E a Itália é a grande vencedora do Festival Eurovisão da Canção!
(Rock & roll never dies!)
Dois anos depois da vitória dos Países Baixos, com Duncan Laurence, foi ontem escolhido o seu sucessor - a Itália.
Foi uma votação curiosa, em que três dos Big Five - Reino Unido, Alemanha e Espanha - ocuparam os últimos lugares da tabela, enquanto que os outros dois - Itália e França - estavam a disputar a vitória.
O país anfitrião, ficou logo a seguir, também nas últimas posições.
Acho que se formos analisar bem, alguns destes Big Five, senão mesmo a maioria, só lá estão porque não têm que passar pelas semifinais. Se assim fosse, em muitos anos, deixariam de marcar presença.
Outro facto estranho foi a quantidade de "0 pontos" atribuídos pelo público. Acho que não me lembro de, em algum ano, haver um país que não tivesse um mínimo de votos, quanto mais 4!
Mas foi bonito de ver o fair play demonstrado pelos restantes, com aplausos para estas canções não votadas.
E a cara de alguns concorrentes que, com a sua relativa fama, achavam que o público lhes faria subir as pontuações e ficaram de "boca aberta" quando revelaram a pontuação atribuída.
Mas como as curiosidades não se ficam por aqui, de salientar, como foi referido pela representante da França que, no Top 3 estavam 3 canções que não eram cantadas em inglês.
Na votação do júri, com a Suiça em primeiro lugar, e a França em segundo, duas músicas cantadas em inglês.
Após a votação do público, a Itália acabou por passar as suas adversárias, num hard rock cantado em italiano.
Não era a minha preferida.
A França merecia a vitória. A Suiça, nem tanto.
Mas, se virmos bem, depois de uma música calminha, teria que vencer uma mais ritmada!
Tal como a Neta, depois do Salvador Sobral.
Duvido que a canção faça o sucesso de outras vencedoras.
Nem é uma música que fica no ouvido.
Que daqui a uns meses, ou até mesmo no próximo ano, nós estejamos a cantar, como se tivesse acabado de vencer.
Mas pronto, também tem direito.
Até porque que a Itália estava de jejum há 31 anos, e dizem que já estava a dar sinais de querer abandonar o barco e, como é um dos Big Five, não convém muito.
Quanto à prestação de Portugal e dos The Black Mamba, grande pontuação e classificação obtida pelo jurí. Menos sorte teve com o público, o que contrasta com as notícias que tinham vindo a surgir sobre a nossa canção, e o sucesso, até mesmo em termos de vendas no itunes.
Uma das coisas que reparei foi que, apesar do adiamento, a grande maioria dos países voltou a convidar os artistas que tinham sido escolhidos em 2020, mudando apenas a música.
Portugal não o fez, e preferiu apostar em novos representantes. Talvez tenha sido a nossa sorte. Acredito que a Elisa não conseguiria uma pontuação tão boa.
Mas acho que, no fim de tudo, o que fica é um grande espectáculo de música e dança, de regresso ao trabalho, de regresso à relativa normalidade controlada.
Um momento de conquista, e vitória.
Um momento de esperança.