiçar ou, até, estragar o momento.

 

E, quando derem por isso, aquele raio de sol, aquele calor, aquele aconchego

Aquela luz que, por instantes, trouxe consigo momentos felizes

Pode desaparecer, ou mudar de direcção.

 

Escapar-se, por entre os dedos

Como areia que tentaram, em vão, segurar

Nada restando, a não ser uma "mão vazia"...

 

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

Sentir a "dor" dos filhos

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Dizem que as mães sentem as dores dos filhos.

Seja ainda dentro da barriga, se algo não está bem.

Seja cá fora.

Ora pelas cólicas, ou pelos dentes a nascer, quando são bebés.

Ou quando apanham aquelas doenças típicas da infância, e ficam murchinhos.

Ou quando temos que os deixar na escola, entregues a estranhos, e os vemos pedir para não os deixarmos.

Seja quando têm dificuldades, ou quando se chateiam com os amigos.

Ou quando querem concretizar um sonho, e não conseguem.

Estamos sempre lá, e sofremos com eles.

Da mesma forma que ficamos felizes quando estão felizes, ficamos tristes quando estão tristes.

 

Até ontem, estava feliz, porque a minha filha também o estava.

Mas a felicidade depressa escapa por entre os dedos.

A dela, foi-se.

O que era para ser uma surpresa boa, tornou-se um pesadelo.

E, ontem, experimentei um outro tipo de dor que, até aqui, desconhecia: a dor dos desgostos de amor dos filhos.

Não é nada comigo, mas sinto-o como se fosse. Ou ainda mais.

Ela chora. E eu choro com ela.

Ela está triste. E eu, também, por ela.

Não posso fazer nada para mudar o desfecho, e trazer-lhe de volta os momentos felizes.

Só posso estar ao lado dela, como sempre, e apoiá-la.

 

Sim, este é o primeiro namorado.

E ela é nova.

Ainda há-de viver outros romances.

Mas este amor era o primeiro.

E estavam tão felizes...

Fotografar ou apreciar?

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Documentar, ou viver?

Exibir, ou sentir?

Turistar, ou experienciar?

Será possível fazer ambas ao mesmo tempo? Ou uma implica, sempre, negligenciar a outra?

 

Eu sou daquelas pessoas que gosta de registar todos os momentos e, por isso, costumo ser a "fotógrafa de serviço".

Mas noto que, em algumas ocasiões, estou tão embrenhada em captar a imagem, que acabo por não viver o momento em si. E dou por mim a pensar que mais valia ter deixado a máquina de lado, e apreciar o que estava a acontecer à minha frente.

Não é que não o faça, mas não é a mesma coisa.

 

Mas será assim tão difícil juntar as duas coisas?

Depende...

Penso que, se tivermos realmente interesse, podemos consegui-lo.

Mas existirão momentos em que talvez tenhamos que optar porque, senão, algo se perderá pelo caminho, e a experiência não será a mesma. 

 

 

Só porque não se vêem...

 

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...não significa que não estejam lá.

Só porque não falo, não significa que não pense.

Só porque não me queixo, não significa que não doa.

Só porque não choro, não significa que não fique triste.

 

Só porque não me manifesto...

Só porque sigo em frente...

Só porque sorrio...

Só porque levo a vida com a normalidade que se espera...

 

Não significa que não incomode.

Não significa que não limite.

 

Significa, apenas, que não me permito ficar aí.

Presa.

Parada.

A remoer. 

 

Porque o caminho não é só feito de pedras.

E porque a vida é muito mais do que isso!

A felicidade é como um raio de sol

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A felicidade é como um raio de sol por entre as nuvens: sente-se no momento!
 
 
Não dá para guardar num frasquinho.
Como quem guarda algo precioso, que poderá vir a usar, quando precisar.
 
Não dá para deixar para depois porque, depois, já as nuvens o ocultaram, e é tarde demais.
 
Da mesma forma que nunca sabemos quando o sol vai aparecer e brilhar, ou quando o céu estará carregado de nuvens, também não sabemos quando a felicidade nos baterá à porta.
 
Mas, em ambos os casos, há que aproveitar o que nos é oferecido, e nos faz sentir bem, no exacto momento em que temos essa oportunidade.
 
Antes que ela passe, e nos arrependamos de não a ter vivido.