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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Tirar a carta de condução e ter carro ainda compensa?

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Desde há muito que ter carta de condução e, de preferência, carro, é visto como uma mais valia, sobretudo quando as pessoas não têm trabalho perto de casa, e são obrigadas a deslocar-se para outras zonas.

Quem tem carro, nunca está dependente. 

E, mesmo que não tenha carro próprio, a carta permite conduzir. Portanto, haverá sempre a possibilidade de levar o carro da mãe, ou do pai, ou outro familiar qualquer.  

Normalmente, até são os dois membros do casal a ter carro.

 

Hoje em dia, estão em maioria as ofertas de emprego que pedem, como requisito, carta de condução. 

Cada vez se criam mais postos de trabalho em zonas afastadas dos centros, e onde, muitas vezes, os transportes públicos não chegam, ou não chegam em horários compatíveis.

Mas não é só pela necessidade de chegar ao trabalho a tempo e horas.

Alguns trabalhos envolvem, eles próprios, condução e, até, viatura própria.

 

No entanto, a verdade é que, na mesma medida, cada vez se incentiva mais o uso dos transportes públicos, em detrimento do carro.

Os passes ficaram muito mais baratos. 

A gasolina e o gasóleo, cada vez mais caros.

Andar de carro, para grandes distâncias, não compensa, em termos de gastos.

 

Só que, como uma "pescadinha de rabo na boca", a verdade é que estamos muito mal servidos a nível de transportes públicos.

Há pouca oferta, poucos veículos, horários escassos.

Tem-se assistido a passageiros deixados nas paragens, à espera do autocarro seguinte, porque aquele vai cheio.

Isso gera transtornos. Atrasos. 

Ninguém tem vida para chegar tarde e más horas ao trabalho, por culpa das empresas de transporte.

 

E volta a equacionar-se o carro.

E, para isso, a carta de condução!

 

 

Crianças sozinhas em transportes públicos

 

 

Ontem uma amiga minha perguntou-me se a minha filha alguma vez tinha andado de autocarro sozinha.

Respondi-lhe que não. Pelo menos, em distâncias mais longas.

No autocarro da vila, que faz o trajecto aqui pela vila de Mafra, e quando era preciso, já andou de casa para a escola, e vice-versa. 

"Então e deixavas ela vir da autocarro até aqui?" - estamos a falar de apanhar o autocarro que passa por aqui, vindo de Lisboa, com destino à Ericeira.

"Não de certeza!" respondi-lhe sem hesitar!

"Porquê?", voltou a perguntar, ao que eu contrapus com uma outra pergunta "Eras capaz de deixar a tua filha vir daí até cá sozinha no autocarro?".

"Com a idade que tem agora não, mas com a idade da tua não sei."

 

Isto leva-me a questionar: qual a idade certa para uma criança viajar sozinha em transportes públicos? Se é que existe uma.

O meu marido,por exemplo, diz que com a idade da minha filha, ou um pouco mais velho, já andava sozinho de autocarro. Já eu, só o comecei a fazer com os meus 16/17 anos.

Claro que tudo isto irá depender da zona de que estamos a falar, da necessidade, da capacidade de desembaraço das crianças e outros factores.

Mas será seguro os pais deixarem os seus filhos viajar sozinhos neste tipo de transportes, quando ainda mal deixaram de ser crianças? Sobretudo, nos dias que correm?

 

E se fossem os vossos filhos? Deixavam-nos viajar sozinhos?