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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Os "clientes de última hora"!

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Há clientes, e clientes.

Entre eles, os que vão em horário normal de expediente. E os que vão em cima da hora de fechar.

Visto pelo lado do cliente sabemos que, por vezes, a pessoa precisa mesmo daquele bem/ serviço, naquele momento, pelas mais diversas razões, e fica grata quando ainda é atendida, mesmo ali no limite, sem que a mandem voltar no dia seguinte.

Depois, há os que, simplesmente, não têm noção, nem bom senso, e acham que os funcionários devem estar sempre ali disponíveis, mesmo que já esteja na hora de encerrar.

 

Do outro lado, confesso que é extremamente irritante quando os clientes o fazem porque, na sua maioria (e muitas vezes conseguimos perceber isso), são pessoas que tinham tempo para ir antes, mas deixam para aquele momento só porque sim.

 

No outro dia, vi uma pessoa sentada à mesa, no café de um hipermercado, depois da hora deste encerrar as portas.

É certo que quem já está lá dentro, tem algum tempo para sair. Mas a pessoa podia ter pegado na garrafa de sumo, e no pão, e levado para comer noutro sítio qualquer.

Noutra ocasião, um conhecido meu lembrou-se que tinha que ir ao hipermercado e entrou quando faltavam 3 minutos para fechar.

Ontem, um cliente apareceu na loja onde a minha filha trabalha, faltava 1 minuto para ela fechar a porta. Tinha ido fazer as compras primeiro, porque ela diz que o dito vinha da zona do hipermercado (a loja fica no mesmo espaço).

 

É uma falta de respeito por quem trabalha. 

Por quem também quer dar o dia por terminado.

Por quem esteve ali a cumprir o seu horário, e quer ir para casa.

Por quem também tem vida, e família, para além do trabalho.

 

Haja consciência.

Uma coisa é uma necessidade, uma situação esporádica, uma urgência.

Outra, é fazê-lo por capricho, constantemente, sem pensar em quem está do outro lado.

 

 

 

Se não querem atear o fogo, não acendam o fósforo!

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Já não é a primeira vez que me deparo com uma situação destas, e é algo que me irrita profundamente.

Uma associação de protecção de animais partilhou, na sua página do facebook, uma publicação acerca de um gatinho que foi devolvido, pela família que o tinha adoptado há uns meses, apelando a que se tentasse encontrar um novo lar para o bichano.

Até aí, tudo bem. Tinha até começado a escrever um comentário, quando li melhor a publicação, e deparei-me com esta solicitação:

 

"Pedimos que em vez de comentários sobre a devolução nos ajudem de forma construtiva a encontrar a família 5 estrelas que este patudo precisa."

 

E, assim, apaguei o comentário que estava a escrever.

Mas houve quem se quisesse manifestar:

 

"...concordo que devemos tentar arranjar um lar para este menino o quanto antes, mas mesmo assim devem colocar o nome destes adotantes na lista de maus, ou melhor, péssimos adotantes para que este tipo de situações não se repita."

 

E que resposta é que recebeu?

Esta:

 

"Mas agora vamos começar a colocar cruzes vermelhas na testa de quem faz algo errado??? É isso que quer que lhe façam a si quando fizer algum erro na sua vida? Nem sabe o que se passou e nem temos que saber!! Temos sim, se pudermos, ajudar e mais nada!"

 

Ora, se não querem atear o fogo, não acendam o fósforo!

Se não querem que as pessoas se insurjam contra estas situações, que comentem, que critiquem, que condenem este tipo de actos, não os exponham.

Se o mais importante, como dizem, é encontrar um novo lar para o animal em questão, ajudando como pudermos, evitem falar do que gerou essa necessidade.

Porque raio têm que anunciar, com tanta indignação, o que os adoptantes fizeram com o animal, criticando, condenando e mostrando a sua própria revolta se isso, perante a situação do amimal em causa, é assim tão irrelevante? 

 

A publicação da associação:

"Devolvido…
Devolvido como uma peça que se leva para experimentar e depois afinal já não se quer..
Adotado em outubro, então um bebe com 3 meses, o Pokemon foi devolvido ontem com 7 meses.
Porquê? Não interessa, nestas situações a razão nunca tem razão.
O seu nome revelou-se uma verdadeira maldição - o jogo passou de moda e o interesse arrefeceu. Mas este tigrado não é virtual, é um ser vivo com emoções, com sentimentos, não é algo que desaparece por se desligar o botão…
Com mais de metade da sua pequena existência vivida numa casa imaginam a revolta deste menino? Não tivemos coragem de o colocar numa situação em que também ele pode entrar em depressão, por isso encontra-se muito provisoriamente em casa de uma voluntária.
É um gato meigo e brincalhão que precisa de encontrar a sua verdadeira família, que precisa com urgência de um lar.
Procuramos adotantes responsáveis, alguém que ame o Pokemon para o resto da vida e não apenas uns meses, alguém que entenda que estes animais têm sentimentos, que sofrem a sério com o abandono…
O Pokemon não está castrado nem testado mas assumiremos esses custos.
Só queremos que este menino encontre a felicidade que lhe foi prometida e depois roubada."

 

Compreendo que estarmos a deixar a nossa opinião não resolve o problema principal, que é o de se encontrar uma nova família para este gatinho. Mas, se a própria associação o faz, não teremos também nós, o direito de o fazer? E os outros o dever de a respeitar?

Dar ou não luz verde aos filhos nas saídas da escola

Enquanto os nossos filhos estão na escola primária, e vão mantendo o mesmo horário de entrada e saída, é costume optarmos para que saiam da escola acompanhados por nós, ou por alguém da nossa confiança (familiar ou não). Até porque, nesta altura, ainda são muito novos.

Mas quando se faz a transição para o 2º ciclo do ensino básico, em que cada dia têm um horário diferente, diversas horas de entrada e saída, e a idade já é diferente, surge a questão:

Devemos optar por lhes dar livre trânsito, e confiar neles, ou será ainda cedo para que eles assumam essa responsabilidade?

Para aqueles alunos que têm que passar o dia na escola, porque só têm quem os vá buscar à hora da saída, no último tempo e que, inclusive, almoçam na escola, não faz sentido conceder livre trânsito.

Mas, se até morarem perto da escola, ou se tiverem familiares a morar perto da escola para onde eles possam ir, então devem considerar essa hipótese.

Não sei se as regras são iguais para todas as escolas mas, aqui onde a minha filha anda, quando não há uma aula porque o professor falta, têm que ficar na escola para ver se há professor para dar aula de compensação. E só se não houver, é que podem sair, desde que tenham cartão verde.

Isto evita que eles sejam obrigados a permanecer na escola até que alguém os vá buscar, mesmo que já não tenham aulas. 

Até porque poderá haver escolas mais seguras, com condições e actividades para os alunos estarem ocupados, e outras em que os alunos estarão melhor fora delas.

Cabe aos pais analisar a sua situação em particular, para tomar a melhor decisão, mas posso dizer que, no meu caso, o livre trânsito foi uma boa opção. 

 

Como transformar humilhação em fama!

 

Cada um é como é e ninguém tem o direito de humilhar outra pessoa, muito menos nos meios de comunicação social.

E eu fui uma daquelas que não achou correcta a atitude da SIC e dos produtores do programa Ídolos, quando resolveram, por brincadeira, colocar umas orelhas enormes num dos candidatos.

Mas convenhamos que o pobre rapaz que, a partir da exibição desse programa, ficou quase uma semana em casa, deprimido e humilhado, a chorar e sem vontade de ir à escola, por vergonha, soube aproveitar bem a situação!

De tão envergonhado que estava, que nem podia encarar os colegas da escola que, por acaso, num vídeo, até disse terem-no recebido bem e com cartazes e mensagens de apoio, pôs-se a dar entrevistas, já sorridente.

De repente, surgiu uma alma caridosa que lhe ofereceu uma cirurgia às orelhas, para que não voltasse a ser vítima de bullying (o que acho muito bem, mas tenho pena que tenha sido só agora, e nestas circunstâncias).

E já que não cumpriu o seu sonho de ser tornar Ídolo de Portugal ou, pelo menos, cantor, eis que lhe satisfazem um dos seus outros sonhos - ser modelo!

De um dia para o outro, vemos abrir as portas do mundo da moda a alguém que, de outro modo, provavelmente nunca lá entraria.

Sim senhor, fazem muito bem, para mostrar que ele não é menos que ninguém. E sim, ele faz bem em aproveitar a situação - gozaram com ele, agora tomem lá!

Mas será que estão, realmente, a ajudá-lo? Estarão a dar-lhe essas oportunidades por mérito próprio ou apenas por pena? Noutras circunstãncias, isso aconteceria?

É essa a minha grande dúvida. 

 

Para além das normas

Quando estamos perante uma situação nova na nossa vida, temos a tendência a procurar informação sobre o assunto, a pedir conselhos, a dar ouvidos a quem já passou por uma experiência semelhante, e a nos guiarmos por aquilo que é considerado a norma, a regra, o padrão.

E não digo que seja, de todo, errado. Afinal, se tivermos uma referência, algo que nos possa ajudar ou elucidar, sentimo-nos mais preparados para atravessar essa nova etapa, e menos preocupados com as inúmeras dúvidas que nos pudessem atormentar.

No entanto, há que ter em conta que cada caso é um caso, e que as ditas normas, regras, padrões e referências, não são verdades absolutas. São apenas um mero registo ou indicador daquilo que é usual. Mas como em tudo na vida, existem excepções. Excepções essas que se traduzem em, perante situações idênticas, acontecerem factos diferentes, haver várias alternativas e acções distintas que se podem pôr em prática.

E que não podem, de forma alguma, ser consideradas anormais, menos apropriadas, indesejadas ou até evitáveis, apenas porque não correspondem à norma.

Por isso mesmo, embora possa informar-me e esclarecer-me sobre determinado assunto, e ouvir conselhos de alguém, nenhuma outra pessoa que não eu poderá decidir as minhas acções. Ninguém tem o direito de condenar determinado acontecimento ou facto, só porque não se encaixa nos padrões.