Ser diferente...
As pessoas não estão habituadas ao que é diferente.
Estranham. Desconfiam. Receiam.
Mas também têm curiosidade.
E, com o tempo, tendem a seguir posições totalmente opostas ao que é diferente, e aos que são diferentes.
Ou se aproximam, na ânsia de satisfazer a curiosidade. E acham piada, tal como a tudo o que é novo, ou novidade.
Ou rejeitam. Desprezam. Ostracizam. Discriminam.
Podes tentar, de todas as formas, agradar. Tentar que te aceitem.
No entanto, a forma como te vêem não depende daquilo que faças, ou que digas.
Depende da cabeça, da mentalidade e da vontade de quem te vê.
Podes ter a sorte de, realmente, te aceitarem como és. De aceitarem a diferença.
Mas, na maioria das vezes, apenas toleram. Usam quando dá jeito, quando é conveniente.
Ou, então, nunca chegam a aceitar.
Porque o que é diferente, incomoda. É visto como uma ameaça. Uma ofensa.
Algo que não encaixa. Que não pode coexistir no mesmo meio, no mesmo espaço.
E que nunca será bem visto, nem aceite, pelos demais.
E, sabes que mais?
Não importa!
Não tens que ser igual. Não tens que ser o que os outros esperam de ti.
Se és diferente, tira partido dessa diferença. Usa-a a teu favor.
Esquece quem não tem a capacidade de perceber o que está a perder.
Quem não compreende que a diferença enriquece, acrescenta, complementa.
Não tira nada de ninguém.
É bom ser diferente.
Ainda que essa diferença incomode muita gente.
Gente que, no fundo, também gostaria de ser diferente.
Mas não se atreve. Não tem coragem de sê-lo.
Inspirado na série "Anne With an E".