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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Vou onde os meus olhos me levarem

(e desta vez, levaram-me à Multiopticas)

Óculos redondos

Há muito que precisava de uns óculos novos.

Normalmente, costumo comprar os meus óculos no Oculista Cristal D'Ouro, em Lisboa.

Mas isso implicaria ter que lá ir, pelo menos, dois dias diferentes, e gastar dinheiro em transportes. Apesar do desconto que teria, não compensava.

 

A minha filha precisava de óculos também.

Com ela, costumo ir à Optivisão, aqui em Mafra.

Também nada a apontar mas, a variedade em termos de armações não é muita, e costumam ser caras.

 

Por isso, decidi experimentar a Multiopticas.

Gostei do atendimento, e da simpatia de todos.

Tivemos desconto de 50% na armação.

Digamos que, quanto à minha, acho que gostei mais dela no dia em que experimentei, do que agora, que os fui buscar. Mas a da minha filha fica-lhe mesmo bem.

Ainda comprei uns óculos de sol, cujo valor também foi arredondado em jeito de desconto.

Fomos na 2ª feira. Na 4ª, os óculos estavam prontos. Muito rápido, dadas as especificidades das nossas lentes.

Fiquei satisfeita.

 

Normalmente, quando gosto, tenho tendência a ir sempre ao mesmo sítio.

Mas não faço "contratos de fidelização", por isso, a qualquer momento, posso mudar.

E sempre vou distribuindo o meu dinheiro por todos!

 

Quanto à visão, propriamente dita, a minha graduação não mudou, para já.

Mas o optometrista disse que, dentro de um ou dois anos, é provável que a minha visão ao perto seja afectada, e tenha que usar lentes progressivas.

Já a minha filha, aumentou ligeiramente para ficar com a visão a 100%.

 

 

Deveria haver um curso de simpatia para algumas pessoas

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Há um restaurante na Malveira onde gostamos de ir, pela sua especialidade - as tirinhas de porco.

Pensámos ir lá na sexta, mas queríamos confirmar se estava aberto, uma vez que já chegámos a ir um dia, e bater com o nariz na porta. O meu marido ligou para lá, mas ninguém atendeu. 

Enviou então mensagem no facebook. Foi vista, mas nunca respondida.

Arriscámos. Tivemos sorte.

 

Mas acreditem que só nos dá vontade de lá ir pelas tirinhas, porque as duas meninas que lá estão sempre, são de uma falta de simpatia, e sempre de trombas, que se déssemos uma moedinha, ainda tocavam a sineta.

Estão a atender pessoas, que lhes vão dar dinheiro a ganhar e que, por conta dessa forma como lidam com os clientes, podem nunca mais voltar.

Eu sei que muitos anos a fazer a mesma coisa é cansativo e que, com a idade, começamos a ficar mais saturados e sem paciência, mas disfarçar isso com sorrisos amarelos e falsos, e mostrar directamente o mau humor, não as favorece em nada.

Seria bom, para algumas pessoas, sobretudo as que trabalham com pessoas, haver um curso de simpatia. 

Como perder ou ganhar um cliente num minuto

Image

(O Lapa - Imagem Pedro Almeida)

 

 

Ontem fomos dar um passeio aqui pela zona, e parámos na praia de S. Julião.

Fomos até ao café que ali há. Não tinham serviço de mesa, pelo que fomos ao balcão, onde um rapaz nos deu a ementa para vermos o que tinham. Entretanto, foi uma mulher que nos atendeu e recebeu o pedido. O meu marido pediu uma tosta, um sumo e um café.

Depois de avisar alguém na cozinha para fazer a tosta, coloca o sumo e o café no tabuleiro.

O meu marido diz que o café era só para beber depois.

 

A mulher, do alto da sua arrogância, pergunta: "Disse-me alguma coisa?"

Responde o meu marido: "Tem razão. Peço desculpa. Também não lhe disse nada. Podia ter dito." 

E ela continua: Se não me disse nada, como quer que eu adivinhe."

O meu marido: Pois. Mas é que o café era mesmo para depois da tosta."

A mulher: "Então e eu adivinho?!

O meu marido: "Pensei que deduzisse que primeiro comia a tosra, e só depois bebia o café."

A mulher, a gozar connosco: "Então, mas quer que guarde aqui o café?"

O meu marido, já passado: "Olhe, deixe estar. Já não quero nada!" 

 

E saímos de lá para fora.

A senhora não queria perder o dinheiro do café, nem servir outro depois. Acabou por perdê-lo na mesma, e perdeu o resto do dinheiro que ainda poderia fazer!

É assim que se perde um cliente, num minuto.

 

 

Continuámos caminho, e parámos num outro café - O Lapa - que por ali havia. Não tinham caracóis.

O senhor, muito simpático, indicou-nos um outro café, mais à frente, que servia, e explicou-nos como lá chegar. Também nos deu indicações sobre onde ficava o lago dos patos que andávamos à procura.

Agradecemos e saímos. Comentei com o meu marido a diferença entre um atendimento e outro, e que o senhor não tinha obrigação nenhuma de nos ter dito nada, sabendo que ia perder dinheiro para outro. 

O meu marido decidiu voltar atrás, esquecer os caracóis, e comer um belo prego no pão, muito bem servido!

E, assim, com simpatia, e sem ganância, se ganha um cliente num minuto!

 

A lupa de alguém, de Anabela Neves

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Primeiro, conheci o blog.

Mais tarde, a autora!

E, agora, foi a vez de ler o livro, inspirado no dia-a-dia de uma operadora de caixa, e da relação entre estes profissionais, e os clientes que frequentam os hipermercados.

 

De entre as situações abordadas neste livro, destaco as seguintes, que também já me aconteceram:

 

Respeitar o espaço de cada um - não tanto na hora de pagar, no que diz respeito à privacidade para marcar o código multibanco, mas até mesmo na fila, onde cheguei a estar com os clientes de trás com os carrinhos encostados a mim, ou ao meu lado, em vez de esperar na fila. Já chegou a acontecer a cliente de trás começar a "acomodar" melhor as nossas compras, e a tentar fazer quase o trabalho da operadora, para ela própria se despachar. Já cheguei a ter ainda os sacos do lado de cá, enquanto arrumo trocos e talões, e estar já a cliente seguinte em cima de mim, a fazer pressão para desocupar porque agora é a vez dela.

 

Quando a caixa está fechada - já me aconteceu dirigir-me a uma caixa e a operadora avisar-me que ia fechar, e para me dirigir a outra caixa. De seguida, vejo nessa dita caixa, que ia fechar, um outro cliente a ser atendido. Abordei a operadora, que se desculpou com o facto de que eu tinha um carrinho cheio, e aquele cliente tinha poucas compras. Isso para mim não faz sentido. Se é para fechar, fecha para todos. Desta vez, não me calei e foi das poucas que reclamei da funcionária. Nunca mais fui a uma caixa onde ela estivesse.

 

Os cupões de desconto - confesso que não vou muitas vezes ao Continente, mas quando vou, vejo os talões que tenho e, de acordo com aquilo que vou comprar, se algum deles serve. A maioria, por norma, vai para o lixo logo ali. Para a caixa, só levo os que me interessam. Poupa-se tempo e trabalho a ambos - operadora e cliente.

 

Estar ao telemóvel na caixa - confesso que já me aconteceu estar a falar ao mesmo tempo que estou na caixa, e ir colocando os produtos no saco, e tirando dinheiro para pagar ao mesmo tempo. Espero não ter causado, ainda assim, transtorno para os restantes clientes.

 

As prioridades - já me aconteceu estar numa caixa prioritária, no tempo em que as havia, sem me ter apercebido de que o era, com as compras no tapete, e a cliente atrás de mim invocar a prioridade, tendo eu me desviado, para ela passar. Logo atrás, mais um casal com 2 filhos pequenos, e eu a pensar "onde me vim meter, se aparecer aqui uma dúzia de clientes, passam todos à frente". Felizmente, esse casal não quis exercer o seu direito. Se tivesse as compras no cesto, era mais fácil. Mas estar a tirar as compras do tapete para colocar no cesto e ir para outra caixa, também não fazia sentido.

 

Há muitas mais situações com que todos nós, certamente, nos identificamos, mas para isso têm que ler o livro, ou acompanhar a autora em A lupa de alguem

 

Como em tudo o que são trabalhos, em que existe contacto com o público, é necessário uma pessoa mostrar simpatia, disponibilidade, fazer um pouco de ouvinte, conselheira, psicóloga até, mostrar-se prestável. Mas há limites, e os clientes também têm que perceber que, quem ali está atrás da caixa não é um robot, é um ser humano como eles, e só porque está a trabalhar e lhe pagam para o fazer, não tem que aturar tudo ou fazer de criado para todo o serviço, só para manter os clientes satisfeitos.

 

Por outro lado, também há clientes que marcam pela positiva, e que tornam os dias de trabalho mais suportáveis e agradáveis, fazendo a diferença. 

 

Acho que tudo se resume a respeito, tolerância e educação. Se cada um de nós fosse munido de um pouco destes três ingredientes, evitavam-se muitas situações como as relatadas neste livro.

 

Atendimento de qualidade por funcionários em formação

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A maior parte das vezes as pessoas fogem dos funcionários que estão em formação, preferindo ser atendidas pelos mais experientes, que já estão há mais tempo naquele posto de trabalho.

Normalmente, porque têm a ideia de que será mais demorado ser atendido por alguém que está a começar a aprender, e que ainda não sabem como lidar com os clientes. Na maioria das vezes, está comprovado.

 

No entanto, os funcionários em formação também trazem algumas vantagens. E eu confesso que estou a gostar muito do atendimento feito pelos mesmos, em detrimento dos mais experientes.

 

Ora vejam:

 

No talho, sempre que peço uma perna de peru cortada aos pedaços, os mais experientes fazem-no como foi pedido. Outros, cortam às fatias, como se fosse costeletas.

O funcionário em formação perguntou-me "quer cortada aos pedaços com osso, ou sem osso". E eu, claro, aproveitei a maré e pedi para tirar os ossinhos todos!

 

Na pastelaria, sempre que peço mais do que um produto, tenho que pedir para os separar. A muitos, tenho que pedir o talão, senão, vai fora.

O funcionário em formação, além de ter colocado separadamente, ainda perguntou se queríamos que juntasse guardanapos!

 

 

Podem estar ainda a aprender, podem ainda não ter experiência, mas pelo menos tentam agradar os clientes com um bom serviço e simpatia.

Os mais experientes, já estão cansados, sem paciência, atendem a despachar e, muitas vezes, de mau humor, e não estão para muitas mariquices.