Solidariedade que vem de dentro, e se sente por fora!
"Solidariedade é um acto de bondade com o próximo, ou um sentimento, uma união de simpatias, interesses ou propósitos"
Se há solidariedade e pessoas solidárias neste mundo, este é um exemplo disso.
Sim, existem muitas formas diferentes de mostrar que somos solidários. E cada um escolhe aquela que mais se adequa à sua maneira de ser e de estar na vida.
Ainda há pouco tempo, assistimos a diversas manifestações de solidariedade para com as vítimas, e sobreviventes, do ataque ao Charlie Hebdo, um pouco por todo o mundo.
Quer através de junção de multidões, marchas, da arte nas suas variadas formas, de um simples texto num blog ou numa rede social, foi enorme o apoio a esta luta pela liberdade de expressão. Não que se pudesse com isso fazer alguma coisa pelas vítimas, ou proteger que cá ficou, mas pelo facto de que não aceitamos que em pleno século XXI e em países onde prezamos e usufruimos da liberdade de expressão conquistada com muita luta, haja ataques como este.
Mas, não condenando essas mesmas formas de demonstrar apoio e solidariedade, não posso deixar de enaltecer e destacar esta que, a meu ver, e a ser concretizada, é um verdadeiro acto de bondade para com alguém que não devia ter sido condenado, nem sujeito a tão dura pena.
Sim, refiro-me a Raif Badawi, condenado a ser chicoteado 1.000 vezes por insultar o islão no seu blogue. E aos sete membros da Comissão Americana para a Liberdade Religiosa Internacional, que se oferecem para receber 100 chicotadas cada um, no lugar dele.
Homens e mulheres, conservadores e liberais, cristãos e muçulmanos, todos defendem o mesmo princípio:
"A compaixão, uma virtude sublinhada no islão bem como no cristianismo e no judaísmo e outras fés, é definida como sofrer com o próximo. Somos pessoas de credos diferentes, mas estamos unidos pelo sentido de obrigação de condenar e resistir à injustiça e, se for necessário, sofrer com as suas vítimas. Preferimos partilhar da sua vitimização do que ficar parados a vê-lo sofrer esta cruel tortura".
Posto isto, que mais se pode dizer? É a solidariedade que vem de dentro, e se sente por fora, na própria pele, atenuando e partilhando a dor do próximo!