Um médico que amua? Sim, existe!
Um médico que amua, e que faz birra.
E já com idade para ter juízo (aí uns 50/ 60 anos).
Por momentos, fiquei na dúvida se estava mesmo num hospital, num infantário, ou se era um programa de apanhados.
O aviso que fizeram ao meu pai, e a quem o acompanhe nas idas a hospitais, clínicas e afins (para além de ter que andar sempre com a lista dos medicamentos que toma atrás) foi: "tem que dizer sempre que tem insufuciência renal, para os médicos saberem o que lhe podem receitar e o que não pode tomar".
No passado sábado fomos à urgência com o meu pai, porque continuava cheio de dores.
Calhou-nos um médico estrangeiro.
Nada contra. Mas, neste caso, tudo contra.
Perguntou do que se queixava. Expliquei.
Esteve a apalpar a zona.
Repetiu umas 4 ou cinco vezes uma única palavra: "artroses"!
Não sei se foi das poucas palavras que aprendeu em medicina, e/ou em português.
E depois, disse que ia levar uma injecção.
Tal como fui avisada, perguntei ao médico se, tendo ele insuficiência renal, haveria algum inconveniente.
E o dito cujo, que de médico tem muito pouco, vira-me costas, zangado, com este discurso:
"Não quer injecção, não quer. Leva comprimidos."
Ainda parva com a reacção dele, expliquei que não estava a dizer que não queria, apenas a perguntar se poderia levar tendo em conta a doença dele.
Mas o homem nem quis saber.
Queria enviá-lo para um hospital central.
Para fazerem um estudo.
Porque ali não dava para ver se tinha insuficiência renal ou não.
Mais uma vez, disse-lhe que o meu pai já sabia que tinha insuficiência renal, e que tínhamos sido alertados para dar sempre essa informação em qualquer serviço clínico, porque não pode tomar qualquer medicamento.
Ah e tal, mas eu não sei que medicamentos é que o seu pai pode ou não tomar.
Mas que raio! Não é ele que é o médico?
Sou eu que tenho que lhe dizer que, tendo essa doença, não pode tomar qualquer tipo de anti-inflamatórios?
Está a gozar comigo?
Mencionei que a médica lhe costumava passar um determinado medicamento.
Ele, do contra, passou a receita de outro, que o meu pai já lá tinha em casa, e que não lhe faz nada.
Ou seja, foi uma ida em vão. Pura perda de tempo.
E ainda tivemos que lidar com um médico que, se agisse como tal, e de forma profissional, só tinha que dizer que, dada a informação que lhe estava a dar, era melhor não arriscar a injecção ou, pelo contrário, que podia levar porque não interferia nem afectava a função renal, mas que preferiu agir como uma criança quando é contrariada.
Pelo que ouvi dizer, já não é a primeira vez que o faz.
E é por médicos destes que as pessoas cada vez mais evitam procurar ajuda.
Para quê?