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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Memórias de Uma Eterna Guerreira

Marta Segão - MEMORIAS DE UMA ETERNA GUERREIRA_ca

 

A ideia ganhou forma, e concretizou-se!
Este é o livro de homenagem à minha mãe.
 
E até a capa tem um significado.
Tenho a foto desta gaivota há muito tempo e, quando a vi, achei que era perfeita.
Sim, é uma capa muito cinzenta, mas representa, de certa forma, a tristeza da partida, o luto.
 
Depois, na contracapa, um cenário mais animador: um céu azul e branco, que representa a bonança, depois da tempestade.
A esperança.
O seguir em frente.
 
Não é o fim.
Mas um recomeço.
Para ela, onde quer que esteja.
E para nós, que ficámos.
 
 
 

Marcador 50x195 MEMÓRIAS DE UMA ETERNA GUERREIRA.

 

E os marcadores foram uma pequena extravagância da minha parte!

 

 

Mais uma edição de autor, com o apoio da Euedito.

 

As palavras, e a sua interpretação, não pertencem somente a quem as escreve

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Sempre que escrevemos, apropriamo-nos das palavras para transmitir a nossa mensagem.

Apenas nós sabemos o que pretendemos expressar, o que sentimos quando utilizamos cada uma delas, e o que pretendemos dizer, ao pô-las no papel.

 

Aquela, é a nossa verdade.

Uma verdade que pode ser compreendida, ou até partilhada, por quem a lê.

Mas que pode, também, ser entendida de muitas outras formas e sentidos, por quem está do outro lado.

 

Porque, no fundo, as palavras, e a sua interpretação, não pertencem somente a quem as escreve, mas a todos nós.

É por isso que, de cada vez que alguém lê algo que um autor escreveu, pode eventualmente deduzir o significado que as suas palavras pretendiam expressar, mas nunca terá a certeza porque, cada uma das pessoas pode ler uma mesma frase, um mesmo excerto, uma mesma obra, e retirar dela interpretações totalmente diferentes.

E se é verdade que o autor poderia não querer exprimir nada daquilo que as pessoas entenderam, também é verdade que essas interpretações aferidas, em determinados contextos, fazem sentido para essas pessoas, e até para quem as escreveu, ainda que com outro objectivo, e delas tomar conhecimento.

 

No fundo, escrevemos de nós, para o mundo. 

E, a partir desse momento, as palavras deixam de ser nossas.

Apenas a ideia que lhes deu vida se mantém na nossa posse.

E apenas nós, enquanto autores, poderemos, ou não, limitá-las a esse pensamento e dá-lo a conhecer a quem não o compreendeu, ou deixá-las livres de correrem por aí, englobando outros tantos pensamentos, que nelas encontram abrigo.

 

 

Presentes de despedida para colegas e amigas de turma

Estamos a dois dias do final das aulas.

E este será um ano de despedida para a maior parte deles.

Escolas diferentes, cursos diferentes...

É certo que, para aquelas colegas/ amigas que vivem por perto, será mais fácil, mas o tempo para se verem ou estarem juntas será pouco. E depois, haverá aquelas que se mudam, para outros destinos.

Por isso, achámos que seria bom oferecer uma lembrança de amizade àquelas mais especiais. Para que nunca se esqueçam daquilo que viveram juntas.

A ideia era comprar umas caixas maiores, e as letras dos nomes da cada uma, para colar.

Mas não havia letras. E acabámos por comprar estas, mais pequenas.

Cada caixa tem uma decoração, que foi pintada em casa, com um significado para cada uma das amigas.

No interior da tampa, colámos uma foto da minha filha com a respectiva amiga e, dentro da caixa, mais fotos e uma mensagem para cada uma delas.

 

 

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A caixa escolhida para a amiga Iara.

No início, pareceram-nos pássaros. Depois, percebemos que não. 

Mas foi com essa intenção que a escolhemos.

Um espírito livre, que consegue mostrar a sua essência quando se solta e pode ser ela mesma, sem que isso a faça perder o rumo, sabendo que pode voltar para o seu poiso a qualquer momento, onde estará em segurança, protegida, e onde estarão sempre a família e os amigos. 

 

 

 

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Esta foi escolhida para a sua amiga Sara.

A árvore da vida, das conquistas, da amizade.

Porque é alguém que persegue os seus sonhos e que vai onde os mesmos a levarem. E, conforme vai realizando os sonhos, conquistando os seus objectivos, vai acrescentando experiências à sua vida e, com elas, também novas amizades por onde passa!

 

 

 

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E esta, para a amiga Bea.

Uma amizade que foi florescendo, tal como elas foram desabrochando, ao longo dos últimos 3 anos que passaram juntas.

Uma amizade que tornou a vida mais simples, mais alegre, mais especial, com a partilha de muitos momentos dentro, e fora da escola, que nunca serão esquecidos.

Que as flores não murchem, e continuem a abrilhantar o jardim da amizade.

 

 

Gostaram da ideia?

Por aí também costumam fazer estas coisas?

 

Como a falta de (in)formação se reflecte na inclusão

Imagem relacionada

 

A todos os níveis.

 

 

"Um dia, um professor de substituição foi dar uma aula de educação física. 

Na turma que lhe calhou, havia um aluno com necessidades educativas especiais. Sem formação específica e não sabendo bem como agir numa situação que nunca lhe tinha surgido, optou por não o incluir nas actividades que propôs aos restantes alunos, nem encontrar actividades alternativas para o aluno em questão."

 

 

Neste caso, como deveria ter agido?

Tratado o aluno de igual forma e colocá-lo a fazer o mesmo que os outros, encontrar exercícios específicos para a sua condição, ou adaptar as actividades, de forma a que todos, à sua maneira, conseguissem levá-las a cabo com relativo sucesso?

 

Na turma da minha filha existem alunos com necessidades educativas especiais, que apenas frequentam, em conjunto com os restantes alunos, duas ou três disciplinas. As restantes, são leccionadas em separado.

Será isto inclusão?

Igualar em algumas coisas, diferenciar noutras?

 

 

Estes são apenas exemplos de situações em escola, mas que podem facilmente saltar para a vida adulta, para um contexto laboral ou social.

 

 

Cada vez mais se pretende dar a todos as mesmas oportunidades, independentemente de quem está do outro lado e, por isso, a inclusão acaba por ser quase obrigatória, ainda que nem sempre se saiba como colocá-la, da melhor forma, em prática, perdendo a sua eficácia, com consequências negativas, que não estavam previstas, e que se poderiam evitar.

 

A verdade é que a verdadeira inclusão, em todos os seus sentidos e formas, ainda é uma utopia na maioria dos casos.

Aquilo a que assistimos, muitas vezes, é a uma mera tolerância.

Seja por falta de formação e informação, tanto de profissionais e alunos nas escolas, como enquanto seres humanos e cidadãos, no nosso dia a dia, e em diferentes contextos.

Por vezes, com algumas tonalidades de racismo, xenofobismo, discriminação, rejeição, repugnância, mascarados de cinismo, fingimento, aparências, e falsas boas acções e intenções.  

Outras vezes, as intenções até são, de facto, positivas, mas faltam ferramentas para as colocar em prática.

 

Penso que, acima de tudo, é preciso definir o verdadeiro significado de inclusão, e de que forma ele se reflecte sempre em igualdade, ou no respeito, aceitação e adaptação à diferença, de todos os envolvidos.