Porque é que tantas vezes as evitamos?
As adiamos?
Porque é que, tantas vezes, tentamos contorná-las?
Empurrá-las para outra pessoa?
Porque as tememos tanto?
Porque receamos tanto as suas consequências? Os seus efeitos?
Porque evitamos tanto assumir essa responsabilidade?
Nem sempre é fácil tomar decisões.
Nem sempre há decisões fáceis de tomar.
Ainda assim, é preciso tomá-las.
Tomar decisões implica coragem. Determinação. Que nem sempre temos.
Há inações que esperam acções.
Há momentos que pedem decisões.
Há pedidos ocultos que apelam a decisões.
Há silêncios que gritam por decisões.
Há urgências que obrigam a decisões.
A decisão que tem de ser tomada, neste momento, é necessária, ainda que não consensual.
De um lado, está o respeitar da vontade do outro. O não querer agir, para não melindrar. O acatar do desejo do outro, se isso o faz sentir melhor. Ainda que, na prática, lhe esteja mesmo a fazer pior.
De outro, está o agir o quanto antes, de forma radical, para evitar o pior. Ainda que, fazendo-o, se vá contra a vontade e desejo do outro, e se arrisque a, na ânsia de querer o melhor, levar ao pior.
E, no meio, está o tentar conseguir alguns progressos, o tentar respeitar a vontade, ainda que com algumas cedências, para que o pior não chegue nem de forma passiva, nem de forma activa, mas sem certezas de, nesse tempo, conseguir melhorar o que quer que seja. O que, provavelmente, poderá ser um arrastar negativo.
Pois, é difícil decidir...
Mas alguma decisão terá que ser tomada.
Antes que seja tarde demais.
Se não for já tarde demais...