A "bola de neve" dos créditos
Seja por culpa da actual crise, por ambição, má gestão ou outra qualquer razão, muitos portugueses se encontram endividados, com créditos por pagar, e alguns até insolventes.
Como tudo começa?
Bem, os ordenados costumam satisfazer as necessidades básicas, mas há momentos em que precisamos de mais. Se não temos, temos que encontrar forma de o conseguir. A opção mais fácil é recorrer a um crédito.
Este não é um post contra os créditos, ou contra quem os contrai porque deles realmente necessita, mas sim uma chamada de atenção para os riscos que existem quando a eles se recorre. Contrair um crédito é quase como experimentar um cigarro, ou droga, pela primeira vez. Há os que se ficam por essa primeira vez. Há os que tornam a experimentar, ocasionalmente, de forma controlada. Mas também há os que gostam da sensação, da facilidade de ter dinheiro na mão e se tornem viciados. Esse, sim, é o grande risco!
Pede-se um crédito para determinado fim. Entretanto, surgem outros problemas e pede-se outro. Mas duas prestações são difíceis de pagar, por isso, pede-se um outro crédito para pagar os dois anteriores. E, assim, se vai formando uma autêntica bola de neve que pode dar mau resultado. Quando se dá por isso, já estamos tão enredados nessa teia de créditos que não sabemos como dela sair.
As tentações apresentam-se sob as mais variadas formas: cartões de crédito dos respectivos bancos, entidades financeiras, cartões de crédito associadas a superfícies comerciais, empréstimos bancários, etc.
E nem precisamos de nos esforçar muito porque publicidade é o que não falta. Publicidade, facilidades para atrair e promessas de solução para todos os problemas. No entanto, nem sempre é a solução do problema, mas sim o começo dele.
Como disse, não tenho nada contra os créditos. Já recorri a eles algumas vezes porque compensava. E, muitas vezes, são mesmo a única hipótese que uma pessoa tem.
Mas é importante ter em conta a prestação que se vai pagar, tentar sempre cumprir, e evitar recorrer, simultaneamente, a outros créditos se se souber que, à partida, não se vai conseguir pagar.
Acho que o "segredo" está mesmo em pensar, analisar e medir prós e contras antes de agir, ao contrário de muitos, que agem primeiro e só depois pensam nos erros que cometeram, quando já é tarde demais para voltar atrás.