Pôr do sol em Mafra
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Há uns dias li uma notícia que falava de um abono de família extra, a receber no mês de setembro.
Fiquei com a ideia de que iria ter direito ao mesmo.
No entanto, algumas notícias, diziam que era só para as famílias que tivessem tido perda de rendimentos. Não era o meu caso.
Outras, diziam que era para todos os que estivessem no 1º, 2.º e 3.º escalões. Se assim fosse, teria direito.
Umas, diziam que era para os jovens que completasse 16 anos até 31 de Dezembro. Mas era só para quem tivesse 16 anos, ou os completasse? Ou para todos, até aos 16 anos?
Outras, que o valor a pagar seria igual ao que cada família costuma receber, ou seja, duplicaria. Mas, algumas, afirmavam que, apesar de se acumulável com os restantes pagamentos habituais, o valor a pagar seria o base, de cada escalão.
Depois de muito pesquisar, e nada ter ficado esclarecido, eis que recebo um email da segurança social, a informar que a minha filha teria direito, qual o valor a receber, e data em que seria pago.
Ou seja, estando no 2.º escalão, terá direito a receber o valor base desse escalão, a dobrar. Mas o abono extra não abrange, nem a bolsa de estudos, nem o complemento de família monoparental.
Entretanto, a propósito do dito abono extra, ainda ontem li uma notícia em que várias famílias se queixavam que, ao contrário do que esperavam, iriam receber menos ainda que num mês normal.
Davam a entender que só iriam receber o extra. Como se o resto ficasse perdido pelo caminho.
Sendo um abono extra, como o próprio nome indica, é um abono pago para além do habitual, que já íamos receber. É o que faz sentido.
Se é menos do que já estávamos a contar? Sim!
No meu caso, por exemplo, recebo mensalmente cerca de 80 euros, que incluem o base, a bolsa de estudos e o complemento. Pelas primeiras notícias que surgiram, fiquei a pensar que receberia o dobro, ou seja, cerca de 160 euros. Mas não. Penso que vou receber os habituais 80, mais o base extra, que fica num total de 110 euros.
Ainda assim, é mais do que recebo num mês normal.E dá jeito.
Penso que é importante, quando se dá uma notícia, torná-la clara, evitando interpretações diferentes e ambíguas, que em nada esclarecem, e só servem para gerar mais dúvidas.
Imagem: executivedigest.sapo.pt
Chegou, num ápice, um daqueles meses que mais divide as pessoas: as que o adoram, e as que o detestam.
Chegou Setembro.
E, com ele, uma infinidade de dúvidas. De incertezas. De "ses".
Com a chegada de Setembro, chega também o outono.
O regresso ao trabalho da maioria de nós.
O regresso às aulas para os estudantes.
E tudo isso em cenário de pandemia, que está longe de nos deixar, e ameaça até voltar a trocar-nos as voltas.
Num país que não me parece disposto a recuar, face a um possível aumento de casos, parece-me que a solução será aprender a conviver com esse aumento, tentar fintar o vírus para que não nos bata à porta e esperar que a situação não descambe.
Há quem veja este mês como um recomeço.
Não me parece que vá ser um bom recomeço. Nem prevejo que as coisas se tornem mais fáceis daqui em diante.
Se, noutros anos, setembro já não me agradava, este ano, ainda menos me inspira.
Na próxima semana saem as notas finais, e é semana de matrículas para o 10º ano.
O curso está escolhido, bem como as disciplinas pretendidas.
Mas nada está garantido. É preciso que haja alunos suficientes para o curso, e para as disciplinas específicas que ela quer.
E é preciso que seja admitida na escola pretendida.
Nos últimos anos, esta seria a altura de encomendar os manuais escolares, que chegariam lá para Agosto, mês em que comprava o material escolar básico.
E ficava descansada até ao início do ano lectivo.
Este ano, sinto-me de pés e mãos atados, sem poder despachar tudo como queria.
Tenho que esperar que saiam as turmas, para ver se ela ficou na escola e curso que quer. E, provavelmente, tenho que esperar (não sei se através da turma dá para ver) pela publicação dos horários, no início de setembro, para saber que disciplinas vai ter e, assim, que livros comprar.
Claro que posso sempre comprá-los antes mas, depois, se for preciso trocar, é mais complicado.
Só que não gosto de deixar tudo para a última hora e, este ano, sinto que vai ser incerteza até ao último momento.
Alguém por aí já passou por uma situação semelhante?
Quando é que se fica a saber que disciplinas vão ter (se as escolhidas, ou outras por falta de alunos)?
É arriscado comprar já os livros?
Ou setembro é mais arriscado, por estarem esgotados ou em ruptura de stock?
Setembro até poderia ser um bom mês para se gostar, para eu gostar...
É pequenino, passa depressa, e ainda tem um resto de cheirinho a verão com ele, para se "queimar os últimos cartuchos".
No entanto, Setembro só me traz pensamentos negativos, nostalgia, melancolia...
É o fim das férias, aquele momento porque esperamos o ano inteiro, e que passa a correr...
É o fim das férias escolares, e traz consigo o regresso às aulas dos nossos filhos, a volta das rotinas, do tempo mais curto para tudo o que há a fazer, do acompanhamento dos estudos, da saga dos testes...
É aquele mês em que, de facto, começamos a notar os dias mais curtos, o tempo mais fresco, a mistura da despedida do verão, com a chegada do outono...
É aquele momento em que percebemos o que nos espera nos próximos meses, e nos faz sentir ainda com menos coragem para enfrentá-los...
O que ainda atenua os efeitos de Setembro, em mim, é ficar tão próximo de Dezembro.
Mas, até lá...