A melhor versão de nós mesmos
Será que existe?
Por vezes, a vida e as várias situações, contratempos, dificuldades, rotinas e problemas que dela fazem parte, levam-nos a que, aquela pessoa que um dia fomos, dê lugar a uma outra, moldada pelas circunstâncias.
Não tem que ser, necessariamente, mau. Mas, na maioria das vezes, também não é bom.
Algumas pessoas nem se apercebem disso, dessa mudança gradual que as vai tornando diferentes.
Outras, têm essa noção, mas uma certa habituação e conformismo, sobretudo se, do outro lado, ninguém se opuser ou se mostrar descontente com a mudança, fá-las deixar andar.
Só quando começam a ver a sua vida a descambar, as coisas a complicarem, as críticas e a desilusão dos outros a fazer-se sentir, percebem que, algures, ficou alguém muito diferente do que hoje são.
Aquela versão de nós próprios que era melhor e que, hoje, nem mesmo nós gostamos dela, quanto mais os outros.
O problema, é que não há soluções milagrosas, se não houver vontade de procurar essa versão perdida, ou de melhorar a actual, de mudar, de ser e fazer diferente.
Se não estamos satisfeitos com a pessoa que somos, ou com aquela em que nos transformámos, só nós poderemos melhorá-la.
Não depende de terceiros. Apenas, e exclusivamente, de nós mesmos.
A melhor versão de nós mesmos é aquela com a qual, acima de tudo, nos sentirmos bem, felizes, realizados, e de bem com a vida.
Pode não ser aquela que os outros querem ou esperam de nós.
Mas deve ser, sempre, aquela que queremos ou esperamos de nós próprios!