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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A reutilização dos manuais escolares é uma utopia?

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Quando fui entregar as facturas dos livros do 6º ano da minha filha, a fim de ter direito ao apoio escolar, fui informada que, no final do ano, teria que devolver 4 livros, dois do 5º ano e dois do 6º, se quisesse ter direito a novo apoio no 7º ano. Parece que fazia parte das regras entregar os livros no final de cada ciclo.

 

Não achei correcto, e nunca entreguei nenhum. Por vários motivos:

 

- em cada ano que a minha filha está, tem muitas vezes que ir consultar os livros dos anos anteriores, para rever matérias e conceitos dados nessa altura, e que agora tem que saber aplicar - se tivesse entregado os livros, não tinha qualquer base de apoio;

 

- salvo algumas excepções, em que os professores prescindem dos manuais, normalmente a disciplinas mais práticas, em que não precisam deles, todos os outros manuais são utilizados para se responder aos exercícios nos mesmos, sublinhar, recortar, preencher, colar, e por aí fora, tornando difícil a sua reutilização;

 

- se é um direito que temos a oferta dos manuais, não faz sentido pedi-los de volta;

 

Não sei se, entretanto, as coisas mudaram mas, quando fui apresentar as facturas, no 7º ano, ninguém pediu nada.

 

Este ano, a questão aplica-se aos manuais fornecidos pelo governo, de forma gratuita, aos alunos do 1º ano. Os pais devem entregar os respectivos livros, sob pena de não terem direito aos livros do 2º ano.

 

No entanto, o que acontece aos livros que são devolvidos?

 

De acordo com o Jornal de Notícias:

"As escolas do primeiro ciclo já estão a receber os manuais do 1.º ano que foram disponibilizados no início do ano lectivo pelo Governo, mas os directores não sabem que destino dar-lhes uma vez que grande parte não será reutilizável. A maioria dos agrupamentos optará por armazená-los enquanto tiver espaço, adiando para já, o envio para o papelão."

 

Será, então, a reutilização dos manuais escolares uma utopia?

E, se os mesmos não vão ser reutilizados, para quê devolvê-los?

Sobre a proibição de determinados produtos...

Há certas coisas que me fazem confusão.

Porque é que as entidades, competentes na matéria, proíbem a venda e consumo de determinados produtos ou substâncias prejudiciais à saude, mas estimulam o consumo e venda de outras, igualmente perigosas?

Porque é que muitas pessoas se preocupam com as consequências para a sua saude de determinados produtos, e não querem saber das de outros?

Uma professora do meu marido deu uma vez este exemplo:

"Se uma determinada pessoa for a um supermercado e encontrar um iogurte com a indicação de que o consumo do mesmo provoca cancro, qual é a tendência dessa pessoa? Não comprar! No entanto, a mesma pessoa compra um maço de cigarros onde está escrito que fumar mata!".

Se o sonho de muitas pessoas é viver muitos e longos anos, se procuramos os chamados "elixires da eterna juventude", se todos os dias agradecemos e louvamos os avanços da medicina e angustiamo-nos por ainda não haver curas para as doenças e solução para a morte, se nos são proíbidas determinadas drogas, se são retirados do mercado medicamentos potencialmente perigosos para a saude, porque motivo não proibem a venda do tabaco?

Sim , eu sei, isso nunca irá acontecer. Há demasiados interesses e dinheiro em jogo. Um mundo sem tabaco é, certamente, uma utopia! E, além disso, quem consome sabe a que está sujeito.

Mas que não faz sentido, não faz...

 

 

 

Por que não um Secret Story diferente?

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Em que é que consiste a Casa dos Segredos?

Em pessoas escolhidas a dedo, com segredos polémicos ou nem tanto assim e, quando não os tenham, fabricados, que ficarão fechados numa casa a tentar descobrir os segredos uns dos outros, com o objectivo permanecer o máximo de tempo possível, evitar ser nomeado, cair nas boas graças do público e arrecadar o prémio final.

Enquanto isso, vão ocupando o tempo com as missões sem sentido da "voz" que, a bem do programa e das audiências, está lá para pôr lenha na fogueira quando a chama começa a fraquejar, ou para aumentar ainda mais o fogo já de si grande! Nos tempos livres, comem, dormem, e praticam a má língua!

Comecei a ver este desafio final 3, e a única coisa que vejo é a "novela" Diogo-Sofia-Thierry, com Carlos à mistura. Ora são amigos, oram andam aos beijos. Ora gosta de um, ora chora por outro. Vejo um Wilson que é pior que as comadres: ora dá dicas a uma, ora dá a outra. Ora joga pela Sofia, ora joga pela Vânia. E anda a contar um suposto segredo que não é para dizer, mas que daqui a pouco toda a casa sabe!

Vejo uma Vânia que, a jogar ou não, está empenhada a não se dar com ninguém e semear inimizades a troco de nada, em guerra constante com a Érica e com todos, e uma Liliana que não está lá a fazer nada, tal como a Cristiana. Para alguns momentos divertidos, já nos basta a Cátia e a Joana.

De uma forma geral, temos reunido naquela casa, como em quase todas, muito músculo, muita tatuagem, muitos corpos jeitosos, pouca cultura e pouco cérebro. 

O que eu gostava mesmo de ver era uma Casa dos Segredos diferente. No mesmo contexto, mas diferente. 

Por que não levam para a casa alguém com o segredo "já fui passei fome, mas à custa de muita força de vontade e trabalho (honesto, claro) consegui ter uma vida estável", ou "salvei uma vida", ou "faço doações há vários anos para uma instituição" ou "como não podia ter filhos adoptei uma criança que amo como se fosse do meu sangue", ou ainda "dou aulas a crianças desfavorecidas porque gosto de ensinar e ajudar"?Ou algum outro segredo deste género?

Por que não atribuem missões aos residentes que se possam tornar úteis, como campanhas de sensibilização e angariação de verbas para quem necessite, realização de refeições para os sem abrigo, construção de brinquedos para crianças hospitalizadas?

Por que não põem os residentes a debater temas com algum interesse? E porque não atribuir o dinheiro ganho durante a participação, e o prémio final (ou pelo menos uma parte) a quem mais precisa. Ou então receberem como prémio algo que contribuisse para a sua formação, alargamento de horizontes, crescimento como pessoas?

Por que não um Secret Story diferente?

Porque a grande maioria dos portugueses iria achar um programa sem interesse! Porque o que se quer é audiências, e não seria dessa forma que as iriam conseguir. Porque programas como esse que gostaria de ver, são uma espécie de utopia nos dias de hoje!

 

 

 

 

 

A Utopia dos Finais Felizes

 

 

Sempre adorei finais felizes, penso que como a maioria das pessoas. Tanto em livros, como em filmes, era bom saber que tudo acabava bem.

De há uns anos para cá, porém, confesso que prefiro finais surpreendentes, realistas ou não, mas que fujam ao que o espectador/ leitor esperaria ver ou ler.

Talvez porque compreendi que não existem finais felizes, ou melhor, só existem no momento em que paramos a história nessa fase.

As nossas vidas não param quando estamos bem, são feitas de ciclos, de altos e baixos, de momentos felizes e menos felizes.

Já imaginaram como seria a história depois da história? Depois do final feliz?

Claro que seria impensável um livro ou um filme ter tamanha duração, e já que a realidade é, por vezes, tão dura, porque não parar no momento certo e terminar com um “e viveram felizes para sempre”?!