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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Perspectivas...

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- Não te cansas de viver como se estivesses, constantemente, numa montanha russa?

  Não te cansas dessa constante adrenalina? 

  Uma pessoa não chega a um ponto que fica tonta? Desnorteada?

- Talvez...

- E não tens vontade de parar? De sair?

- Vontade, tenho. Mas... Se a montanha russa parar, se eu sair dela, o que me resta?

- Um momento de pausa, de tranquilidade, de calmaria?

- Pode ser. No entanto... Que emoções terei eu, para viver, assim? 

  Não sobra nada.

  Apenas um vazio.

   Que me levaria a querer voltar à montanha russa...

A "ressaca" do Natal

(1 Foto, 1 Texto #65)

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Depois da correria, da azáfama, da euforia, e da noite de festa, eis que o dia amanhece tranquilo.

E, surpreendentemente, tendo em conta o frio dos últimos dias, quente!

Pelo menos, pela hora de almoço.

 

A "ressaca" do Natal faz-se sentir.

As pessoas acordam mais tarde.

E, muitas, deixam-se ficar em casa.

Afinal, ainda há um almoço. Mais comida e bebida. Mais celebração.

 

Mas há, também, que pôr a casa em ordem (mínima).

Há papéis de embrulho, caixas e caixinhas, sacos e saquinhos, fitas, laços e lixo para despejar.

Arrumar, nem que seja provisoriamente, os presentes recebidos.

 

E há a própria vida, que segue, porque é mais um dia.

Mas as ruas da vila estão desertas.

Só uma ou outra pessoa a passear o cão, mais por obrigação, do que vontade de sair.

Um ou outro corajoso, a fazer exercício. Quem sabe para compensar os excessos da noite.

 

Os cafés estão fechados e, por isso, o convívio faz-se em casa.

Embora meia dúzia de "gatos pingados" tenha vindo à rua fumar.

E trocar dois dedos de conversa.

Talvez para fugir, por instantes, do ambiente familiar.

 

Até o sol parece ter pouca vontade de se fazer sentir, deixando as nuvens levarem a melhor durante a tarde.

Uma tarde meio cinzenta, parada, calma, insossa.

À excepção das cabrinhas, que por ali andam a ver o que se pode comer. 

E dos coelhos bravos que, àquela hora, estão animados, e prontos para a correria.

 

Na objectiva, o retrato de um dia prestes a despedir-se.

Um último raio de sol.

Uma vila solitária e recolhida.

Gente que, naquele dia, fica dentro de portas, a recuperar para o dia seguinte.

A "ressaca" da "ressaca do Natal"!

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

Vislumbre de um brilho há muito perdido

(1 Foto, 1 Texto #62)

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Ao olhar para o brilho daquela baga, lembrou-se do brilho que, outrora, também irradiava e que, algures no tempo, e por força das circunstâncias, se foi perdendo.

Aquele brilho que advinha da tranquilidade, da alegria, da sua faceta mais descontraída, e divertida.

Um brilho, proveniente do enamoramento, da paixão, do amor.

 

Um brilho, há muito, perdido.

Que julgava nunca mais encontrar.

Mas que, nos últimos tempos, por ironia, parece querer reaparecer.

Como se, de repente, se lembrasse de lutar para ter o seu lugar de volta.

 

No entanto, este brilho é diferente.

Nem melhor, nem pior.

Apenas diferente.

Talvez por ser uma fase diferente. Uma vida diferente.

 

E é um brilho mais ténue.

Que, a qualquer momento, pode recuar.

E voltar ao lugar onde andou perdido, para não mais voltar.

Ainda assim, porque não deixá-lo luzir, por breves instantes?

 

Como uma última dança.

Mesmo quando já todos abandonaram o baile.

Quando a música estás prestes a acabar, e as luzes a desligar-se.

Antes que a magia se dissolva. 

E o brilho se apague para sempre...

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

 

10 formas de uma pessoa se sentir reconfortada e tranquila (de acordo com os livros)!

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- Um bom guisado, sopa ou outra refeição quente e calórica

- Um banho de água quente

- Uma bebida quente como café ou chá, um bom vinho ou um copo de whisky

- Uma roupa confortável

- Uma cama feita de lavado 

- Um animal de estimação (sobretudo, cães e/ou gatos)

- Uma massagem

- Ouvir música, dançar, ler um livro

- Um abraço

- Sexo

Manhã calma em Mafra

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Hoje está uma manhã calma, em Mafra.

Calma, e suave. Leve.

 

Está vento, mas não aquele vendaval dos últimos dias.

O céu está num tom azul clarinho, com algumas nuvens esbatidas aqui e ali.

Vêem-se muitos pássaros no céu, a voar de uma lado para o outro, em alegre dança.

 

Mafra está tranquila, a adivinhar o feriado que aí vem, e fazer esquecer que hoje ainda é dia de trabalho. E de aulas.

Olho à minha volta, e faz-me lembrar aquelas vilas dos desenhos animados, dos filmes ou dos livros.

Uma vila familiar. Com poucos habitantes.

 

Onde o dia ainda está a começar a despertar, e não teve início a azáfama das horas seguintes.

E onde não se vê aquele comboio de carros que circula, lentamente, pela estrada, em hora de ponta matinal.

 

Olho à minha volta, e sinto uma boa energia.

Um pressentimento de que será um bom dia. 

E que nada, nem ninguém, o irá estragar, venha o que vier.

Mas, de preferência, que não venha!