Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Creme de ervilhas (à minha moda)

IMG_8530.JPG

 

O meu marido queria fazer sopa.

A que costumamos fazer, de legumes, dá mais trabalho.

Tínhamos um resto de ervilhas no congelador a ocupar espaço.

Sugeri-lhe fazer creme de ervilhas, mas...

 

 

Nenhum de nós alguma vez tinha feito.

Nem fazíamos ideia do que levava.

Por isso, inventámos!

 

 

Colocámos numa panela:

- duas batatas médias

- uma courgette

- um alho francês

- cerca de meia embalagem de ervilhas

- um molhinho de coentros

 

 

Levámos ao lume com água e deixámos cozinhar até reduzir e estar tudo cozinhado.

Triturámos.

Juntámos sal e azeite qb.

Levámos novamente ao lume para engrossar um pouco.

 

 

Eu nunca tinha feito, nem provado.

Gostei.

Por uma receita que vi depois, não fugi muito, mas dizia que deve ser acompanhado de pão torrado.

Estou como o vento...

...furiosa, raivosa, irritada!

 

 

O vento, lá fora, sopra com tanta força que parece que está zangado com o mundo!

E eu, cá dentro, sopro ainda com mais força! Não porque esteja zangada com o mundo, mas porque me irritam certas atitudes de quem, apesar de tudo, já seriam de esperar.

Afinal, cada vez mais o mundo é dos patrões. E nós somos meros funcionários.

Até há um dia atrás, ninguém tinha falado em férias. Como queria organizar a minha vida e não gosto de o fazer em cima da hora, puxei o assunto. Ninguém sabia ainda, ninguém tinha planeado nada.

Mas, nessa tarde, depois de o chefe e a colega se reunirem, o primeiro chega ao pé de mim e pergunta-me, em modo de afirmação: "A Marta assim não tem nada marcado, pois não?!". Como é que poderia marcar alguma coisa sem saber quando podia ir de férias? A minha vontade foi dizer que sim. Mas não sou assim. Disse a verdade.

De qualquer forma, de nada adiantava ter, porque os planos já estavam feitos, e já tinham decidido por mim. Custava muito perguntar-me antes de escolherem? Custava muito consultar-me? Não! Trabalhamos aqui apenas nós os três, e eu era a única que já tinha alguns dias em vista. Infelizmente, todos os anos sou obrigada a alterar os planos iniciais, para que o escritório não feche, para que nenhum deles fique sozinho, para que eu não fique cá sozinha, ou porque em determinado momento não convém. Mas eu sou a empregada. Eles ficam com a parte boa, e eu com as sobras.

Nem estou assim tanto pelas férias da treta que vou ter, mas mais pela atitude que tiveram.

E reclamar para quê? Ao menos tenho férias, é sinal que tenho trabalho. Há tanta gente de férias que quer trabalho e não tem!

Por isso, por agora contento-me, com ligeiras modificações, com estas míseras férias. Mas na época do Natal não me apanham cá!