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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Somos parte da Natureza...

(e agimos como ela)

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Porque é que não está sempre sol?

Porque a chuva também faz falta. 

Sem sol, não haveria chuva. E, sem chuva, não haveria sol.

Porque é que não nos sentimos sempre felizes?

Porque a tristeza também faz falta.

Sem felicidade, não haveria tristeza. E, sem tristeza, não haveria felicidade.

 

Podemos viver vários momentos felizes mas a verdade é que as outras emoções, tal como as gotas que se evaporam e formam as nuvens, também se vão acumulando e, quando percebemos, é necessário descarregá-las, tal como a chuva que cai. 

Um céu não está permanentemente coberto de nuvens, sem que o sol volte a espreitar. Da mesma forma, também não nos sentimos sempre tristes, em baixo, deprimidos, sem que a alegria nos volte a contagiar, e levar a melhor.

 

Um vulcão pode estar inactivo durante anos e anos. No entanto, volta e meia, ele entra em erupção. Da mesma forma que nós podemos manter a nossa calma e tranquilidade mas, um dia, podemos explodir.

Tal como o vento, mais suave, ou mais furioso, também nós, por vezes, nos mostramos mais ou menos agitados e, uma vez ou outra, levamos tudo à nossa frente. Ou somos levados.

Por vezes, tal como os trovões, levantamos a voz, discutimos, e as nossas palavras podem cair como raios, nos outros, ou as dos outros, em nós.

Mas, com a mesma rapidez com que acontece, também passa.

Não sem, claro, deixar a marca da sua passagem, do seu efeito.

Umas, mais vincadas e profundas que outras.

 

Também nós, à semelhança de um terramoto, estremecemos, trememos, abanamos o nosso mundo e o dos outros, por vezes, abrindo fendas que poderão não voltar a fechar.

Ou, tal como um tsunami, quantas vezes sentimos que nos vamos afundar naquela imensidade e força da água, contra a qual parecemos impotentes?

Mas, se sobrevivermos, cada um de nós aprende a reconstruir-se. 

 

Podemos estar mais murchos em determinadas alturas, sem ânimo, sem "vida", como as plantas que secam. Mas, noutras, algo nos faz ganhar de novo a vivacidade, arrebitar, voltar a dar e mostrar o melhor de nós.

 

No fundo, somos parte da Natureza. 

E, por isso, agimos como ela.

 

 

O regresso ao trabalho

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Foi molhado!

Aliás, parece que S. Pedro escolhe os dias em que vou trabalhar, para mandar tudo a que tenho direito.

Ao longo das últimas semanas, ia alternando o trabalho presencial, em alguns dias da semana, para fazer coisas que só podiam ser feitas no local de trabalho, e o teletrabalho, nos restantes dias.

Num desses dias em que fui trabalhar, choveu toda a tarde, até granizo, e trovejou até à noite!

Da minha janela, só via os relâmpagos a avisar que o que lhes seguiria. E até faltou, momentaneamente, a luz.

No último dia em que fui, já só chovia. A cântaros, a fazer jus ao ditado "Abril, águas mil".

 

Hoje, foi dia de regresso definitivo ao trabalho e, para me dar as boas vindas, mais chuva.

Espero que este regresso molhado seja prenúncio de regresso abençoado!

 

15 minutos a suster a respiração

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Hoje de manhã fui levar a minha filha à escola. Não chovia muito. 

Como ainda tinha tempo, voltei a casa, em vez de seguir directamente para o trabalho. Ainda em casa, vejo um relâmpago. Mau sinal. Oiço o trovão ao longe.

Quando voltei a sair, chovia a potes. Fiz uma paragem na casa da minha mãe, para deixar algumas coisas, e ver se a chuva acalmava. 

De repente, outro relâmpago. E mais dois de seguida. "Estou feita!", pensei.

 

 

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Quem me conhece, sabe que sempre andei na rua a trovejar e nunca tive medo.

Até que, em 2011, por esta altura, apanhei um susto tão grande que me deixou traumatizada. Precisamente quando estava a ir, de manhã, para o trabalho. 

Estava a chover e trovejar. Eu tinha andado meia dúzia de metros quando, de repente, ficou tudo branco à minha volta e, quase simultaneamente, um estrondoso trovão pareceu deitar tudo abaixo.

Só me lembro de ter pensado que tinha morrido ali mesmo "Já fui"! Fiquei em estado de choque!

Desatei a chorar no meio da rua. Consegui ligar para o meu marido e ir falando com ele, enquanto caminhava até ao trabalho. Fui acalmando, embora algum tempo depois ainda tremesse.

A partir desse dia, sempre que tenho que andar na rua com trovoada, entro em pânico. Cada relâmpago, cada salto! 

 

 

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Mas como não tinha outro remédio senão vir trabalhar, lá me fiz ao caminho, aproveitando que a chuva era mais fraca. Foram 15 minutos a modos que a "suster a respiração", até finalmente chegar ao destino, momento em que pude respirar de alívio, são e salva!

Sol, trovoada e uma valente chuvada!

 

Satisfeita por ter a roupa estendida de manhã toda seca, acabei por estender mais duas máquinas de roupa ao almoço, à espera de ter igual sorte durante a tarde.

Venho para o trabalho, com o céu mais encoberto, a ameaçar trocar-me as voltas.

Quando estou mesmo a chegar, começa a cair uma chuvada daquelas bem pesadas, e eu só penso na minha rica roupa que não só não enxugou, como ainda está mais molhada que antes de estender!

 

 

Resta-me esperar que a chuva pare e o sol regresse a tempo de minimizar os estragos e, com sorte, chegar a casa com a roupa pronta a apanhar, bem sequinha!

Medos ainda não ultrapassados

 

O medo de tudo quanto é bicho - aranhas, centopeias, gafanhotos, grilos, baratas, cobras e tantos outros (sempre);

 

O medo da trovoada (já tive mais, mas também já tive menos);

 

O medo de não ser capaz de fazer os que me rodeiam felizes (tem dias);

 

O medo de não ser uma boa mãe (às vezes);

 

O medo da escuridão (às vezes);

 

O medo da morte (quando penso nela)...