"Toda a Verdade", de Cara Hunter
Há muitos anos, um homem foi julgado e condenado com base em provas "plantadas" para o incriminar.
Ele era, sem dúvida, culpado.
Mas, na falta de provas contra ele, e sob pena de ficar em liberdade e continuar a actuar, alguém tinha que o travar. E essa foi a forma.
Ele jurou vingança contra quem o tramou.
Agora que está em liberdade condicional, chegou a hora.
E ele vai pagar na mesma moeda.
Destruir a vida e carreira daquele que, um dia conspirou contra ele, incriminando-o com provas plantadas, que ninguém pode refutar.
A diferença é que, esta pessoa, está inocente.
Adam sabe quem o está a incriminar, e porquê.
Mas não parece haver muita gente a acreditar na sua teoria.
Conseguirá Alex, a sua mulher, grávida de risco, e principal responsável por esta situação, salvar o marido, e proteger o bebé que espera?
Numa história paralela, uma professora é acusada de assédio sexual por um dos seus alunos.
Ela nega. Mas esconde alguma coisa.
Ele confirma. Mas esconde alguma coisa.
Onde termina a verdade, e começa a mentira?
Até onde são capazes de ir, para manter a sua versão da história?
"Toda a Verdade" é um livro que, de certa forma, encerra um capítulo, há muito, em aberto.
Um ponto final, e um recomeço para Adam e Alex.
Ao mesmo tempo, umas reticências para Marina.
Nós ficamos a saber a verdade mas, neste caso, os intervenientes safam-se sem grandes consequências, e sem que a realidade seja descoberta.
Mais uma vez, a autora entrega-nos uma boa história, que não queremos parar de ler até ao final.