A convidada de hoje é Telma Monteiro Fernandes, autora do romance "A Rainha Desejada", recentemente lançado.
Fiquem a conhecê-la um pouco melhor nesta entrevista!
Quem é a Telma Fernandes?
Tenho 33 anos, sou uma jovem aspirante a escritora, do signo leão e vivo o meu dia a dia para os que mais amo. Sou uma sonhadora, romântica e escolho bem as minhas lutas, quando começo, é para ir até ao fim, seja para ganhar ou perder.
Como surgiu a paixão pela escrita?
A paixão pela escrita, surgiu do meu maior vício, a leitura. Sempre adorei ler, desde muito nova, por fim, senti o chamamento para escrever, senti que chegara a altura de exteriorizar.
Quais são os seus autores de referência, tanto a nível nacional, como internacional?
Tenho muitos, por exemplo, a nível nacional, adoro ler Inês Botelho e Margarida Rebelo Pinto. Internacionalmente sou apaixonada pela escrita e criação de Sherrilyn Kenyon e Karen Marie Moning.
Em que momento decidiu que queria partilhar com o público aquilo que escreve? Quem mais a apoiou nessa decisão?
A pandemia e a suas consequências veio abrandar o meu dia a dia, por isso, decidi que tinha chegado a altura, acreditei que já tinha maturidade suficiente para escrever romances. A minha mãe e o meu marido apoiaram a 100 por cento a decisão e fizeram até, algumas observações durante a escrita da obra.
“A Rainha Desejada” é o seu primeiro romance. Em que/ quem se inspirou para escrever esta história?
Tenho 33 anos, apenas vivi fora de Alcochete 4 anos, e mesmo assim visitava os meus avós em Alcochete.
Cresci numa vila muito tradicional, que respeita a história e a tradições e aprendi a fazê-lo também.
Como deve imaginar passei milhões de vezes pelos lugares que descrevo no livro... passei a pé, de carro, de bicicleta. Passei em criança, em adolescente e em mulher.
Sempre que eu passava por tais lugares, a imaginação fluía e criava algo, ficando na minha cabeça e aguardando o momento certo para ser libertada.
Quais foram as principais dificuldades com as quais se deparou durante o período de criação do romance, e no que respeita ao lançamento e divulgação?
Sinceramente, não tive nenhuma dificuldade técnica na criação do romance. A minha inspiração e imaginação são inesgotáveis. Mas por ter uma criança pequena, em casa comigo e que depende ainda de mim, diminui o meu tempo livre.
Durante a criação do romance, de dia era a mãe e filha, à noite era a esposa e de madrugada a escritora. Sobrando apenas umas horinhas para dormir.
No lançamento e divulgação, os obstáculos são muito grandes, e infelizmente sou uma grande vítima desses obstáculos.
O facto de ser mulher, jovem, inexperiente e principalmente o facto de não ser “amiga” de alguém influente, é um grande obstáculo na divulgação de um livro, principalmente em Portugal.
No início, a Telma faz uma dedicatória - “Para os meus filhos… a minha filha no céu… o meu filho na terra…”. Qual o significado destas palavras?
Significa literalmente o que escrevo, sou mãe de dois filhos, um menino que está comigo na terra, e sou mãe de uma menina, que infelizmente não está comigo, é um anjinho recém-nascido.
A morte da minha filha foi um marco na minha vida, nunca mais me senti igual, tudo mudou, mudaram os meus sonhos, os meus sentimentos, o meu carácter e até as minhas prioridades.
Alguns meses depois, veio o meu menino, o arco-íris depois da tempestade, e percebi que apesar de um filho não substituir o outro, que voltara a ter uma razão para respirar, sonhar e sentir.
Na trama, a personagem principal viaja no tempo, até ao século XV, e ao solar do rei D. Manuel I. É importante para si, a par com o entretenimento conjugar, nos seus livros, um pouco da História de Portugal que é no fundo, a história de todos nós?
Gosto de escrever romances com bastante fantasia, sensualidade e misticismo à mistura, mas também acho importante ser o mais fiel possível à realidade, pois assim consigo oferecer mais realismo a uma história encantada.
Conjugar a história de Portugal, com o meu romance fantástico foi uma oportunidade perfeita, pois como escritora/autora posso imaginar e criar algo bonito, mas para ficar incrível, tem de ter a possibilidade remota de poder mesmo ter acontecido.
Os animais assumem um papel de destaque neste romance, nomeadamente, uma gata preta – a Dama. Foi uma forma de trazer o misticismo que os envolve para tornar o enredo ainda mais mágico?
Os animais são os amigos mais fiéis que o ser humano pode ter na vida, principalmente os cães, gatos e cavalos, pois na minha opinião estas três espécies, estão dotadas de um 7.º sentido, o sentido de amar e proteger incondicionalmente o Homem.
Como tive a sorte de ser muito amada, desde bebé por animais, usá-los para introduzir o misticismo e a magia encantada no meu primeiro romance, é também a minha maneira de os homenagear.
Apesar do lançamento recente do livro, que opiniões lhe vão chegando por parte dos leitores que já tiveram oportunidade de o ler?
Inacreditavelmente, ainda não recebi nenhuma opinião negativa, mas as opiniões, na maioria das vezes, chegam em forma de questões e fico verdadeiramente feliz por isso.
Prefiro sempre leitores que questionam, pois, faz com exista uma interação entre escritor e leitor, e isso dá-me a possibilidade de analisar o que os leitores gostaram, do que não gostaram e principalmente do que desejam.
Se tivesse oportunidade de atravessar um portal do tempo, e escolher viajar até ao passado, ou ao futuro, que época gostaria de visitar, e por que motivo?
Sinceramente, se tivesse oportunidade juro que não o faria.
Se eu fosse ao passado com certeza tentaria evitar episódios de grande sofrimento, tanto a nível pessoal como a nível mundial, mas penso que se o fizesse iria alterar o presente e até mesmo o futuro.
E apesar de ter sofrido muito, também fui e sou muito feliz.
A ideia a nível mundial é a mesma… Apesar da parte negativa, também existem as coisas boas.
Não se deve mexer ou desafiar o desconhecido.
Este primeiro romance faz parte de uma coleção intitulada “As Encantadas”. O que pode o público esperar das próximas obras?
O segundo livro da série estará disponível ainda em 2021. Como autora/escritora, seguirei sempre ao sabor da minha inspiração, imaginação, com liberdade total, sem rótulos e sem travões. O tema abordado será sempre o mesmo, romance apaixonante e lendário. E as mulheres da série "As encantadas" serão sempre especiais!
Muito obrigada, Telma!