O dia em que a CGD me traiu
Fui, nas férias, ao balcão de atendimento da Caixa Geral de Depósitos aqui de Mafra, para ver que soluções para aplicações a prazo tinham disponíveis.
Uma miséria!
Uma conta a prazo de um ano, com uma taxa de juro mínima. Nem sequer dão uma caderneta agora, só papéis de contrato, e uma pessoa fica a pensar "para onde foi o meu dinheiro?". Mas isto sou eu que sou pré histórica!
Até aqui, não haveria grande mal.
O pior vem depois "tem aqui uma conta ainda aberta, em nome de Paulo ...".
Era uma conta que eu tinha com o meu ex-marido e que, na altura do divórcio, em 2009, cancelámos. Ou eu assim achava, mas podia estar enganada. No entanto, ele também me confirmou que tratámos de tudo na altura.
Estamos em 2017, passaram 8 anos, e durante estes 8 anos ninguém na CGD percebeu que ainda estava esta conta aberta, nem tão pouco perguntaram porque é que eu tinha uma conta aberta a zeros, sem qualquer movimento nestes anos todos?
Agora, para cancelar, sob pena de começar a pagar despesas de manutenção, é preciso assinatura presencial de ambos!
Por acaso, é uma pessoa com quem mantenho contacto mas, e se não fosse? Como é que resolveriam o problema? Ou se nem sequer estivesse no país?
Mesmo assim, "obrigam" a pessoa a ter que ir ao balcão assinar um documento, e a mim a estar dependente disso.
Mas a última facada ainda estava por vir!
Agora, a partir de setembro, têm novas condições para isenção de despesas de manutenção, e eu não me incluo em nenhuma. O que significa que vou ter que começar a pagar as ditas despesas que, com a conta habitual, ficariam em mais de 80 euros por mês!
Fui "aconselhada" a mudar para uma conta Caixa S, que me fica em € 2,60 por mês, cerca de 30 euros por ano, ficando isenta da anuidade do cartão multibanco (pudera, também já está mais que paga).
"Ah e tal, como tratou disto agora, só vai pagar a comissão em Outubro." Este mês, ao ver os movimentos, estava lá cobrada a comissão!
Confesso que a minha vontade é tirar de lá o dinheiro todo, mas a técnica do colchão não resulta nos dias de hoje, e não sei se noutro banco não será igual, ou pior ainda.
Foi por causa disso que fechei, em 2000, a conta que tinha no BES, ou arriscava-me a chegar ao fim do ano e não ter lá dinheiro!
Foi por isso que, desde então, há 17 anos, tenho uma relação de confiança com a CGD, tendo tido apenas um problema que facilmente se resolveu.
Não esperava esta traição, e o transtorno que me irá causar mudar de banco, alterando tudo o que é prestações que estão a sair da conta.
Mas não vejo grande futuro nesta relação, e o mais certo é terminar de vez, mais cedo ou mais tarde.