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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Malditos vírus

Mulher doente com dor de estômago no branco | Vetor Grátis | Dor de  estômago, Dor, Frascos de remédios

 

A semana passada não foi fácil aqui para estas bandas, por conta de uns malditos vírus que por aqui andam.

E, desta vez, não foi Covid. Foi mesmo uma gastroenterite.

Uma para cada uma das mulheres da casa!

 

A primeira foi a minha filha.

Terça-feira, ao final do dia, queixa-se de dores, e que está com diarreia. Ainda foi jantar com o pai.

Chegada a casa, passou a noite toda entre vómitos e diarreia, e nem o chá se aguentou no estômago. Teve também febre baixa.

Valeu-lhe só trabalhar no dia seguinte à tarde. E veio para casa cheia de dores nas costas, que só passaram com medicação.

 

Já eu, não sei se de forma psicológica, naquela primeira noite, já achava que não me estava a sentir bem.

Nada de especial, daí achar que era psicológico. 

Mas a prioridade era a minha filha.

Passei o dia de quarta e, na quinta-feira, continuava estranha.

A seguir ao almoço, comecei a ficar mal disposta. A meio da tarde, cólicas. Já mais para o final do dia, a diarreia.

Deu para sair do trabalho, ir ao meu pai e chegar a casa.

No espaço de meia hora, saiu tudo o que havia para sair, a ponto de nem me conseguir aguentar de pé, prestes a desmaiar.

 

Felizmente, depois de uma hora sentada, comecei a sentir-me melhor, e ainda deu para acabar de arrumar as coisas em casa, que tinha deixado por fazer.

Entretanto, a minha filha já está em forma.

E a mim, a modos que, passado o efeito do vírus, fiquei com um apetite que não tinha antes!

Deve ser para repôr as perdas, e compensar. 

 

Segundo me disseram, parece que houve muita gente contagiada com esses malditos vírus.

 

 

 

 

 

 

 

A sentir-me omicronada!

Vetores de Menina Bonita Doente Com Termômetro E Saco De Gelo e mais  imagens de Adolescente - iStock 

 

Algum dia haveria de chegar a minha vez!

Encarei isso com normalidade. Sem stress.

Mesmo não estando vacinada.

 

Não sei se foi o Omicron, ou a nova subvariante, que me apanhou.

Sei que experimentei todos os sintomas possíveis e imaginários, à excepção (felizmente) da dificuldade em respirar.

Vejamos:

- febre, muito ligeira

- um dia de dor de barriga

- dores musculares, mais nas pernas, mas suportáveis

- um pouco de tosse, bem mais ligeira que em muitas constipações que tive

- garganta irritada, mais pela impressão e de tossir, do que dor

- herpes 

- borbulhas na cara

- dormência nas mãos

- dor de cabeça ligeira

- dor de ouvidos ligeira

 

Nada disto me derrubou. 

Repeti o mantra "Não me vais derrubar, porque eu não vou permitir.", e estava a funcionar!

Dizia mesmo que já estava na fase de recuperação, até porque a maior parte destes sintomas experimentei-os quando os testes ainda davam negativo.

Mas depois...

Depois, fiquei na dúvida se tinha mesmo feito o teste Covid, ou um teste de gravidez!

 

O meu organismo é tramado, e decidiu presentear-me com um sintoma extra - enjoos.

Nem é não ter paladar. É tudo me saber mal e agoniar. 

É ter fome, mas só de pensar em comida...

 

E pronto, com a falta de comida no estômago, a fraqueza, e passar o dia na cama, por não me aguentar de pé mais do que 5 minutos. (E pensar que aguentei-me assim 9 meses quando estive grávida da minha filha.)

Os nervos pela situação do meu pai, que entretanto foi internado em estado grave, também não devem ter ajudado.

Mas parece que o pior já passou. Há que mostrar que o vírus pode ter vencido uma batalha, mas a guerra venço-a eu!

 

Já a minha filha, também infectada, e não vacinada, tem os sintomas normais de uma constipação - tosse, nariz e garganta.

 

Posto isto, podemos dizer que vivemos na sua plenitude a experiência toda da pandemia.

Adiante!

 

Esplanadas, máscaras e vírus - expliquem-me como se eu fosse muito burra!

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Não sendo uma grande frequentadora de cafés, restaurantes ou esplanadas, compreendo perfeitamente que, beber um café, comer qualquer coisa, ou ter 5 minutos de conversa, com os amigos, família ou colegas, se faz melhor quando sentadinhos a uma mesa.

E com o tempo bom a ajudar, ainda melhor. Quem é que não gosta de estar sentado numa esplanada a apanhar solinho? Ou à sombra do chapéu, nos dias de maior calor?

É perfeitamente normal. Ou seria. Em tempos normais.

O que não é o caso.

 

Desde segunda-feira que é permitido voltar a fazer uso das esplanadas e, como as coisas, depois de nos terem estado vetadas, nos sabem sempre melhor, para além do facto de o interior dos espaços ainda não poder ser ocupado, houve uma inevitável corrida às mesmas, por parte de muitos portugueses.

Nada contra mas...

 

Expliquem-me, como se eu fosse muito burra, com direito a desenho se for preciso, como funcionam as regras de segurança numa esplanada.

Não falo de pessoas que estão sozinhas porque, partindo do princípio que as mesas cumprem a devida distância de segurança, não haverá grande risco.

Não falo de membros do mesmo agregado familiar, que esses também estão juntos noutros espaços e, suponho, sem restrições.

 

Falo de amigos, conhecidos, colegas de trabalho ou familiares que não vivem juntos, mas que se juntam à mesa, numa qualquer esplanada.

Enquanto não são servidos, e correndo o risco de transmitir o vírus, os mesmos devem permanecer com a máscara posta.

A partir do momento em que são servidos, como é óbvio, não podem comer ou beber de máscara, por isso, estão autorizados a retirá-la.

Então, e nessa altura, em que estão a menos de um metro de distância, sem máscara, a comer e, com toda a certeza, a conversar, provavelmente até mais tempo, do que aquele que passaram à espera, já não há risco de transmitir o vírus?

Depois, quando acabam, voltam a ter que pôr máscara porque o vírus já gozou a sua pausa, e volta ao ataque. E as pessoas que, até aí, estavam imunes, voltam a correr risco de contágio. É isto?

 

Ou seja, o vírus deixa as pessoas comer em paz, mas pode atacar antes e depois das refeições?

Faz sentido?

A sério que não percebo...

 

O vírus também tira férias no Natal!

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É só o que me apraz dizer sobre as medidas adoptadas para esta quadra festiva.

Vejo tanta gente, e o próprio governo, com uma extrema preocupação com o Natal dos portugueses e das famílias, como se muitas dessas pessoas valorizassem, realmente, o verdadeiro sentido do Natal.

Parece que tem que haver Natal, dê por onde der, ou o mundo acaba. E, então, é ver apertar as medidas antes, para afrouxar nessa época, e voltar depois a apertar.

É quase como quem faz dieta o ano todo, para se estragar no Natal. E, a seguir, corre atrás do prejuízo, com um regime ainda mais intenso para perder os quilos extra, e acabar com o sentimento de culpa.

 

Aliás, o governo dá a ideia de que o vírus tem dias, horas, ou épocas específicas para atacar.

Ora vejamos. Dois feriados em Dezembro, em que o governo fecha as escolas à segunda-feira, e dá tolerância de ponto à função pública, para que possam aproveitar dois fins de semana prolongados. Que, pessoalmente, até deram jeito. Mas não deixaram de interferir com apresentações de trabalhos escolares e testes já marcados.

No entanto, antecipar as férias de Natal dos estudantes, numa semana em que, supostamente, já nem sequer há testes, isso não. Claro que não! 

 

Entretanto, se até aqui as reuniões familiares eram o principal foco de contágio, e deviam ser evitadas, agora no Natal já não há problema. Tudo pelo Natal!

Ainda que com algumas recomendações. Que, obviamente, não serão cumpridas.

Porque, se é para haver Natal, se tudo se fez para salvar o Natal, então há mais é que aproveitá-lo.

E Natal, para aqueles que gostam de o celebrar, é sinónimo de beijos, abraços e afectos. É sinónimo de horas à mesa, a degustar as iguarias e à conversa. É sinónimo de crianças a brincar, e ansiosas pelos presentes.

É sinónimo de aconchego, à lareira.

Nem sei porque é que permitem que os restaurantes abram à noite, sendo o Natal, por norma, uma celebração caseira.

Ah, mas na passagem de ano, esqueçam. Vai ter todas as restrições. Que, afinal, não parecem assim tantas quanto apregoavam.

 

Depois, em Janeiro, logo se vê.

Logo se vê se os portugueses se portaram bem. Se foram responsáveis. Se souberam aproveitar a "liberdade condicional" que lhes foi concedida, ou se voltam para a "prisão", de castigo, por mau comportamento.

Com sorte, pode ser que o vírus também tenha tirado férias de Natal, e dê uma folga ao pessoal, voltando em 2021 ao ataque!

 

Imagem: alvorada

 

Covid 19: podemos não ter o vírus no corpo, mas da mente já ninguém o tira

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A verdade é que o coronavírus não veio para tirar o lugar às restantes doenças e maleitas.

Elas continuam a existir, e a manifestar-se.

Ainda assim, mesmo que não o levando muito a sério ou dramatizando a questão, quem nunca, desde que convivemos de perto com a pandemia:

 

  • começou a sentir-se estranho fisicamente, meio adoentado ou com a sensação de falta de ar
  • andou, volta e meia, a ver se não tinha febre
  • teve um pouco de tosse, uma dor de barriga ou uma dor de cabeça, e pensou que pudessem ser sintomas do vírus
  • começou a tentar perceber se ainda tinha paladar e olfacto
  • pensou, em determinado momento, que poderia estar infectado e nem saber

 

Pois...

Podemos não ter (e que assim continue) o vírus no corpo, mas ele já se instalou na nossa mente, e ficará por lá muito tempo.