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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Nem caiu em graça, nem foi engraçada

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Ontem à noite, fomos comprar um frango à currasqueira, em drive-through.

O meu marido à frente, com o meu pai.

A rapariga que nos atendeu, assim em modo acelerado e despachado, fez as perguntas da praxe, pagamento e, enquanto esperava pela encomenda, lembrou-se de perguntar ao meu pai:

- "Então, já comprou as flores e os chocolates para a sua mulher? Olhe que hoje é o Dia dos Namorados!"

 

Da forma como disse aquilo, quase a fazer propaganda, até pensei que, além do frango, também estivessem a vender esses produtos.

Diz o meu marido:

- "A mulher do senhor já faleceu."

 

Não se dando por vencida, apesar de encavacada, voltou à carga:

- "Então, compra para a namorada!"

O meu pai: 

- "A minha esposa faleceu há um ano e pouco".

 

E ela, com mais um melão, mas numa derradeira tentativa:

- "Pode comprar para si."

Ao que o meu pai respondeu:

- "Eu não gosto de flores."

E ela, já sem jeito:

- "Ah, não gosta de flores?"

E, felizmente, calou-se.

 

Por vezes, as brincadeiras acabam por ser um "tiro ao lado", sobretudo quando se brinca com pessoas que não se conhece de lado nenhum.