Voltar à cor natural ao fim de 17 anos
Sempre tive cabelos em tons de cantanho escuro.
Ou quase, se excluir os primeiros meses de vida em que era uma espécie de cor de caramelo.
E assim foi, até a minha filha nascer.
Esta deve ser das últimas fotos em que o meu cabelo ainda tinha a sua cor original. Aos 25 anos.
Depois, comecei a pintá-lo.
De acobreado. Também chamado de loiro escuro.
Que, por vezes, se transformava num loiro quase normal, ou em ruivo.
Ou numa mistura de castanho escuro, loiro, ruivo e branco, ultimamente, por conta do confinamento.
Mas, quando ainda tem cor, gosto de como fica quando o sol lhe bate.
Gosto de me ver.
E já estava habituada.
No último fim de semana, fui pintá-lo. Estava a precisar.
Fui ao mesmo local onde costumava ir e, apesar de ter ficado sem a minha cabeleireira, ela deixou lá as fichas das clientes, por isso, estava descansada.
Quando me vi no espelho, depois de aplicada a tinta, estranhei aquele tom escuro, mas poderia ser efeito do produto., por ser de marca diferente.
Depois, achei que era por estar lá dentro, e quando chegasse à rua, já se notava mais.
Mas não.
A verdade é que, sem eu estar à espera, voltei à minha cor natural.
Castanho escuro.
E não sei se ainda me gosto de ver com ela.
Estranho muito não ter mais aqueles reflexos vermelhos e dourados.
Não sei se a cabeleireira achou que esta cor iria durar mais, se quis que ele ficasse uniformizado de acordo com o tom natural e as próprias sobrancelhas, ou se foi do reforço de tinta, por estar mesmo muito carecido dela.
Ele está bonito, bem pintado, e gostei muito do atendimento.
Mas...
Acho que, da próxima vez, vou pedir para mudar a cor!
E voltar ao meu acobreado dos últimos anos!