Big Brother: A Revolução
Parece que estreou no passado domingo aquele a que apelidaram de "Big Brother: A Revolução", um programa que pretendia celebrar os 20 anos do primeiro reality show exibido em Portugal.
Pois, para mim, a verdadeira revolução do Big Brother não é este programa, mas sim o anterior.
Esse, sim, foi uma verdadeira revolução a vários níveis:
- mudança da casa para a Ericeira (um verdadeiro retiro agora transformado em prisão)
- mudança de apresentador (pode não ter sido a melhor aposta, nem a prestação ter sido a melhor, mas foi diferente)
- uma escolha de concorrentes muito distintos entre si, e como há muito não se via em reality shows, cada um com as suas causas, umas melhor defendidas e debatidas que outras
Agora este novo programa, a que lhe chamaram "revolução", talvez por não haver regras ou estas poderem mudar a qualquer instante, e pelo aspecto que quiseram dar à casa, não me parece nada revolucionário. Parece-me mais um "Salve-se Quem Puder", no meio de tanta gente com a mania que é boa, e que sairá dali com um futuro garantido, misturado com um "Bem vindos à Selva".
Não se pode dizer que seja um regresso às origens, porque os primeiros Big Brothers não se assemelhavam tanto às "Casas dos Segredos" e aos "Love on Top" que lhe sucederam.
Quanto à Teresa Guilherme, a rainha dos reality shows, não nego o "à vontade" que tem para este tipo de programas, como um peixe na água.
Das primeiras vezes que vi o Cláudio Ramos a apresentar, desejei a Teresa de volta.
No entanto, pelo que vi no último domingo, fiquei com a sensação de que a Teresa fez o melhor ao longo dos últimos anos de apresentação neste tipo de programas, mas deveria ser um capítulo encerrado.
Penso que nos cansámos da imagem, do discurso. A mim, apeteceu-me ver uma cara nova ali.
Para já, não penso acompanhar este novo Big Brother.
Quem sabe lá mais para a frente.