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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

A "ressaca" do Natal

(1 Foto, 1 Texto #65)

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Depois da correria, da azáfama, da euforia, e da noite de festa, eis que o dia amanhece tranquilo.

E, surpreendentemente, tendo em conta o frio dos últimos dias, quente!

Pelo menos, pela hora de almoço.

 

A "ressaca" do Natal faz-se sentir.

As pessoas acordam mais tarde.

E, muitas, deixam-se ficar em casa.

Afinal, ainda há um almoço. Mais comida e bebida. Mais celebração.

 

Mas há, também, que pôr a casa em ordem (mínima).

Há papéis de embrulho, caixas e caixinhas, sacos e saquinhos, fitas, laços e lixo para despejar.

Arrumar, nem que seja provisoriamente, os presentes recebidos.

 

E há a própria vida, que segue, porque é mais um dia.

Mas as ruas da vila estão desertas.

Só uma ou outra pessoa a passear o cão, mais por obrigação, do que vontade de sair.

Um ou outro corajoso, a fazer exercício. Quem sabe para compensar os excessos da noite.

 

Os cafés estão fechados e, por isso, o convívio faz-se em casa.

Embora meia dúzia de "gatos pingados" tenha vindo à rua fumar.

E trocar dois dedos de conversa.

Talvez para fugir, por instantes, do ambiente familiar.

 

Até o sol parece ter pouca vontade de se fazer sentir, deixando as nuvens levarem a melhor durante a tarde.

Uma tarde meio cinzenta, parada, calma, insossa.

À excepção das cabrinhas, que por ali andam a ver o que se pode comer. 

E dos coelhos bravos que, àquela hora, estão animados, e prontos para a correria.

 

Na objectiva, o retrato de um dia prestes a despedir-se.

Um último raio de sol.

Uma vila solitária e recolhida.

Gente que, naquele dia, fica dentro de portas, a recuperar para o dia seguinte.

A "ressaca" da "ressaca do Natal"!

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

"Rabo de Peixe"

a série da Netflix sobre a vila açoriana

Rabo de Peixe llega a Netflix, Fecha de estreno, historia, reparto y más -  CINE.COM

 

Tinha vindo a ouvir falar desta série e, apesar de não ser muito apreciadora de filmes ou séries portuguesas, fiquei curiosa.

Estreou na sexta-feira, na Netflix.

Via-a entre ontem e hoje.

São 7 episódios e, por incrível que pareça, dá sempre vontade, no fim de cada um, de ver o seguinte.

 

"Rabo de Peixe" é uma vila pertencente ao município de Ribeira Grande, e o maior porto de pesca dos Açores.

Em 2001, naufragou um barco na vila e, com ele, toda a mercadoria que o mesmo continha - quase meia tonelada de cocaína pura.

Agora, a Netflix apresenta a série baseada nesses acontecimentos, sendo que tudo o resto é mera ficção.

E não sei bem se a encaro como um drama, ou como uma comédia, sendo que apesar de alguns momentos mais duros, há outros em que dá vontade de rir.

 

Tudo começa quando, após uma noite de temporal, dois traficantes italianos são obrigados a esconder parte da sua mercadoria em Rabo de Peixe, sem conseguir seguir viagem.

Na manhã seguinte, dão à costa várias embalagens de cocaína.

Eduardo e os amigos - Rafael, Carlinhos e Sílvia - que querem mudar de vida, descobrem onde está a restante droga e pensam em vendê-la para ganhar dinheiro e partir para a América, a fim de concretizar os seus sonhos.

Eduardo quer ainda ajudar o pai, pagando a operação aos olhos que ele precisa para ficar bem, e que não conseguiu no serviço público.

 

Só que todos os actos têm consequências, e o arrependimento pode chegar tarde demais.

Há gente perigosa que quer encontrar e recuperar a droga perdida. E há gente não menos perigosa a querer usá-la em negácios e para benefício próprio.

E quanto mais Eduardo e os amigos se enredam na teia da droga de que toda a gente anda à procura, mais problemas arranjam, e mais vítimas morrem.

 

O que fazer, então, quando não há volta a dar?

 

Pontos negativos

- A mania de misturar duas línguas numa só frase; de misturar falas em inglês e português numa conversa, até mesmo nas descrições do narrador

- A quantidade de "asneiras" que sai pela boca de quase todas aquelas personagens - eu sei que não é exclusivo das nossas produções, mas fica mesmo mal

- Se a ideia era retratar uma vila piscatória, a sua labuta e a vida dos pescadores, uma terra sem futuro promissor para os jovens, e onde nada acontece, não foi bem conseguida - a única coisa que fica é a de uma vila onde a maior parte da população só vive à base de álcool e droga - seja para consumo próprio, seja para tráfico

- É preciso ignorar um pouco a base - sexo e drogas - para conseguir apreciar o resto

- A actuação de alguns actores, como a Kelly Bailey, o Afonso Pimentel ou a Maria João Bastos, que não convencem

 

Pontos positivos

- Cada episódio está sempre repleto de suspense, e podem contar com reviravoltas inesperadas na série

- Há um desfecho temporário para a história, mas que é possível continuar, pelo que uma segunda temporada pode vir a caminho

- Destaco, acima de tudo, a prestação de alguns actores, e a forma como interpretaram a sua personagem, marcando a história, nomeadamente:

Sílvia (Helena Caldeira) - nunca vi uma miúda dizer tantas asneiras, fumar tanto, e snifar constantemente, a ponto de ter uma overdose, só porque não aguenta viver naquela "cauda de peixe" 

Carlinhos (André Leitão) - uma das minhas personagens preferidas, o amigo do amigo, o confidente, o brincalhão, amante de música, homossexual e apaixonado pelo padre

Arruda (Albano Jerónimo) - se alguma vez nós imaginámos ver o galã transformar-se num traficante barrigudo e sem maneiras, mas capaz das maiores atrocidades - um bandido de quinta categoria, mas que faz estragos

Jeremias (Adriano Carvalho) - o pai do Eduardo, que veio da América para ficar com a família, viu a sua mulher morrer jovem, está quase cego e depende do filho para tudo, um homem orgulhoso, mas íntegro - ainda assim, tudo fará para proteger o filho

Zé do Frango (Dinarte Freitas) - é impossível não sentirmos uma empatia imediata por ele, e é difícil assistir às barbaridades de que será vítima

Um apontamento ainda para Salvador Martinha, que interpreta Francisco, um estagiário da polícia judiciária.

 

Vale a pena ver a série!

E, quem já a viu, ou quando, e se, a vir, que me diga quem interpreta o padre, porque eu devo estar a alucinar!

 

 

 

 

Mafra Tapada (Con)vento: era uma vez uma vila assombrada...

(desafio Sonhamos ir por aí! Vá para fora cá dentro... de casa!)

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Era uma vez uma vila que, dizia-se, era assombrada.

Nas catacumbas do principal monumento histórico, rezava a lenda que as ratazanas, que por lá andavam, eram tão grandes, e famintas, que eram capazes de devorar pessoas, que tivessem o azar de por lá aparecer. E que até alguns militares já teriam servido de alimento, quando não lhes davam alimento...

À noite, são os morcegos que por lá vagueiam.

 

 

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E aquele jardim?

Tão bonito, tão sossegado, tão tranquilo nos dias de sol... Mas, ao mesmo tempo, tão sombrio, tão isolado, tão assustador, nos dias cinzentos, ou quando a tarde dá lugar à noite.

 

Era uma vez uma vila histórica, cheia de lendas e mitos.

Devia o seu nome ao clima pouco agradável que lá se encontra, que levou alguém a apelidá-la de Má e Fria.

Mas também há um trocadilho que a caracteriza "Mafra Tapada (Con)vento".

 

 

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Por lá se defenderam territórios de batalhas e de exércitos que os queriam invadir e atacar.

Diz-se até que um rei fugiu da vila até ao porto da Ericeira, através de um túnel subterrâneo que ligaria ambas as vilas.

 

 

D'Magia: Opinião - O Memorial do Convento - José Saramago

Mas Mafra é, também, uma vila ligada à religiosidade. Por cá andou o Papa João XXI. E à literatura. Ou não constasse do Memorial do Convento, ou d'Os Maias.

 

 

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Tal como à natureza onde, no lugar que em tempos foi uma quinta, existe agora um parque onde se pode passear, fazer exercício e apreciar os animais.

 

 

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Era uma vez uma vila onde existiam florestas encantadas, cascatas, riachos, campos de flores.

Onde se podia ver corujas, javalis e porcos-espinhos. Por vezes, raposas. E lobos...

Onde se podia ouvir os passarinhos, de manhã cedo, e os grilos, à noite.

 

 

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Era uma vez uma vila onde se comem os melhores bolos...

 

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E o melhor pão...

 

 

Descubra a Casa Museu Aldeia Típica de José Franco no Sobreiro, Mafra |  Aldeia, Casas, Museu

Onde se podem visitar diversos museus, como a Aldeia Típica José Franco.

 

 

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Dar um saltinho à reserva mundial de surf, a cerca de 10 km.

 

 

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E onde podemos ver um magnífico pôr do sol, com o mar ao fundo. 

 

Diz-se que, quem vem a Mafra, fica cá preso para sempre...

Atrevem-se a correr o risco?!

 

 

Este texto foi especialmente criado no âmbito do desafio da Cristina.

 

 

 

Na rota do Memorial do Convento - vila de Mafra

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"Pela primeira vez em Portugal, um livro dá origem a uma rota cultural. Memorial do Convento renasce assim em forma de rota cultural e histórica, que é, simultaneamente, uma homenagem a José Saramago."

 

Do livro, para o local.

A rota do Memorial do Convento leva, a quem a quiser explorar, por diversos percursos, entre Lisboa, Loures e Mafra.

Na vila de Mafra, têm destaque o Palácio Nacional de Mafra e a Igreja de Santo André.

E foi, justamente no recinto a que apelidam de Miradouro da Vila Velha, em frente à Igreja de Santo André, que colocaram ontem este marco.

 

Se quiserem saber mais, podem seguir a rota em https://www.rotamemorialdoconvento.pt/.

 

Exposição de Presépios em Mafra

Já é Natal em Mafra!

Das árvores iluminadas, e toda a decoração das ruas, à música natalícia, do presépio à casinha do Pai Natal, do mercadinho ao carrocel e, este ano, com a novíssima Pista de Gelo que fará as delícias de todos, o Natal chegou à vila para ficar até ao dia 23 de dezembro.

 

 

Mas o destaque de hoje vai para a exposição de presépios, criados por várias escolas, associações e instituições do concelho, que poderá ser apreciada no Largo Coronel Brito Gorjão.

De qual gostam mais?!

 

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