Mentiras que se contam

Ah e tal, o pensamento positivo atrai coisas positivas.
Ah e tal, fé e confiança são meio caminho andado para coisas boas acontecerem.
Ah e tal, isto e aquilo dão sorte.
Pois...
Mentiras que se contam!
Naquele dia, nada resultou.
Nem positivismo. Nem fé. Nem confiança.
Nem rezas. Nem rituais. Nem torcidas.
Nem amuletos da sorte. Nem mantras.
Naquele dia, o Universo estava, simplesmente, do contra.
Aliás, os sinais já tinham começado na véspera.
E continuaram ao longo daquele dia, até ao momento da verdade.
Que, obviamente, correu mal.
Naquele dia, a sorte não esteve do seu lado.
Ah e tal, foi como tinha de ser.
Da próxima vez será melhor.
Estava destinado.
Pois...
Mais mentiras que se contam!
A culpa foi do imprevisto do dia anterior.
Ou do tempo, que decidiu chover.
Ou do trânsito, que complicou.
Ou do dia que escolheu.
Ou da hora em que saiu à rua.
Foi de si.
Foi dos outros.
Foi de tudo.
Mas, no fim, porque não, mais uma mentira: a culpa foi da banana!



