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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Duas vitórias alcançadas hoje

 

Ou talvez não...

 

Foram hoje aprovados dois diplomas que fazem história.

 

Um deles diz respeito à aprovação das barrigas de aluguer.

Logo no início da criação deste blog, escrevi sobre este tema neste post, nomeadamente, no que respeita à questão sentimental e psicológica.

 

A partir de hoje, todas as mulheres que não tenham útero, ou sofram de doenças que as impeçam de levar até ao fim uma gravidez com sucesso, vão poder recorrer a barrigas de aluguer, sempre de forma gratuita.

Se concordo com esta legalização? Sim, sem dúvida. 

Apesar de haver outras alternativas, é legítimo que uma mulher ou casal queiram um filho do seu sangue, e optem por recorrer a uma barriga de aluguer.

Outra questão diferente é se haverão por aí muitas mulheres dispostas a alugar a sua barriga como mero gesto de solidariedade, amizade ou amor, e de forma gratuita. Como é que funcionará a selecção dessas mulheres? Haverá um banco de barrigas de aluguer?

Na minha opinião, mesmo com a aprovação deste diploma, o negócio que gira em torno das barrigas de aluguer irá continuar a existir, até porque grande parte dos que recorrem a essa via não o fazem por impossibilidade da mulher em engravidar ou levar adiante a gravidez, mas por outros motivos mais fúteis e menos válidos, como não querer sofrer os sintomas e as alterações corporais próprias da gravidez, querer ser pai ou mãe solteiro, com um filho de pai ou mãe incógnitos, e outros.

E esse tipo de serviço, muitas mulheres só estarão dispostas a satisfazer mediante uma compensação. 

 

 

 

O outro diploma diz respeito às técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA), nomeadamente bancos de óvulos e de esperma, que passam a estar acessíveis a todas as mulheres sem exceção (mesmo que sejam solteiras ou lésbicas) enquanto que, até agora, só era permitido o recurso às mesmas a casais ou uniões de facto heterossexuais.

 

Resta aguardar, e deixar que o tempo mostre se, de facto, estas duas vitórias o foram verdadeiramente.

Para muitas mulheres que vêem nestas medidas uma forma legal e única de concretizarem o sonho de ser mãe que, de outra forma, nunca conseguiriam, tenho a certeza que já o foi!

Sobre o Festival da Canção 2015 em Viena

Ontem, às 20 horas, estava confortavelmente sentada no sofá para assistir ao 60º Festival Eurovisão da Canção! 

Não conhecia nenhuma, mas estava expectante para ouvir cada uma das finalistas.

Já houve um tempo em que era um dos espectáculos mais aguardados do ano, a par com a eleição da Miss Portugal. Depois, deixei de ver. Muitas vezes, quando tomava conhecimento, já tinha acontecido. Talvez porque a participação e presença de Portugal não tem ajudado. E porque, quase sempre, as músicas vencedoras são eleitas mais por questões políticas, do que pela qualidade das mesmas.

No entanto, este ano, propus-me a ver e a celebrar o 60º aniversário do Festival Eurovisão da Canção.

Para começar, não posso deixar de elogiar a espectacular abertura, quer em termos de efeitos visuais, quer em termos musicais, com a bela música que deu voz ao lema do festival "Building Bridges" e que seria, para mim, uma boa candidata ao Eurofestival!

 

Não vou falar da Conchita, porque não percebi muito bem o que estava ela ali a fazer, a não ser pose para a câmara.

Mas vou falar de mais um importante momento que alia uma bela música a tecnologia e efeitos gráficos, também associada ao tema "Building Bridges", e que passou ainda antes de darem início ao grande espectáculo - Video Bridge.

 

E, com uma abertura destas, o festival prometia!

Mas confesso que as primeiras músicas não me encheram as medidas. Estava já eu a dar o meu tempo por desperdiçado, quando chega a vez da actuação da Lituânia. E, a partir daqui, foi difícil escolher uma favorita! Penso que foi um dos festivais em que gostei de mais músicas - Lituânia, Sérvia, Noruega, Grécia, Montenegro, Alemanha, Letónia, Roménia, Espanha, Hungria, Georgia, Azerbeijão, Russia e Albania.

Destas, as minhas favoritas à vitória seriam a Sérvia, a Roménia, a Espanha, a Georgia e a Rússia.

Mas estava a torcer pela Rússia, cuja actuação da Polina Gagarina me tocou, pela forma como ela própria sentiu a música, enquanto a interpretava.

 

A da Roménia também era muito bonita!

 

Infelizmente, os votos deste ano deram a vitória à música da Suécia, que até pode ter uma bela mensagem, mas não me convenceu. Parece uma música vulgar, que ouvimos diariamente nas rádios.

 

E, mais uma vez, se constatou que, neste tipo de festivais, nem sempre vencem as melhores! Com esta vitória, a Suécia torna-se o segundo país com maior número de vitórias, a última das quais há 3 anos, conseguida pela Loreen.

Foi também uma pena que o país anfitrião tivesse terminado nos últimos lugares da classificação, sem um único ponto, a par com a Alemanha mas, de facto, a música deixava muito a desejar. 

Ao contrário do seu país, que me pareceu encantador.

Resta-me louvar as mensagens transmitidas em cada uma das músicas, e os efeitos especiais que deram cor e um brilho especial a todas as actuações, valorizando-as ainda mais! E esperar que, no próximo ano, haja uma espectáculo ao mesmo nível do de 2015, e que Portugal possa lá estar!