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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O reverso da medalha

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Por vezes, em alguns momentos da nossa vida, pensamos que, precisamente por não saber até quando cá estaremos, nem quanto tempo nos resta, temos de aproveitar, ao máximo, cada dia.

Não adiar decisões. Não deixar a felicidade escapar por entre os dedos.

É aquela máxima "não deixes para a amanhã o que podes fazer hoje porque, amanhã, pode ser tarde demais".

Não deixa de ser verdade.

Tantas vezes vamos empurrando as coisas, as decisões, os desejos, os objectivos, ou qualquer outra situação que temos pendente, com as mais variadas desculpas.

Depois, a oportunidade passa. O "tempo certo" nunca chega. E, muitas vezes, arrependemo-nos. 

 


No entanto, há o reverso da medalha.

O facto de amanhã poder ser tarde demais, não pode servir, também, como desculpa, razão ou motivo para a pessoa se atirar de cabeça, sem reflectir, sem pensar, sem se sentir, minimamente, confortável ou confiante.

Ou seja, não deve ser usado como pretexto para precipitações, impulsividade ou pura loucura. 

Porque, também nesses casos, o resultado poderá ser o mesmo: arrependimento.

O fruto proibido...

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... é sempre o mais apetecido!

Já dizia o ditado, e é verdade.

Basta, a uma pessoa, não ter à sua disposição alguma coisa, para a querer.

 

Como aquelas crianças que fazem birra, e não descansam enquanto não convencem os pais a comprar um determinado brinquedo, apresentando mil motivos diferentes pelos quais o devem fazer e, depois, quando finalmente o têm na mão, brincam 2 ou 3 vezes, e perdem o interesse.

 

Porquê?

Porque já o têm.

Porque já satisfizeram o seu capricho.

E talvez porque, afinal, não queriam assim tanto. Ou queriam, mas não pelo brinquedo em si. Apenas para dizer que tinham. 

 

E isto aplica-se a tudo na vida. 

Seja bens materiais, oportunidades, ou relações.

 

Quantas vezes, temos as coisas ali à nossa frente, e nem ligamos, até deixarmos de ter, e percebermos que, afinal, queremos.

Mas, até quando?

Será um sentimento real, ou apenas a frustração da perda?

Será um mero erro cometido, que agora se quer corrigir, para não mais voltar a errar? Ou apenas um impulso do momento?

Será um desejo verdadeiro, ou pura teimosia? Inveja de quem possa vir a dar valor àquilo que desperdiçámos? 

Uma resolução reflectida e amadurecida de quem, realmente, não quer voltar a desperdiçar o que antes ignorou? Ou um capricho passageiro?

 

 

Decisões

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"O facto de uma decisão ser a mais acertada, ou necessária, não a torna menos dolorosa."

 

Li esta frase há uns tempos, e é a mais pura verdade.

Há decisões que estão, unicamente, nas nossas mãos.

Que só nós podemos tomar.

Antes que as tomem por nós. 

 

Se não estamos bem numa determinada situação, cabe-nos agir.

Ou não. Podemos sempre deixar andar. Deixar arrastar. 

Ignorar, ou fingir que está tudo bem.

Mas isso não é vida.

Não é justo.

 

E sim, as decisões que tomamos colocam-nos um peso, e uma responsabilidade, em cima.

Para todos os efeitos, fomos nós que escolhemos esse caminho, de livre vontade.

Demos o corpo às balas. Arriscámos tudo.

 

Podemos perder tudo.

Mas também podemos ganhar.

O que nunca devemos deixar morrer, é o amor próprio.

 

É trocar uma mágoa, por outra.

Uma tristeza, por outra.

Um sofrimento, por outro.

 

Mas, quem sabe, não era isso que fazia falta?

Quem sabe não era, esse, o passo necessário, no presente, para um futuro bem melhor?

 

Ainda assim, por muito que saibamos que fizemos o que tínhamos a fazer, e que aquela decisão tomada foi a decisão certa, não a torna menos difícil.

Não dói menos por isso. Pelo contrário.

 

Quando percebo aquilo em que a minha vida (e o meu corpo) se vai transformar

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Ontem foi dia de consulta no IPO.

A terceira.

E, desta vez, não passei na "inspecção".

 

Tenho mais um sinal suspeito, que tem de ser tirado.

Três anos depois, a ameaça paira novamente.

E tenho uma nova cirurgia pela frente, já no próximo mês.

 

Não esperava, é certo. Mas não foi bem a notícia em si, ou a cirurgia, que me afectou.

Foi o facto de perceber a realidade do que vai ser a minha vida daqui em diante.

E no que se vai transformar o meu corpo, com a quantidade absurda de sinais que tenho: uma colecção de cicatrizes.

 

E sim, esse é o menor dos males. E é por um bem maior: viver!

Mas, digamos que não estava nos meus melhores dias para receber a informação da forma positiva e entusiasta que deveria.

 

 

Aquilo que fica de nós

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Aquilo que fica, de cada um de nós, quando partimos, é a impressão, a marca que deixamos, em cada um daqueles com quem convivemos.
Ou naqueles com quem nos vamos cruzando ao longo da vida.
Seja pela personalidade.
Por simples gestos.
Pelos ensinamentos.
Ou, apenas, pela mera presença.
Que possamos deixar uma boa impressão, uma marca positiva da nossa passagem por esta vida.