"Um Natal Contigo"
Um filme que mostra como os artistas são descartáveis, substituíveis, apenas usados como fonte de lucro.
E como estão cada vez mais dependentes das redes sociais, dos likes, do aceitação do público, não só a nível profissional, como até a nível pessoal.
Tudo para manter a fama, os fãs, e uma imagem que, na maior parte das vezes, é fabricada e totalmente falsa.
Porque a verdade, e a realidade, não vendem. Ou assim o pensam as agências que gerenciam as carreiras dos artistas.
A exigência, a competição, a obrigação, são as palavras de ordem.
E quem não aguentar, quem não satisfizer, quem não apresentar o que lhes é ordenado, está fora.
Ah, sim, o filme é uma comédia romântica! Com música à mistura. E algum sentimentalismo. Mas não foi isso que me captou a atenção.
"Caidinha pelo Natal"
Em comum com o filme anterior, o facto de as protagonistas se apaixonarem por um homem viúvo, e pai de uma filha, que cria com a ajuda da mãe/ sogra.
Mera coincidência.
Também o facto de, no primeiro filme, a protagonista se focar mais na música, e no que ela lhe possa trazer, do que em aproveitar as coisas simples, e mais verdadeiras, de deixar-se levar pelo momento, e pelos sentimentos, enquanto no segundo a protagonista ser uma mulher rica e mimada que, de repente, perde a memória e vive momentos diferentes, numa vida que não é a sua, mas da qual começa a gostar.
Outra coincidência.
A mensagem:
É preciso seguir em frente, e arriscar. Lutar por aquilo/ aqueles que queremos. Dizer aquilo que teimamos em guardar para nós.
"Enola Holmes 2"
Num mundo dominado pelos homens, as mulheres têm que lutar para conquistar o seu lugar, lutar pelos seus direitos, e concretizar os seus objectivos.
Entre elas, há as que lideram, as que dão a cara, as que se manifestam, as que põem as mãos na massa, por elas, e por todas.
E há as que vão mais além, e desafiam, criando o seu próprio jogo, na invisibilidade e inferioridade do seu estatuto, sem que ninguém lhes dê atenção, criando o disfarce perfeito.
No entanto, convém ter em conta que, em qualquer luta, e na vida em geral, tudo fica mais fácil, seja para os homens, seja para as mulheres, quando se tem aliados.
Quando se tem amigos, em quem confiar, e com quem contar.
Quando não se tornam almas solitárias, que querem fazer, e viver, tudo sozinhas.