Ultrapassar um autocarro em cima de uma passadeira
A maior parte dos acidentes rodoviários dá-se por um motivo: a pressa.
Neste mundo em que vivemos, cada vez mais, as pessoas têm pressa.
Não podem (ou não querem) esperar.
Não têm a mínima paciência.
Mas, com a pressa, vêm as manobras perigosas.
Ontem, um autocarro parou para as pessoas, que estavam na paragem, entrarem.
A paragem fica quase em frente a uma passadeira.
Do lado onde eu estava, com o autocarro a tapar a visão para trás, só se poderia depreender que os veículos estavam à espera, atrás dele.
Do outro lado, não vinham carros.
Começo a atravessar a passadeira, protegida pelo autocarro.
No entanto, mal chego a meio, percebo que, apesar de ali estar uma passadeira, um condutor apressado não quis esperar que o autocarro avançasse, e decidiu ultrapassá-lo.
Correndo o risco de atropelar quem estivesse, nesse momento, a atravessar a passadeira.
Até porque o próprio condutor não tinha como ver se havia pessoas a atravessar ou não, até estar quase em cima delas.
Correu bem.
Mas poderia ter corrido mal.
E não havia necessidade.
Até porque não serviu de nada.
Moral da história: os peões têm que ter "sete olhos", mil cuidados extra, e pensar por si, e pelo que pode vir do outro lado, abdicando das regras que o protegem, para zelar pela sua vida, já que nunca se sabe com o que podem contar da outra parte.