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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

No fim-de-semana fomos conhecer o "Zé"

No passado sábado fomos assistir à peça "Zé - Desventuras de um Homem Mediano" e gostámos muito!

Destaco o actor Gonçalo Lello, no papel de Zé, e as actrizes Rita Figueiredo e Patrícia Adão Marques, pelas excelentes interpretações.

A peça está muito bem conseguida, mostrando uma situação cada vez mais frequente no nosso país, na actualidade - um homem que, de um momento para o outro, se vê desempregado e sem saber o que fazer à sua vida, que parece piorar de dia para dia.

Uma realidade que afecta tantos portugueses, e que pode um dia calhar à nossa porta, sempre num sentido crítico e com humor, mas passando, ainda assim, a mensagem.

No final, de facto, ficamos com mais dúvidas que certezas.

"Há sempre alguém que pode estar pior do que nós" - pode ser, e esse pode ser um bom motivo para sentir que ainda somos alguém, que ainda podemos ajudar alguém, que nem tudo está perdido e não tem que ser o fim.

Mas será que um gesto de bondade para com alguém que de nós precisa, ou uma acção podem, de facto, mudar-nos a sorte?

Por vezes sim, por vezes não. Se não tentarmos, nunca saberemos. Mas nem sempre existem finais felizes.

Qual terá sido o destino do Zé?! Ficará por conta da nossa imaginação!

 

 

Fiquei admirada por não podermos tirar fotografias. Afinal já assistimos a outras peças, de outros grupos de teatro, e nunca se opuseram. Não sei se será para não levantarmos a ponta do véu a quem ainda não assistiu à peça, ou por outro motivo qualquer. Ou se será um direito exclusivo para a imprensa, já que, após a estreia, apareceram fotografias tiradas por um jornal local. Ou se era uma questão de pedir uma prévia autorização, mas não estou a imaginar dezenas de pessoas a fazê-lo.

 

 

 

Também tive pena de, no final da peça, os actores e o encenador não terem vindo até cá fora falar com o público que os aplaudiu de pé, para os podermos felicitar pessoalmente.

É certo que a maioria saiu logo que a peça terminou, mas havia ainda alguns espectadores no auditório. Eu, inclusive, perguntei se, no final, os actores viriam cá fora e foi-me dito que, se pedissemos, à partida não haveria problema. 

No final, um deles ficou de ir chamar os restantes. Mas um dos actores saiu cheio de pressa, o outro muito discretamente, e os restantes nem os vimos. 

A única pessoa com quem conseguimos falar foi com a actriz Patrícia Adão Marques, e foi a ela que transmitimos o nosso agrado por esta peça que nos fez passar um serão diferente e divertido.

 

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