Helicobacter pylori
(o que raio é isso?!)
É uma bactéria que se aloja e habita no estômago, responsável por uma das infeções mais frequentes em todo o mundo.
Mas eu nunca tinha ouvido falar.
Em muitos casos, a infeção adquire-se na infância, por via oral, através da ingestão de alimentos ou água contaminados com a bactéria, ou através do contacto físico.
É uma infeção crónica, que pode permanecer durante anos, décadas ou mesmo toda a vida, sem que seja detectada, e sem que a bactéria que a provoca seja eliminada espontaneamente.
Não sei há quanto tempo ela aqui anda no meu estômago, mas fiquei a saber que a tenho, e que é a causa da minha gastrite crónica recentemente diagnosticada.
Embora o exame não tenha sido feito, especificamente, com intenção de a detectar, acabou por dar um resultado positivo.
Os únicos sintomas que tenho, relacionados com a "bicha", são a sensação de enfartamento, à mínima refeição que coma, sensação de barriga inchada, indisposição frequente, enjoos, e cólicas no estômago (que associava a alguma coisa que tivesse comido, por não serem constantes).
Mas há outros sintomas que, no meu caso, não se manifestaram:
- diminuição do apetite e emagrecimento progressivo
- vómito
- presença de arrotos e gases frequentes
- fezes com a presença de sangue
A H. Pylori é considerada pela Organização Mundial de Saúde como um agente cancerígeno. No entanto, ter a bactéria no estômago não significa necessariamente que a pessoa terá cancro. Apenas aumenta o risco de vir a desenvolvê-lo.
Assim, o ideal é que seja feito o tratamento, para tentar erradicá-la do estômago.
Para a sua eliminação, é necessário combinar vários medicamentos, nomeadamente vários antibióticos (subcitrato de bismuto potássico + metronizadol + tetraciclina) e um protector de estômago (omeprazol).
O meu tratamento, a ser feito durante 10 dias, será de 12 cápsulas de antibiótico por dia, mais 2 protectores de estômago, ou seja, 140 comprimidos em 10 dias, 14 por dia.
Não sei se morro da doença, ou da cura!
A médica já me alertou que nem toda a gente tolera o tratamento, e desejou-me boa sorte.
Pelo menos, tenho uns dias para me habituar à ideia, porque o antibiótico está esgotado! Não é um medicamento que se possa pedir ao laboratório e, como tal, fiz reserva em 2 farmácias, para quando o laboratório lhes entregar uma embalagem (pelos vistos só entregam uma ou duas por mês) ficar para mim, até porque sou a única na lista de espera.
Não havendo vacina, a única prevenção, que não garante a não infecção, é apostar em bons hábitos de higiene.
Alguém por aí já teve a dita cuja?
Deram-se bem com o tratamento?
A bactéria foi eliminada à primeira? Ou tiveram que repetir?