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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Devem as mulheres dar valor aos maridos que as "ajudam" nas tarefas domésticas?

Tarefas domésticas - Inglês

 

Esta questão foi tema de debate há uns dias.

Logo para começar, a própria frase é discriminatória. 

Leva a crer que as tarefas domésticas são obrigação da mulher e que, qualquer uma que o homem faça, é uma ajuda que está a dar, um favor que faz à mulher que com ele vive.

Nunca, em todos estes anos, ouvi a frase ao contrário "devem os homens dar valor às mulheres que os ajudam...". E, ainda que ouvisse, continuaria a ser errada.

Há uns séculos atrás, faria sentido. Em pleno século XXI, não.

 

Ninguém ajuda ninguém nas lides domésticas.

Todos se servem, todos sujam, todos utilizam, logo, todos devem colaborar.

É um trabalho conjunto, para um fim comum.

Se o homem morasse sozinho, tinha que fazer as coisas. Porque é que, morando com uma mulher, já é considerado "ajuda"? E vice-versa?

Para mim não é ajuda, e não são acções que se devam valorizar, como se fossem uma atenção que se tem para com a outra pessoa.

Para mim são deveres de ambos.

São tarefas que devem ser feitas porque são necessárias, e não gestos que mereçam elogios, ou que se façam propositadamente, à espera de elogios e valorização.

Porque se ninguém as fizer, a casa tornar-se-á um sítio inabitável, onde ninguém se sentirá bem em morar.

 

Este texto é um bom exemplo da opinião que acabei de expressar aqui: 

como-um-homem-precisa-pensar-sobre-ajudar-a-mulher-em-casa/

 

E por aí, homens e mulheres, qual é a vossa opinião/ visão?

 

Não bastava o Português e a Matemática...

...para "lixar" a vida dos estudantes, tinham que arranjar mais uma disciplina  - O Inglês!

 

 

De acordo com um despacho publicado no Diário da República, os alunos do 1º ciclo devem obter aprovação na disciplina de Inglês, sob pena de ficarem retidos no 4ª ano do 1º ciclo do ensino básico.

No entanto, esta medida não será, para já, posta em prática, uma vez que só este ano o Inglês começa a ser lecionado nas escolas, e exclusivamente para alunos do 3º ano de escolaridade.

Diz o artigo 13.º do Despacho de Avaliação do Ensino Básico, que define as condições de aprovação, transição e progressão que "no final de cada um dos ciclos do ensino básico, o aluno não progride e obtém a menção de Não Aprovado, se [...]no caso do 1.º ciclo, tiver obtido classificação inferior a 3 simultaneamente nas disciplinas de Inglês, de Português ou Matemática e, cumulativamente, menção insuficiente em pelo menos uma das outras disciplinas". 

Corrijam-me se estiver enganada mas, pelo que percebi,quem tiver negativa a Inglês e Português, ou a Inglês e Matemática, e ainda menção insuficiente noutra disciplina, será reprovado.

A ideia, explica o Ministério da Educação, é valorizar o ensino desta língua. Quanto a mim, a valorização do ensino de qualquer disciplina, por mais importante que seja, não deveria ser feita à base de uma nota no final do ano, mas sim do tudo o que possa feito durante esse ano para cativar os alunos para a disciplina, e levá-los a compreendê-la, a sua importância e utilidade no futuro, a interessarem-se pela aprendizagem e, no final, conseguirem bons resultados!

É preferível um aluno tirar uma boa nota porque a isso foi obrigado, ou porque gostou e compreendeu aquilo que aprendeu, e soube aplicar ao longo do ano, conseguindo essa boa nota com mérito e sem esforço?

 

 

O que compensou ao longo destes 15 anos

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Quinze anos a trabalhar no mesmo sítio é uma data para celebrar!

Sim, nem sempre apetece, nem sempre o entusiasmo e a motivação são os mesmos, nem sempre a disposição é igual. Comecei com 20 anos. Nessa altura, estava ainda muito verde. 

Hoje, pergunto-me:

O que compensou destes últimos 15 anos?

O que me faz continuar a gostar deste trabalho? 

Excluindo o dinheiro que é o principal objectivo e motivação, os conhecimentos que fui e ainda vou adquirindo a cada ano. Coisas que não me passavam pela cabeça e que hoje, se alguém me perguntar ou pedir ajuda, sei responder e encaminhar.

Pode parecer que não, mas também me ajudou a escrever melhor, a utilizar determinados termos, e até a relembrar a matemática aprendida na escola, e há muito esquecida. 

As pessoas que fui conhecendo nos vários serviços que frequento em trabalho, e que me acompanharam em várias fases. Hoje, vou às Finanças ou à Conservatória, e já me conhecem bem, já sou da casa, algumas funcionárias até já me tratam por tu e me chamam Martinha, perguntam pela minha filha, que conhecem desde bebé (aliás, lembram-se de mim ainda grávida, e cheguei a levá-la quando era pequenita). 

E, acima de tudo, a forma calorosa como alguns clientes me tratam! Há clientes que ligam e que pedem para falar comigo. Talvez por ter tempo para as ouvir e lhes retribuir a conversa, ou porque estou por dentro dos assuntos. E, penso eu, pela minha simpatia e maneira de ser.

Há clientes que também valorizam o meu trabalho, enquanto administrativa.

Uma senhora, já me convidou várias vezes para tomar o pequeno almoço com ela, e cada vez que liga para lá é uma festa! Já houve clientes que levaram um mimo em ocasiões especiais (Natal/ Páscoa/ nascimento da minha filha). Já houve uma cliente que me levou uns queijinhos, outra bolos, outra uns objetos de decoração, outra deixou um café e um bolo pagos na pastelaria. Hoje, uma cliente foi à pastelaria comprar-me um bolo (até me perguntou que bolo é que eu queria). E isto são só alguns exemplos.

Por tudo isto, apesar de este trabalho nem sempre ser um mar de rosas, já compensou até aqui. E espero que assim continue por muitos mais anos!