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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

As mil e uma tentativas de ligar para a Meo!

(e a minha quase desistência)

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Chego à conclusão de que aquilo que é pensado para tornar a nossa vida mais simples é, também, aquilo que, em determinados momentos, a torna muito mais complicada. 

Até mesmo em algo tão simples, como fazer uma chamada telefónica!

 

Queria esclarecer uma situação com a Meo.

 

Primeira tentativa:

Ligo para o apoio a cliente.

Surge o atendimento automático que me anuncia que, agora, não é preciso recorrer ao teclado, bastando "falar" o que pretendemos.

Oops... falar não dá muito jeito naquele momento.

Desligo, e espero por melhor ocasião.

 

Segunda tentativa:

Digo "tarifários", prossigo com "actual", e o sistema assume que eu quero saber informações sobre o meu tarifário, pelo que me manda uma mensagem escrita, debita o tarifário oralmente, e fico na mesma, porque não era nada daquilo que eu queria.

 

Terceira tentativa:

Boa! Desta vez é à moda antiga, com teclado. Lá primo os números indicados consoante o assunto, até que me pede o contribuinte ou pin original.

Digitei o contribuinte. Não estava associado ao número de telemóvel em questão.

Mau... Não fazia ideia de qual era o pin, e fui procurar no site quando oiço a mensagem "a sua chamada vai ser terminada".

Ora bolas. Nem me deu tempo...

 

Quarta tentativa:

Voltámos à fala.

De alguma forma, consigo que me passem a um assistente. Tempo de espera de 1 minuto.

Atendem-me. Explico o assunto e dizem que vão passar para o respectivo departamento. 

Mais de 15 minutos à espera, e tive que desligar a chamada, porque tinha outras coisas para fazer.

 

Quinta tentativa:

A única coisa que muda é que, em vez de me saudarem com um "bom dia", é com um "boa tarde".

Farta de tanta mariquice, digo logo "falar com assistente". E eles assim fazem.

É desta, penso eu! Só que não...

Mais uma vez, quase vinte minutos em espera, apesar de me terem informado que seriam 5, e não pude continuar em linha.

 

Sexta tentativa:

Mais do mesmo.

 

Já estava mesmo para esquecer o assunto. Desistir de ligar.

Até porque já tinha remediado a situação. Mas...

 

Sétima tentativa:

Atendimento automático por teclado.

Inserir os dados.

Ainda me lembrava do pin.

Chamada transferida para assistente.

E, voilá! Atendem-me à primeira!

Explico a situação.

Como me calhou uma assistente simpática, profissional e com vontade de não perder uma cliente, resolveu o assunto da melhor forma possível.

 

E aqui está uma boa razão para nunca desistir!

Mesmo quando do outro lado nos levam ao limite da paciência 

 

 

 

 

Ir à praia em tempo de pandemia

Itália: empresa cria barreiras divisórias para praias e ...

 

Eu sei que nós, humanos, reclamamos muito, nem sempre aceitamos bem a mudança, nem sempre reagimos bem às adversidades, mas temos uma infinita capacidade para nos adaptarmos, assim sejamos obrigados, ou queiramos fazê-lo.

 

De certa forma, é essa a grande prova que temos vindo a superar com a quarentena, o confinamento, o teletrabalho, e todas as medidas que temos que seguir naquilo que nos é essencial.

 

Com o progressivo desconfinamento, começam também a vir as regras e recomendações para os espaços de lazer que, não sendo essenciais, acabam por também fazer parte da nossa vida e contribuir para o nosso bem estar.

 

A praia, é um desses locais.

Mas, confesso, não sei se estarei preparada para usufruir da praia, algo que é suposto libertar, descontrair, relaxar, em tempo de pandemia, com todas as limitações inerentes.

É certo que adoro a praia, adoro um bom banho de sol e um bom mergulho, mas seria um pouco assim:

- apanhar autocarro e fazer o percurso com máscara

- sair do autocarro, tirar a máscara

- chegar à praia e ver como está a lotação (em dias normais, é tipo sardinha em lata, por isso, o mais certo é já estar cheia)

- se houver espaço, ver por onde devemos seguir para lá chegar; se não, procurar outra praia da zona, que esteja disponível (se não houver, fizemos a viagem em vão, e voltamos mais cedo para casa)

- tentar medir a distância a que ficamos, de quem já lá estiver, seja no areal, seja no mar

- depois, é a constante preocupação com o possível contágio, por quem se aproxima mais do que deve, por quem espirra ou tosse ali perto, 

- é o não se poder usufruir da praia na sua totalidade, e com a liberdade que gostaríamos

- no final, voltar a colocar a máscara, para apanhar o autocarro e voltar a casa

 

Até pode correr tudo bem.

Até me posso vir a habituar.

Até posso não resistir a ir, nem que seja para dar um mergulho e vir embora, em horários que antes não fazia, só mesmo pela sensação de deixar lá todo o stress, purificar, revitalizar.

Mas não é a praia que eu gosto de fazer. Não é a praia a que sempre me habituei a fazer, desde a infância.

E palpita-me que posso sair de lá pior, do que não indo.

 

Vamos ver quando chegar as férias, se mudo de ideias e me rendo a esta nova forma de fazer praia ou se, pela primeira vez, corto temporariamente relações com ela! 

 

 

 

Aquele momento em que tudo nos desaparece e começamos a panicar!

Imagem relacionada

 

1.º Panicanço

No outro dia, estava a chegar a casa e procuro, como habitualmente, a chave de casa dentro da mala.

Não a vejo mas, como lá dentro tenho sempre mil tralhas, e nem sempre arrumadinhas, não liguei. Sabia que o meu marido estava em casa e bati à porta.

Já em casa, reviro a mala toda, e nada de chave. 

Será que perdi pelo caminho? Será que saiu sem eu dar conta, ao tirar outras coisas da mala, num dos locais onde fui? Será que a levei sequer? Terei deixado na porta no dia anterior, e alguém ma roubou?

Já estava a stressar, não só pela chave em si, mas pelo próprio porta-chaves, que me foi oferecido e tem um significado especial.

Já sem grandes opções de onde pudesse estar, e com a barriga a dar horas, ainda assim lembrei-me de ir a casa da minha mãe, onde tinha estado antes, para ver se por acaso tinha caído por lá. Não tinha muita esperança.

Ela abre a porta, pergunto-lhe se por acaso viu alguma chave e responde-me ela: "Sim, deixaste-a ali em cima da mesa!"

E eu só pensei "E não me podia ter ligado logo, assim que a viu, para eu não me preocupar!?"

 

 

2.º Panicanço

Tinha a ideia de ter estendido um par de meias mas, quando estava a arrumar a roupa, só tinha uma. Procurei no chão, no quintal, nas máquinas de lavar e secar, na dispensa, nos carapuços da camisola e casaco, não fosse lá estr enfiada, e nada.

Já tinha desistido quando, ao dobrar uma camisola, descubro a meia enfiada dentro da manga daquela!

 

 

3.º Panicanço

Também com uma meia!

Sabia que tinha estendido as duas, e que as tinha apanhado, mas voltava a só ter uma. Depois de ter procurado em todos os sítios da situação anterior, descubro-a no chão, quase debaixo do sofá.

 

 

4.º Panicanço

Porque não sou só eu que perco coisas lá por casa, estávamos a sair de casa, para ir celebrar o aniversário do meu marido, quando ele percebe que não tem a chave do carro. Procuramos nos sítios mais comuns, onde ele costuma deixar, mas não encontrámos.

Como estávamos atrasados, acabou por levar a suplente.

Ainda procurámos, mais tarde, na roupa que ele tinha vestido no dia anterior, na máquina de lavar, e nada.

Ele dizia que tinha quase a certeza que a chave tinha caído para debaixo da cama.

Andei a tirar tudo lá de baixo, mas nem sinal.

No dia seguinte, fui à entrada porque a gata me estava a chamar, olho para a máquina de secar, que estava a trabalhar, e deparo-me com a chave ali encostada ao vidro, a rir-se de nós!

 

 

Os panicanços da filha

Quase sempre, quando ela não sabe de alguma coisa, chama-me. 

Como se fosse eu que tivesse mexido nas coisas e soubesse onde ela as enfiou.

Mas a resposta dela é sempre esta "Tu és mãe, e as mães descobrem sempre tudo!"

Reflexão do dia

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Será que existe mesmo...

 

"Inveja boa"

"Stress saudável"

"Ciúmes benéficos"

 

e tantas outras expressões contraditórias que utilizamos no dia-a-dia?

 

Em que utilizamos adjectivos positivos para caracterizar algo que, por si só, é negativo?

Ou serão apenas desculpas que utilizamos para minimizar aquilo que sentimos, para não parecer tão mal aos olhos dos outros?

 

 

 

 

Viver continuamente sob stress...

Resultado de imagem para viver sob stress

 

... não é para mim.

Há quem goste dessa adrenalina, dessa correria, desse stress constante de viver sempre ali no limite, de ter mil e uma coisas para fazer e consegui-las, nem que seja no último minuto!

Para algumas pessoas, só assim a vida faz sentido, só assim se sentem vivas, activas, úteis.

 

 

Para mim, não dá.

A mim, faz-me sentir pressionada, ansiosa, preocupada, nervosa, stressada e, até, irritada.

Nunca fui disso, mas cada vez mais preciso de paz, sossego, calma, tranquilidade, de fazer as coisas ao meu tempo, e não em contrarrelógio.

De fazer as coisas por gosto, com a devida atenção dada a cada uma delas em particular, e não de as fazer de empreitada, como se costuma dizer "a aviar porcos".

 

 

Quando começo a ver muitas coisas a juntarem-se ao mesmo tempo, e percebo que não sei se terei tempo para todas elas, nem como vou dar conta delas em tempo útil e com a celeridade que, por vezes, é necessária, começo a entrar em parafuso.

Parece uma onda gigante que vem lá ao fundo e se está a aproximar, e da qual só nos apetece fugir.

No entanto, até ver, tenho-me mantido dentro de água e, quando a onda chega e passa por mim, afinal não era assim tão grande como parecia.

Até um dia...

 

 

E por aí, são daquelas pessoas a quem o stress dá energia e pica para viver, ou das que preferem a tranquilidade?